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1ª parte: Prece de abertura:
2ª parte: Leitura da
página de preparo:
Página de preparo: Cap 11 – O bem é
incansável (Livro “Pão Nosso”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
“E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.” — Paulo.
(2ª Epístola aos Tessalonicences, cap. 3, v. 13.)
É muito comum encontrarmos pessoas que se declaram
cansadas de praticar o bem. Estejamos, contudo, convictos de que semelhantes
alegações não procedem de fonte pura.
Somente aqueles que visam determinadas vantagens aos
interesses particularistas, na zona do imediatismo, adquirem o tédio vizinho da
desesperação, quando não podem atender a propósitos egoísticos.
É indispensável muita prudência quando essa ou
aquela circunstância nos induz a refletir nos males que nos assaltam, depois do
bem que julgamos haver semeado ou nutrido.
O aprendiz sincero não ignora que Jesus exerce o seu
ministério de amor sem exaurir-se (cansar-se),
desde o princípio da organização planetária. Relativamente aos nossos casos
pessoais, muita vez terá o Mestre sentido o espinho de nossa ingratidão, identificando-nos
o recuo aos trabalhos da nossa própria iluminação; todavia, nem mesmo
verificando-nos os desvios voluntários e criminosos, jamais se esgotou a
paciência do Cristo que nos corrige, amando, e tolera, edificando, abrindo-nos
misericordiosos braços para a atividade renovadora.
Se Ele nos tem suportado e esperado através de
tantos séculos, por que não poderemos experimentar de ânimo firme algumas
pequenas decepções durante alguns dias?
A observação de Paulo aos tessalonicenses (moradores da Tessalônica), portanto, é muito justa. Se nos entediarmos na prática do bem, semelhante desastre expressará em verdade que ainda nos não foi possível a emersão do mal de nós mesmos.
3ª parte: Estudo do
Evangelho:
Capítulo 10 (Bem aventurados os que são
misericordiosos), itens 14 e 15 (Instruções dos Espíritos: Perdão das ofensas)
Perdão
das ofensas
14.
Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas
setenta vezes sete vezes. Aí tendes um dos ensinos de Jesus que mais vos devem
percutir (esbarrar contra) a inteligência e mais
alto falar ao coração. Confrontai essas palavras de misericórdia com a oração
tão simples, tão resumida e tão grande em suas aspirações, que ensinou a seus
discípulos, e o mesmo pensamento se vos deparará sempre. Ele, o justo por
excelência, responde a Pedro: perdoarás, mas ilimitadamente; perdoarás cada
ofensa tantas vezes quantas ela te for feita; ensinarás a teus irmãos esse
esquecimento de si mesmo, que torna uma criatura invulnerável ao ataque, aos
maus procedimentos e às injúrias; serás brando e humilde de coração, sem medir
a tua mansuetude (mansidão, docilidade); farás,
enfim, o que desejas que o Pai celestial por ti faça. Não está ele a te perdoar
frequentemente? Conta porventura as vezes que o seu perdão desce a te apagar as
faltas?
Prestai,
pois, ouvidos a essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos.
Perdoai, usai de indulgência (bondade pura, sem segunda
intenções), sede caridosos, generosos, pródigos (esbanjador)
até do vosso amor. Dai, que o Senhor vos restituirá; perdoai, que o Senhor vos
perdoará; abaixai-vos, que o Senhor vos elevará; humilhai-vos, que o Senhor
fará vos assenteis à sua direita.
Ide,
meus bem-amados, estudai e comentai estas palavras que vos dirijo da parte
dAquele que, do alto dos esplendores celestes, vos tem sempre sob as suas
vistas e prossegue com amor na tarefa ingrata a que deu começo, faz dezoito
séculos. Perdoai aos vossos irmãos, como precisais que se vos perdoe. Se seus
atos pessoalmente vos prejudicaram, mais um motivo aí tendes para serdes
indulgentes, porquanto o mérito do perdão é proporcionado à gravidade do mal.
Nenhum merecimento teríeis em relevar os agravos dos vossos irmãos, desde que
não passassem de simples arranhões.
Espíritas,
jamais vos esqueçais de que, tanto por palavras, como por atos, o perdão das
injúrias (ofensas, insultos) não deve ser um
termo vão. Pois que vos dizeis espíritas, sede-o. Olvidai (esqueçai) o mal que vos hajam feito e não penseis
senão numa coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que enveredou por esse
caminho não tem que se afastar daí, ainda que por pensamento, uma vez que sois
responsáveis pelos vossos pensamentos, os quais todos Deus conhece. Cuidai,
portanto, de os expungir (eliminar) de todo
sentimento de rancor. Deus sabe o que demora no fundo do coração de cada um de
seus filhos. Feliz, pois, daquele que pode todas as noites adormecer,
dizendo: Nada tenho contra o meu próximo. Simeão. (Bordéus, 1862.)
15.
Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é
dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que
era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se
fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa
leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes
de indulgência? Oh! ai daquele que diz: "Nunca perdoarei", pois
pronuncia a sua própria condenação. Quem sabe, aliás, se, descendo ao fundo de
vós mesmos, não reconhecereis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta
que começa por uma alfinetada e acaba por uma ruptura, não fostes quem atirou o
primeiro golpe, se vos não escapou alguma palavra injuriosa (ofensiva), se não procedestes com toda a moderação
necessária? Sem dúvida, o vosso adversário andou mal em se mostrar
excessivamente suscetível (com melindres, sujeitando-se
a algo); razão de mais para serdes indulgentes e para não vos tomardes
merecedores da invectiva (agressão, ofensa) que
lhe lançastes. Admitamos que, em dada circunstância, fostes realmente ofendido:
quem dirá que não envenenastes as coisas por meio de represálias e que não
fizestes degenerasse em querela grave o que houvera podido cair facilmente no
olvido (esquecimento)? Se de vós dependia
impedir as consequências do fato e não as impedistes, sois culpados. Admitamos,
finalmente, que de nenhuma censura vos reconheceis merecedores: mostrai-vos
clementes e com isso só fareis que o vosso mérito cresça.
Mas, há
duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do
coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: "Eu lhe
perdôo", mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém (acontecem), comentando que ele tem o que merece.
Quantos não dizem: "Perdôo" e acrescentam. "mas, não me
reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida." Será
esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão
é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em
conta, visto que Deus não se satisfaz com as aparências. Ele sonda o recesso do
coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs (vazias, sem valor) palavras e de simulacros (ilusões). O esquecimento completo e absoluto das
ofensas é peculiar (típico) às grandes almas; o
rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvideis (esqueças) que o verdadeiro perdão se reconhece muito
mais pelos atos do que pelas palavras. - Paulo, apóstolo. (Lião, 1861.)
4ª parte: Prece pelas pessoas
queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:
5ª parte: Fluidificação da água:
6ª parte: Prece de encerramento:
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