sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Evangelho no Lar Nº 17 - Cap IV - Ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo - Itens 1 ao 4 - Ressurreição e reencarnação


Auxílio para o Evangelho no Lar  com o estudo do Capítulo 4 (Ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo) do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 1 ao 4, com Sérgio W. Soares.





Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1- Eu já sou Espírita, frequento a Casa Espírita, leio livros e oro pelo menos 3 vezes ao dia. É mesmo necessário que eu faça o Evangelho no Lar todas as semanas?
Se você realmente lê livros, já deve ter observado no livro "Mensageiros", capítulo 37, quando André Luiz nos relata que é mediante o Evangelho no Lar que sua casa adquire aquelas barreiras magnéticas de proteção, ou seja, independentemente das suas atividades, é imprescindível que se faça o Evangelho no Lar.

2- Se estiver alguém doente em casa, posso fazer o Evangelho no Lar?
Desde que não incomode esta pessoa. Mas se o enfermo aceitar, você pode inclusive fazê-lo no aposento onde ele se encontra, e permita que ele permaneça na sua posição mais confortável.
Aproveite e independentemente dele fazer ou não o Evangelho no Lar, disponibilize mais um recipiente para a água fluidificada pro doente e peça ao Alto que nela derrame substâncias medicamentosas em favor dele, caso ele aceite.

3- No dia do Evangelho no Lar eu posso comer carne?
O importante neste dia é você manter o equilíbrio físico, mental e espiritual. Evite bebidas alcoólicas, a fadiga mental, brigas, discussões e condutas inadequadas. Mas evite também alimentação "pesada" e muito condimentada, pois lembre-se que você irá fluidificar a água.

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Pequeno dicionário das palavras contidas no estudo de hoje:

* Inamovível:Que não pode ser movido de um lugar para outro.
* Leviandade:  Que procede ou julga precipitadamente, sem refletir; inconsiderado.
* Dogma: Ponto fundamental de doutrina religiosa ou filosófica, apresentado como certo e indiscutível.
* Ressurreição: Voltar à vida no mesmo corpo.
* Reencarnação: Voltar à vida num corpo diferente.
* Tetrarca: Na época do Império Romano, em especial, no período de Jesus: governador de um quarto de território.

* Escribas: Nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos doutores que ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam para o povo. Faziam causa comum com os fariseus, de cujos princípios partilhavam, bem como da antipatia que aqueles votavam aos inovadores. Daí o envolvê-los Jesus na reprovação que lançava aos fariseus.
* Saduceus: Seita judia, que se formou por volta do ano 248 antes de Jesus-Cristo e cujo nome lhe veio do de Sadoc, seu fundador. Não criam na imortalidade, nem na ressurreição, nem nos anjos bons e maus. Entretanto, criam em Deus; nada, porém, esperando após a morte, só o serviam tendo em vista recompensas temporais, ao que, segundo eles, se limitava a providência divina. Assim pensando, tinham a satisfação dos sentidos tísicos por objetivo essencial da vida. Quanto às Escrituras, atinham-se ao texto da lei antiga. Não admitiam a tradição, nem interpretações quaisquer. Colocavam as boas obras e a observância pura e simples da Lei acima das práticas exteriores do culto. Eram, como se vê, os materialistas, os deístas e os sensualistas da época. Seita pouco numerosa, mas que contava em seu seio importantes personagens e se tornou um partido político oposto constantemente aos fariseus.




Página de Preparo:

176 - Na revelação da vida  (Livro "Pão Nosso" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)


“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. – (Atos, 4:33.)

Os companheiros diretos do Mestre Divino não estabeleceram os serviços da comunidade cristã sobre princípios cristalizados, inamovíveis. Cultuaram a ordem, a hierarquia e a disciplina, mas amparavam também o espírito do povo, distribuindo os bens da revelação espiritual, segundo a capacidade receptiva de cada um dos candidatos à nova fé.
Negar, presentemente, a legitimidade do esforço espiritista, em nome da fé cristã, é testemunho de ignorância ou leviandade.
Os discípulos do Senhor conheciam a importância da certeza na sobrevivência para o triunfo na vida moral. Eles mesmos se viram radicalmente transformados, após a ressurreição do Amigo Celeste, ao reconhecerem que o amor e a justiça regem o ser além do túmulo. Por isso mesmo, atraíam companheiros novos, transmitindo-lhes a convicção de que o Mestre prosseguia vivo e operoso, para lá do sepulcro.
Em razão disso, o ministério apostólico não se dividia tão somente na discussão dos problemas intelectuais da crença e nos louvores adorativos. Os continuadores do Cristo forneciam, “com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus” e, em face do amor com que se devotavam à obra salvacionista, neles havia “abundante graça”.
O Espiritismo evangélico vem movimentar o serviço divino que envolve em si, não somente a crença consoladora, mas também o conhecimento indiscutível da imortalidade.
As escolas dogmáticas prosseguirão alinhando artigos de fé inoperante, congelando as idéias em absurdos afirmativos, mas o Espiritismo cristão vem restaurar, em suas atividades redentoras, o ensinamento da ressurreição individual, consagrado pelo Mestre Divino, que voltou, Ele mesmo, das sombras da morte, para exaltar a continuidade da vida.

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CAPÍTULO IV - Ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo

Estudo de hoje: Itens 1 ao 4: Ressurreição e reencarnação

1. Jesus, tendo vindo às cercanias de Cezaréia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: "Que dizem os homens, com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?" - Eles lhe responderam: "Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas." - Perguntou-lhes Jesus: "E vós, quem dizeis que eu sou?" - Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo." - Replicou-lhe Jesus: "Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus." (S. Mateus, cap. XVI, vv. 13 a 17; S. Marcos, cap. VIII, vv. 27 a 30.)
2. Nesse ínterim, Herodes, o Tetrarca, ouvira falar de tudo o que fazia Jesus e seu espírito se achava em suspenso - porque uns diziam que João Batista ressuscitara dentre os mortos; outros que aparecera Elias; e outros que uns dos antigos profetas ressuscitara. - Disse então Herodes: "Mandei cortar a cabeça a João Batista; quem é então esse de quem ouço dizer tão grandes coisas?" E ardia por vê-lo. (S. Marcos, cap. VI, vv. 14 a 16; S. Lucas, cap. IX, vv. 7 a 9.)
3. (Após a transfiguração.) Seus discípulos então o interrogam desta forma: "Por que dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?" - Jesus lhes respondeu: "É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas: - mas, eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem." - Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara. (S. Mateus, cap. XVII, vv. 10 a 13; - S. Marcos, cap. IX, vv. 11 a 13.)

Ressurreição e reencarnação

4. A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.


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Semanalmente em nosso site www.psicografiasdeamor.blogspot.com ou www.evangelhonolar2012.blogspot.com , estaremos fazendo o estudo de cada capítulo do Evangelho segundo o Espiritismo, afim de auxiliar os amigos nos estudos do mesmo e sermos semeadores de Jesus. No facebook basta procurar os grupos "Psicografias de amor" ou "Evangelho no lar 2012" Muita paz a todos e bom estudo! Comentários, dúvidas, sugestões pode ser enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Evangelho no Lar Nº 16 - Cap III - Há muitas moradas na casa de meu Pai - Item 19: Progressão dos mundos

Auxílio para o Evangelho no Lar  com o estudo do Capítulo 3 (Há muitas moradas na casa de meu Pai) do Evangelho Segundo o Espiritismo, item 19 (Instruções dos Espíritos. - Progressão dos mundos) , com Sérgio W. Soares.






Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1- Quem pode fazer o comentário / interpretação do Evangelho?
Todos que assim desejarem e, se possível, que tenham se preparado para esta tarefa. Deve-se ter o cuidado de, ao comentar e citar exemplos, não deixar que se fuja do tema proposto no estudo.

2- O que devo fazer se alguém, ao comentar / interpretar, cometer algum engano?
"Aquele que nunca errou, que atire a primeira pedra." Evite interrompê-lo enquanto estiver com a palavra. Depois, converse de forma amistosa e fraterna com este irmão sobre a sua interpretação e procurem pesquisar sobre o ponto de desacordo. e se realmente confirmar-se o equívoco, na próxima reunião façam a devida correção, comentando os pontos revisados.

3- O que fazer se perceber que um familiar se utiliza do comentário do Evangelho, evidenciando uma imperfeição para indiretamente atingir a um dos presentes?
O Evangelho no Lar tem como um dos objetivos, reforçar os laços familiares. O comentário deve ser para nos iluminar com sua mensagem libertadora. Todos devem ter cuidado para não mencionar assunto pessoal, falha ou má tendência do próximo. Logo depois do Evangelho no Lar, conversem para que não ocorra de novo tal situação.


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Pequeno dicionário das palavras contidas no estudo de hoje:

* Olvidar: Esquecer ou cair no esquecimento.
* Ensejo: Oportunidade.
* Senda: Caminho.



Página de Preparo:

62 - Devagar, mas sempre  (Livro "Fonte Viva" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

 “Mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova, de dia em dia.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 4:16.)

Observa o espírito de seqüência e gradação que prevalece nos mínimos setores da Natureza.
Nada se realiza aos saltos e, na pauta da Lei Divina, não existe privilégio em parte alguma.
Enche-se a espiga de grão em grão.
Desenvolve-se a árvore, milímetro a milímetro.
Nasce a floresta de sementes insignificantes.
Levanta-se a construção, peça por peça.
Começa o tecido nos fios.
As mais famosas páginas foram produzidas, letra a letra.
A cidade mais rica é edificada, palmo a palmo. As maiores fortunas de ouro e pedras foram extraídas do solo, fragmento a fragmento.
A estrada mais longa é pavimentada, metro a metro.
O grande rio que se despeja no mar é conjunto de filetes líquidos.
Não abandones o teu grande sonho de conhecer e fazer, nos domínios superiores da inteligência e do sentimento, mas não te esqueças do trabalho pequenino, dia a dia.
A vida é processo renovador, em toda parte, e, segundo a palavra sublime de Paulo, ainda que a carne se corrompa, a individualidade imperecível se reforma, incessantemente.
Para que não nos modifiquemos, todavia, em sentido oposto à expectativa do Alto, é indispensável saibamos perseverar com o esforço de auto-aperfeiçoamento, em vigilância constante, na atividade que nos ajude e enobreça.
Se algum ideal divino te habita o espírito, não olvides o servicinho diário, para que se concretize em momento oportuno.
Há ensejo favorável à realização?
Age com regularidade, de alma voltada para a meta.
Há percalços e lutas, espinhos e pedrouços na senda?
Prossegue mesmo assim.
O tempo, implacável dominador de civilizações e homens, marcha apenas com sessenta minutos por hora, mas nunca se detém.
Guardemos a lição e caminhemos para diante, com a melhoria de nós mesmos.
Devagar, mas sempre.

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CAPÍTULO III - Há muitas moradas na casa de meu Pai

Estudo de hoje: Item 19: Instruções dos Espíritos - Mundos Regeneradores

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Progressão dos Mundos

19. O progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeça e prospere. A própria destruição, que aos homens parece o termo final de todas as coisas, é apenas uni meio de se chegar, pela transformação, a um estado mais perfeito, visto que tudo morre para renascer e nada sofre o aniquilamento.
Ao mesmo tempo que todos os seres vivos progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam. Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o dos vegetais e o da habitação, porquanto nada em a Natureza permanece estacionário. Quão grandiosa é essa idéia e digna da majestade do Criador! Quanto, ao contrário, é mesquinha e indigna do seu poder a que concentra a sua solicitude e a sua providência no imperceptível grão de areia, que é a Terra, e restringe a Humanidade aos poucos homens que a habitam!
Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão ditosos, porque nele imperará a lei de Deus. - Santo Agostinho. (Paris, 1862.)

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Evangelho no Lar Nº 15 - Cap III - Há muitas moradas na casa de meu Pai - Itens 16 ao 18

Auxílio para o Evangelho no Lar  com o estudo do Capítulo 3 (Há muitas moradas na casa de meu Pai) do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 16 ao 18 (Instruções dos Espíritos. - Mundos Regeneradores) , com Sérgio W. Soares.




Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1- Na minha casa, o único espírita sou eu, então como poderei fazer o Evangelho no Lar?
Deixe claro para seus familiares que não se trata de uma sessão espírita, mas apenas um estudo que você fará semanalmente. O único incômodo seria o fato de você ter que estudar em voz alta, mas neste caso procure apenas fazer num momento (ou local da casa) onde não atrapalhe ninguém.
E tenha paciência, sem forçar ninguém a fazer algo que ainda não estão prontos.

2- Sou novato no Espiritismo e acho que não conseguirei fazer o comentário (interpretação). como agir?

Não somos mestres, mas sim aprendizes. E aprenderemos juntos. O que vale é a pureza do seu ideal e a sinceridade da sua intenção. Todos nós somos capazes e, além disso, com a internet, você pode pesquisar sobre o tema do dia, ou utilizar sites de auxílio ao Evangelho no Lar, como este que você está lendo.

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Pequeno dicionário das palavras contidas no estudo de hoje:

* Proferir: Dizer, explanar.
* Cafarnaum: Cidade bíblica que ficava na margem norte do Mar da Galileia, próxima de Betsaida (terra natal de Simão Pedro) e Corozaim, onde Jesus realizou vários milagres (Mateus 8:5-17; Marcos 1:21-28; Marcos 2:1-13; João 4:46-54; etc.) e aí ensinou frequentemente (cf. João 6:24-71; Marcos 9:33-50)
* Leprosos: Aquele que tem lepra, doença que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos.
* Labor: Trabalho; espécie de tarefa árdua e demorada.
* Transfigurado: Alterado, transformado. S.m. Mudança, transformação, transtorno
* Cintilar: Brilhar com reflexos que parecem tremer; tremeluzir, resplandecer.
* Abóboda: Construção em arco. Teto arqueado.  Abóbada celeste, o céu, considerado sob a forma com que ele se arqueia sobre as nossas cabeças.
* Expiação: Dor, sofrimento.
* Vicissitudes: Mudanças, dificuldades ou contratempos que acontecem conosco.
* Pungente: Que causa impressão muito viva e muito dolorosa: dor pungente.

Página de Preparo:

15 - Conversão  (Livro "Caminho, verdade e vida" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

 “E tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.”
Jesus. (LUCAS, 22, 32.)

Não é tão fácil a conversão do homem, quanto afirmam os portadores de convicções apressadas.
Muitos dizem “eu creio”, mas poucos podem declarar “estou transformado”.
As palavras do Mestre a Simão Pedro são muito simbólicas. Jesus proferiu-as, na véspera do Calvário, na hora grave da última reunião com os discípulos.
Recomendava ao pescador de Cafarnaum confirmasse os irmãos na fé, quando se convertesse.
Acresce notar que Pedro sempre foi o seu mais ativo companheiro de apostolado. O Mestre preferia sempre a sua casa singela para exercer o divino ministério do amor. Durante três anos sucessivos, Simão presenciou acontecimentos assombrosos. Viu leprosos limpos, cegos que voltavam a ver, loucos que recuperavam a razão; deslumbrara-se com a visão do Messias transfigurado no labor, assistira à saída de Lázaro da escuridão do sepulcro, e, no entanto, ainda não estava convertido.
Seriam necessários os trabalhos imensos de Jerusalém, os sacrifícios pessoais, as lutas enormes consigo mesmo, para que pudesse converter-se ao Evangelho e dar testemunho do Cristo aos seus irmãos.
Não será por se maravilhar tua alma, ante as revelações espirituais, que estarás convertido e transformado para Jesus. Simão Pedro presenciou essas revelações com o próprio Messias e custou muito a obter esses títulos.
Trabalhemos, portanto, por nos convertermos. Somente nessas condições, estaremos habilitados para o testemunho.

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CAPÍTULO III - Há muitas moradas na casa de meu Pai

Estudo de hoje: Itens 16 ao 18: Instruções dos Espíritos - Mundos Regeneradores

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Mundos Regeneradores

16. Entre as estrelas que cintilam na abóbada azul do firmamento, quantos mundos não haverá como o vosso, destinados pelo Senhor à expiação e à provação! Mas, também os há mais miseráveis e melhores, como os há de transição, que se podem denominar de regeneradores. Cada turbilhão planetário, a deslocar-se no espaço em torno de um centro comum, arrasta consigo seus mundos primitivos, de exílio, de provas, de regeneração e de felicidade. Já se vos há falado de mundos onde a alma recém-nascida é colocada, quando ainda ignorante do bem e do mal, mas com a possibilidade de caminhar para Deus, senhora de si mesma, na posse do livre-arbítrio. Já também se vos revelou de que amplas faculdades é dotada a alma para praticar o bem. Mas, ah! há as que sucumbem, e Deus, que não as quer aniquiladas, lhes permite irem para esses mundos onde, de encarnação em encarnação, elas se depuram, regeneram e voltam dignas da glória que lhes fora destinada.
17. Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes. A alma penitente encontra neles a calma e o repouso e acaba por depurar-se. Sem dúvida, em tais mundos o homem ainda se acha sujeito às leis que regem a matéria; a Humanidade experimenta as vossas sensações e desejos, mas liberta das paixões desordenadas de que sois escravos, isenta do orgulho que impõe silêncio ao coração, da inveja que a tortura, do ódio que a sufoca. Em todas as frontes, vê-se escrita a palavra amor; perfeita equidade preside às relações sociais, todos reconhecem Deus e tentam caminhar para Ele, cumprindo-lhe as leis.
Nesses mundos, todavia, ainda não existe a felicidade perfeita, mas a aurora da felicidade. O homem lá é ainda de carne e, por isso, sujeito às vicissitudes de que libertos só se acham os seres completamente desmaterializados. Ainda tem de suportar provas, porém, sem as pungentes angústias da expiação. Comparados à Terra, esses mundos são bastante ditosos e muitos dentre vós se alegrariam de habitá-los, pois que eles representam a calma após a tempestade, a convalescença após a moléstia cruel. Contudo, menos absorvido pelas coisas materiais, o homem divisa, melhor do que vós, o futuro; compreende a existência de outros gozos prometidos pelo Senhor aos que deles se mostrem dignos, quando a morte lhes houver de novo ceifado os corpos, a fim de lhes outorgar a verdadeira vida. Então, liberta, a alma pairará acima de todos os horizontes. Não mais sentidos materiais e grosseiros; somente os sentidos de um perispírito puro e celeste, a aspirar as emanações do próprio Deus, nos aromas de amor e de caridade que do seu seio emanam.
18. Mas, ah! nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam.
Contemplai, pois, à noite, à hora do repouso e da prece, a abóbada azulada e, das inúmeras esferas que brilham sobre as vossas cabeças, indagai de vós mesmos quais as que conduzem a Deus e pedi-lhe que uni mundo regenerador vos abra seu seio, após a expiação na Terra. - Santo Agostinho. (Paris, 1862.)

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Muita paz a todos e bom estudo!

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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Evangelho no Lar Nº 14 - Cap III - Há muitas moradas na casa de meu Pai - Itens 13 ao 15

Auxílio para o Evangelho no Lar  com o estudo do Capítulo 3 (Há muitas moradas na casa de meu Pai) do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 13 ao 15 (Instruções dos Espíritos. - Mundos de expiações e de provas) , com Sérgio W. Soares.




Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1- Por que eu faço o Evangelho no Lar há alguns meses e até agora nada aconteceu na minha casa e na minha vida?
O Evangelho no Lar é o estudo que lhe dará o conhecimento dos ensinamentos de Jesus para que você os coloque em prática no seu dia a dia. E o amor e a caridade são 2 grandes pilares destes ensinamentos. Se NADA aconteceu contigo, lhe perguntamos: Será que você está colocando em prática os ensinamentos adquiridos no Evangelho no Lar? Se for sim a sua resposta, será que estás colocando em prática com o pensamento único do amor e caridade ou pensando em receber benefícios?

2- O que vai acontecer comigo se eu desistir de praticar o Evangelho no Lar?
O livre arbítrio faz com que você defina se quer ou não fazer o Evangelho no Lar. Todos aqueles benefícios que seu lar recebe graças ao Evangelho no Lar deixarão de ocorrer. Entretanto, muito mais do que essa perda, lembre-se que Jesus disse: "Conhecereis a verdade e ela vos libertará." Sem o Evangelho no Lar, fica mais difícil conhecer tais verdades e, principalmente, colocá-las na prática em seu dia a dia.

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Pequeno dicionário das palavras contidas no estudo de hoje:

* Transitoriedade: Aquilo que é transitório.
* Eclesiastes: Livro do Antigo Testamento da Bíblia. Tem 12 capítulos e muito se fala sobre os malefícios das vaidades e ambições.
* Torvelinho: Agitação, redemoinho.
* Palpitar: Bater, pulsar.
* Pompa: Luxo, ostentação.
* Calejada: Que tem experiência, que tem prática.
* Redenção: Ato ou efeito de se redimir.
* Expiações: Sofrimentos.
* Encarnação: Ato de ocupar um corpo físico. Quando o Espírito está no corpo físico, está encarnado.
* Ascender: Crescer, elevar, subir.
* Ditoso: Que tem boa sorte, venturoso, feliz.
* Exótico: Diferente, de forma variável.
* Degredado: Aquele que foi mandado embora de algum lugar.
* Infortúnio: Infelicidade, desgraça.
* Embotado: Insensível.
* Inclemência: Dureza, rigor, impiedade.


Página de Preparo:

72 - Transitoriedade  (Livro "Caminho, verdade e vida" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

“Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão.” - Paulo (Hebreus, 1:11)

Fala-nos o Eclesiastes das vaidades e da aflição dos homens, no torvelinho das ambições desvairadas da Terra.
Desde os primeiros tempos da família humana, existem criaturas confundidas nos falsos valores do mundo. Entretanto, bastaria meditar alguns minutos na transitoriedade de tudo o que palpita no campo das formas para compreender-se a soberania do espírito.
Consultai a pompa dos museus e a ruína das civilizações mortas. Com que fim se levantaram tantos monumentos e arcos de triunfo? Tudo funcionou como roupagem do pensamento. A idéia evoluiu, enriqueceu-se o espírito e os envoltórios antigos permanecem a distância.
 As mãos calejadas na edificação das colunas brilhantes aprenderam com o trabalho os luminosos segredos da vida. Todavia, quantas amarguras experimentaram os loucos que disputaram, até à morte para possuí-las?
Valei-vos de todas as ocasiões de serviço, como sagradas oportunidades na marcha divina para Deus.
Valiosa é a escassez, porque traz a disciplina. Preciosa é a abundância, porque multiplica as formas do bem. Uma e outra, contudo, perecerão algum dia. Na esfera carnal, a glória e a miséria constituem molduras de temporária apresentação. Ambas passam. Somente Jesus e a Lei Divina perseveram para nós outros, como portas de vida e redenção.

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CAPÍTULO III - Há muitas moradas na casa de meu Pai

Estudo de hoje: Itens 13 ao 15: Instruções dos Espíritos - Mundos de expiações e provas

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Mundos de expiações e de provas

13. Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou [)eus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso.
14. Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos os Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.
Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já tiveram noutros mundos, donde foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degradados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem OS infortúnios da vida. E que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas,cujo senso moral se acha mais embotado.
15. A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos tem aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. E assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito. - Santo Agostinho. Paris, 1862.)

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Evangelho no Lar Nº 13 - Cap III - Há muitas moradas na casa de meu Pai - Itens 10,11 e 12

Auxílio para o Evangelho no Lar  com o estudo do Capítulo 3 (Há muitas moradas na casa de meu Pai) do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 10,11 e 12 (Instruções dos Espíritos. - Mundos inferiores e mundos superiores) , com Sérgio W. Soares.




Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1-Quando acabar de estudar o Evangelho ao final do capítulo 27, posso substituir por outro livro?Por ser um livro essencial, o Evangelho nunca deve ser substituído por outra obra. além do mais, numa segunda leitura, percebemos detalhes que não foram observados na primeira, e assim por diante.

2- Quando terminar o estudo ao final do capítulo 27, devo parar de fazer o Evangelho no Lar?
De forma alguma. O Evangelho é pra sempre. Recomece no capítulo 1 e bom estudo!

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Pequeno dicionário das palavras contidas no estudo de hoje:

* Mormente: Que está acima de tudo.
* Resplandem: Vem de resplendor: Claridade intensa, brilho.
* Orbe: Globo, mundo, redondeza.
* Rijo: Rígido, duro, severo, áspero, forte.
* Resvaladouros: Que resvala, que escorrega com facilidade.
* Venturoso: Feliz.
* Expiação: Dores, sofrimentos.


Página de Preparo:

11 - Conforto  (Livro "Caminho, verdade e vida" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

“Se alguém me serve, siga-me.” Jesus (JOÃO, 12: 26)

 Freqüentemente, as organizações religiosas e mormente as espiritistas, na atualidade, estão repletas de pessoas ansiosas por um conforto.
De fato, a elevada Doutrina dos Espíritos é a divina expressão doConsolador Prometido. Em suas atividades resplendem caminhos novos para opensamento humano, cheios de profundas consolações para os dias mais duros.
No entanto, é imprescindível ponderar que não será justo querer alguémconfortarse,sem se dar ao trabalho necessário...
Muitos pedem amparo aos mensageiros do plano invisível; mas comorecebê-lo,se chegaram ao cúmulo de abandonar-seao sabor da ventania impetuosaque sopra, de rijo, nos resvaladouros dos caminhos?
Conforto espiritual não é como o pão do mundo, que passa,mecanicamente, de mão em mão, para saciar a fome do corpo, mas, sim, como oSol, que é o mesmo para todos, penetrando, porém, somente nos lugares onde não sehaja feito um reduto fechado para as sombras.
Os discípulos de Jesus podem referir-seàs suas necessidades de conforto.
Isso é natural. Todavia, antes disso, necessitam saber se estão servindo ao Mestre eseguindo-o.
O Cristo nunca faltou às suas promessas. Seu reino divino se ergue sobre consolações imortais; mas, para atingi-lo, faz-se necessário seguir-lhe os passos e ninguém ignora qual foi o caminho de Jesus, nas pedras deste mundo.
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CAPÍTULO III - Há muitas moradas na casa de meu Pai

Estudo de hoje: Itens 10,11 e 12: Instruções dos Espíritos - Mundos inferiores e mundos superiores

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Mundos Inferiores e mundos superiores (continuação)

10. Nesses mundos venturosos, as relações, sempre amistosas entre os povos, jamais são perturbadas pela ambição, da parte de qualquer deles, de escravizar o seu vizinho, nem pela guerra que daí decorre. Não há senhores, nem escravos, nem privilegiados pelo nascimento; só a superioridade moral e intelectual estabelece diferença entre as condições e dá a supremacia. A autoridade merece o respeito de todos, porque somente ao mérito é conferida e se exerce sempre com justiça. O homem não procura elevar-se acima do homem, mas acima de si mesmo, aperfeiçoando-se. Seu objetivo é galgar a categoria dos Espíritos puros, não lhe constituindo um tormento esse desejo, porem, uma ambição nobre, que o induz a estudar com ardor para os igualar. Lá, todos os sentimentos delicados e elevados da natureza humana se acham engrandecidos e purificados; desconhecem-se os ódios, os mesquinhos ciúmes, as baixas cobiças da inveja; uni laço de amor e fraternidade prende uns aos outros todos os homens, ajudando os mais fortes aos mais fracos. Possuem bens, em maior ou menor quantidade, conforme os tenham adquirido, mais ou menos por meio da inteligência; ninguém, todavia, sofre, por lhe faltar o necessário, uma vez que ninguém se acha em expiação. Numa palavra: o mal, nesses mundos, não existe.
11. No vosso, precisais do mal para sentirdes o bem; da noite, para admirardes a luz; da doença, para apreciardes a saúde. Naqueles outros não há necessidade desses contrastes. A eterna luz, a eterna beleza e a eterna serenidade da alma proporcionam uma alegria eterna, livre de ser perturbada pelas angústias da vida material, ou pelo contacto dos maus, que lá não têm acesso. Isso o que o espírito humano maior dificuldade encontra para compreender. Ele foi bastante engenhoso para pintar os tormentos do inferno, mas nunca pôde imaginar as alegrias do céu. Por quê? Porque, sendo inferior, só há experimentado dores e misérias, jamais entreviu as claridades celestes; não pode, pois, falar do que não conhece. A medida, porém, que se eleva e depura, o horizonte se lhe dilata e ele compreende o bem que está diante de si, como compreendeu o mal que lhe está atrás.
12. Entretanto, os mundos felizes não são orbes privilegiados, visto que Deus não é parcial para qualquer de seus filhos; a todos dá os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarem a tais mundos. Fá-los partir todos do mesmo ponto e a nenhum dota melhor do que aos outros; a todos são acessíveis as mais altas categorias: apenas lhes cumpre a eles conquistá-las pelo seu trabalho, alcançá-las mais depressa, ou permanecer inativos por séculos de séculos no lodaçal da Humanidade. (Resumo do ensino de todos os Espíritos superiores.)

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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Evangelho no Lar Nº 12 - Cap III - Há muitas moradas na casa de meu Pai - Itens 8 e 9

Auxílio para o Evangelho no Lar  com o estudo do Capítulo 3 (Há muitas moradas na casa de meu Pai) do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 8 e 9 (Instruções dos Espíritos. - Mundos inferiores e mundos superiores) , com Sérgio W. Soares.




Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1-Posso treinar a psicografia?
Nunca durante o Evangelho no Lar. Se desejar, pode praticar seu treino após o encerramento do Evangelho no Lar, embora o ideal seja fazê-lo na Casa Espírita. Psicografia não faz parte do Evangelho no Lar.
2- Como proceder durante o Evangelho no Lar se o telefone ou campainha da porta tocarem?
Se fizer o Evangelho no lar sozinho, é quase inevitável o atendimento. Se não for urgente, não se alongue, explique que está estudando. E se faz o Evangelho no Lar com mais alguém, combine com esta pessoa que faça esses atendimentos, se necessário, e quando houver, sem interrupção do Evangelho no Lar. E ainda se alguém vem lhe visitar, dê a mesma explicação e, se for o caso, convide para entrar ou participar. Se a pessoa não desejar, poderá aguardar em outro aposento ou voltar em outra hora.
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Pequeno dicionário das palavras contidas no estudo de hoje:

* Porfiar: Trabalhar, empenhar-se, lutar.
* Júbilo: Grande alegria, grande contentamento.
* Orbe: Globo, mundo, redondeza.
* Obstar: Impedir, servir de obstáculo.
* Manes: Na mitologia romana, os Manes eram as almas dos entes queridos falecidos. A sua veneração está relacionada com o culto aos antepassados. Como espíritos menores, estavam também relacionados com os Lares, os Genii e com os Di Penates. Eram honrados durante a celebração das Parentalia e das Feralia, em Fevereiro.



Página de Preparo:

20 - Porta estreita  (Livro "Vinha de Luz" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

“Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão.” - Jesus. (Lucas, 13:24.)

Antes da reencarnação necessária ao progresso, a alma estima na “porta estreita” a sua oportunidade gloriosa nos círculos carnais.
Reconhece a necessidade do sofrimento purificador. Anseia pelo sacrifício que redime. Exalta o obstáculo que ensina. Compreende a dificuldade que enriquece a mente e não pede outra coisa que não seja a lição, nem espera senão a luz do entendimento que a elevará nos caminhos infinitos da vida.
Obtém o vaso frágil de carne, em que se mergulha para o serviço de retificação e aperfeiçoamento.
Reconquistando, porém, a oportunidade da existência terrestre, volta a procurar as “portas largas” por onde transitam as multidões.
Fugindo à dificuldade, empenha-se pelo menor esforço.
Temendo o sacrifício, exige a vantagem pessoal. Longe de servir aos semelhantes, reclama os serviços dos outros para si.
E, no sono doentio do passado, atravessa os campos de evolução, sem algo realizar de útil, menosprezando os compromissos assumidos.
Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações da morte.
“Ah! se fosse possível voltar!...” - pensam todos.
Com que aflição acariciam o desejo de tornar a viver no mundo, a fim de aprenderem a humildade, a paciência e a fé!... com que transporte de júbilo se devotariam então à felicidade dos outros!...
Mas... é tarde. Rogaram a “porta estreita” e receberam-na, entretanto, recuaram no instante do serviço justo. E porque se acomodaram muito bem nas “portas largas”, volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo, e não conseguem.

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CAPÍTULO III - Há muitas moradas na casa de meu Pai

Estudo de hoje: Itens 8 e 9: Instruções dos Espíritos - Mundos inferiores e mundos superiores

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Mundos Inferiores e mundos superiores

8. A qualificação de mundos inferiores e mundos superiores nada tem de absoluta; é, antes, muito relativa. Tal mundo é inferior ou superior com referência aos que lhe estão acima ou abaixo, na escala progressiva.
Tomada a Terra por termo de comparação, pode-se fazer idéia do estado de um mundo inferior, supondo os seus habitantes na condição das raças selvagens ou das nações bárbaras que ainda entre nós se encontram, restos do estado primitivo do nosso orbe. Nos mais atrasados, são de certo modo rudimentares os seres que os habitam. Revestem a forma humana, mas sem nenhuma beleza. Seus instintos não têm a abrandá-los qualquer sentimento de delicadeza ou de benevolência, nem as noções do justo e do injusto. A força bruta é, entre eles, a única lei. Carentes de indústrias e de invenções, passam a vida na conquista de alimentos. Deus, entretanto, a nenhuma de suas criaturas abandona; no fundo das trevas da inteligência jaz, latente, a vaga intuição, mais ou menos desenvolvida, de um Ente supremo. Esse instinto basta para torná-los superiores uns aos outros e para lhes preparar a ascensão a uma vida mais completa, porquanto eles não são seres degradados, mas crianças que estão a crescer.
Entre os degraus inferiores e os mais elevados, inúmeros outros há, e difícil é reconhecer-se nos Espíritos puros, desmaterializados e resplandecentes de glória, os que foram esses seres primitivos, do mesmo modo que no homem adulto se custa a reconhecer o embrião.
9. Nos mundos que chegaram a um grau superior, as condições da vida moral e material são muitíssimo diversas das da vida na Terra. Como por toda parte, a forma corpórea aí é sempre a humana, mas embelezada, aperfeiçoada e, sobretudo, purificada. O corpo nada tem da materialidade terrestre e não está, conseguintemente, sujeito às necessidades, nem às doenças ou deteriorações que a predominância da matéria provoca. Mais apurados, os sentidos são aptos a percepções a que neste mundo a grosseria da matéria obsta. A leveza específica do corpo permite locomoção rápida e fácil: em vez de se arrastar penosamente pelo solo, desliza, a bem dizer, pela superfície, ou plana na atmosfera, sem qualquer outro esforço além do da vontade, conforme se representam os anjos, ou como os antigos imaginavam os manes nos Campos Elíseos. Os homens conservam, a seu grado, os traços de suas passadas migrações e se mostram a seus amigos tais quais estes os conheceram, porém, irradiando uma luz divina, transfigurados pelas impressões interiores, então sempre elevadas. Em lugar de semblantes descorados, abatidos pelos sofrimentos e paixões, a inteligência e a vida cintilam com o fulgor que os pintores hão figurado no nimbo ou auréola dos santos.
A pouca resistência que a matéria oferece a Espíritos já muito adiantados torna rápido o desenvolvimento dos corpos e curta ou quase nula a infância. Isenta de cuidados e angústias, a vida é proporcionalmente muito mais longa do que na Terra. Em princípio, a longevidade guarda proporção com o grau de adiantamento dos mundos. A morte de modo algum acarreta os horrores da decomposição; longe de causar pavor, é considerada uma transformação feliz, por isso que lá não existe a dúvida sobre o porvir. Durante a vida, a alma, já não tendo a constringi-la a matéria compacta, expande-se e goza de uma lucidez que a coloca em estado quase permanente de emancipação e lhe consente a livre transmissão do pensamento.


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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Evangelho no Lar Nº 11 - Cap III - Há muitas moradas na casa de meu Pai - Itens 6 e 7


Auxílio para o Evangelho no Lar  com o estudo do Capítulo 3 (Há muitas moradas na casa de meu Pai) do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 6 e 7 (Destinação da Terra. - Causas das misérias humanas) , com Sérgio W. Soares.



Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1-O que fazer se percebermos fenômenos estranhos durante o Evangelho no Lar?
O Evangelho no Lar não é sessão espírita, que isso fique bem claro. Evangelho no Lar é ESTUDO, portanto qualquer manifestação mediúnica não é recomendada. Se a pessoa for sensitiva, então ela deve buscar auxílio e equilíbrio numa casa espírita.

2- Se os mentores levam irmãos desencarnados para assistirem o Evangelho no Lar em minha casa, quando eles vão embora esses irmãos ficarão?
Essa informação vem de André Luiz, no livro "Entre a Terra e o Céu". Contudo a presença de espíritos em nossa casa é FATO, pois os desencarnados estão por toda parte.
Na própriq questão 459, do "Livro dos Espíritos" é esclarecido o quanto eles são capazes de nos influenciar. Entretanto, a presença de bons ou maus espíritos se fará na exata medida de sua própria postura e vibração interior.

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Pequeno dicionário das palavras contidas no estudo de hoje:

* Vogar: Navegar.
* Léu: Ao léu, sem destino, por aí...
* Vinha: Terreno plantado de videiras.
* Videira: Plantação de uvas.
* Orbe: Mundo.
* Infortúnio: Desgraça, infelicidade.
* Sórdido: Sujo, nojento, que tem conduta contrária a moral e a ética.
* Estropiado: Mutilado, deformado, estragado.
* Torpeza: Procedimento vergonhoso, indigno.
* Insalubre: Doentio, prejudicial à saúde.
* Malsão: Nocivo à saúde, que não é sadio.

Página de Preparo:

29 - A Vinha  (Livro "Pão Nosso" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

“E disse-lhes: Ide vós também para a vinha e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.” – (Mateus, 20:4.)

Ninguém poderá pensar numa Terra cheia de beleza e possibilidades, mas vogando ao léu na imensidade universal.
O Planeta não é um barco desgovernado. As coletividades humanas costumam cair em desordem, mas as leis que presidem aos destinos da Casa Terrestre se expressam com absoluta harmonia. Essa verificação nos ajuda a compreender que a Terra é a vinha de Jesus. Aí, vemo-lo trabalhando desde a aurora dos séculos e aí assistimos à transformação das criaturas, que, de experiência a experiência, se lhe integram no divino amor.
A formosa parábola dos servidores envolve conceitos profundos. Em essência, designa o local dos serviços humanos e refere-se ao volume de obrigações que os aprendizes receberam do Mestre Divino.
Por enquanto, os homens guardam a ilusão de que o orbe pode ser o tablado de hegemonias raciais ou políticas, mas perceberão em tempo o clamoroso engano, porque todos os filhos da razão, corporificados na Crosta da Terra, trazem consigo a tarefa de contribuir para que se efetue um padrão de vida mais elevado no recanto em que agem transitoriamente.
Onde quer que estejas, recorda que te encontras na Vinha do Cristo.
Vives sitiado pela dificuldade e pelo infortúnio?
Trabalha para o bem geral, mesmo assim, porque o Senhor concedeu a cada cooperador o material conveniente e justo.

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CAPÍTULO III - Há muitas moradas na casa de meu Pai

Estudo de hoje: Itens 6 e 7:  Destinação da Terra. Causas das misérias humanas
 
Destinação da Terra. - Causas das misérias humanas

6. Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista cm que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.

7. Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima idéia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais íntimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, vêem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciaria, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.


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Muita paz a todos e bom estudo!

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sábado, 3 de novembro de 2012

Evangelho no Lar Nº 10 - Cap III - Há muitas moradas na casa de meu Pai - Itens 1 ao 5






Auxílio para o Evangelho no Lar com o estudo do Capítulo 3 (Há muitas moradas na casa de meu Pai) do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 1 ao 5 , com Sérgio W. Soares.


Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1- Como fazer se faltar ou sobrar assunto de modo que o Evangelho no Lar acabe antes ou depois do horário ajustado com o plano espiritual?
Se faltar assunto, faça um resumo do capítulo estudado, de forma a relembrar os temas vistos bem como sobre a melhor forma de se colocar em prática os ensinamentos. Se sobrar assunto, após uma certa margem de tempo, interrompa e continue na semana seguinte, onde você começará fazendo uma breve recapitulação.

2- O que fazer se eu e minha família viajarmos de férias?
Através de uma prece, informe aos mentores espirituais a data de retorno e o devido horário.

3- Posso trocar a água por outro líquido saudável, como por exemplo, suco de laranja?
Não, pois é ÁGUA fluidificada, com as suas devidas propriedades que fará melhor efeito ao contato com seu organismo.
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Página de Preparo:

44 - Tenhamos fé  (Livro "Fonte Viva" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

”… vou preparar-vos lugar.” – Jesus. (João, 14:2.)

Sabia o Mestre que, até à construção do Reino Divino na Terra, quantos o acompanhassem viveriam na condição de desajustados, trabalhando no progresso de todas as criaturas, todavia, “sem lugar” adequado aos sublimes ideais que entesouram.
Efetivamente, o cristão leal, em toda parte, raramente recebe o respeito que lhe é devido:
Por destoar, quase sempre, da coletividade, ainda não completamente cristianizada, sofre a descaridosa opinião de muitos.
Se exercita a humildade, é tido à conta de covarde.
Se adota a vida simples, é acusado pelo delito de relaxamento.
Se busca ser bondoso, é categorizado por tolo.
Se administra dignamente, é julgado orgulhoso.
Se obedece quanto é justo, é considerado servil.
Se usa a tolerância, é visto por incompetente.
Se mobiliza a energia, é conhecido por cruel.
Se trabalha, devotado, é interpretado por vaidoso.
Se procura melhorar-se, assumindo responsabilidades no esforço intensivo das boas obras ou das preleções consoladoras, é indicado por fingido.
Se tenta ajudar ao próximo, abeirando-se da multidão, com os seus gestos de bondade espontânea, muitas vezes é tachado de personalista e oportunista, atento aos interesses próprios.
Apesar de semelhantes conflitos, porém, prossigamos agindo e servindo, em nome do Senhor.
Reconhecendo que o domicílio de seus seguidores não se ergue sobre o chão do mundo, prometeu Jesus que lhes prepararia lugar na vida mais alta.
Continuemos, pois, trabalhando com duplicado fervor na sementeira do bem, à maneira de servidores provisoriamente distanciados do verdadeiro lar.
“Há muitas moradas na Casa do Pai.”
E o Cristo segue servindo, adiante de nós.
Tenhamos fé.
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CAPÍTULO III

Há muitas moradas na casa de meu Pai

- Diferentes estados da alma na erraticidade
- Diferentes categorias de mundos habitados
- Destinação da Terra. Causas das misérias humanas
- Instruções dos espíritos
- Mundos superiores e mundos inferiores
- Mundos de expiações e de provas
- Mundos regeneradores
- Progressão dos mundos

Estudo de hoje: Itens 1 ao 5 (Diferentes estados da alma na erraticidade - Diferentes categorias de mundos habitados).

* Erraticidade: Estado dos espíritos durante os intervalos das suas encarnações.
* Venturoso: Feliz.
* Depurado: Que se melhorou, que se tornou puro.
* Resplendente: Brilhante, que emite luz.
* Sublime: Elevado, grandioso.
* Insulado: Isolado, ilhado, solitário.
* Guante: Lugar de sofrimento.
* Fruir: Desfrutar, aproveitar, usufruir.
* Indizível: Que não se tem palavras para descrever.
* Matizes: Diferentes tons por que se passa uma cor.
* Expiação: Sofrimentos, provações.
* Haurir: Aspirar, esgotar.
* Fadiga: Cansaço.
* Sobrepujar: Exceder em altura, vencer, superar.
* Ditoso: Venturado, feliz, afortunado.
 
1. Não se turbe o vosso coração. - Credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar. - Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também vós aí estejais. ( S. JOÃO, cap. XIV, vv. 1 a 3.)
Diferentes estados da alma na erraticidade

2. A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.

Independente da diversidade dos mundos, essas palavras de Jesus também podem referir-se ao estado venturoso ou desgraçado do Espírito na erraticidade. Conforme se ache este mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções que tenha. Enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos; enquanto alguns Espíritos culpados erram nas trevas, os bem-aventurados gozam de resplendente claridade e do espetáculo sublime do Infinito; finalmente, enquanto o mau, atormentado de remorsos e pesares, muitas vezes insulado, sem consolação, separado dos que constituíam objeto de suas afeições, pena sob o guante dos sofrimentos morais, o justo, em convívio com aqueles a quem ama, frui as delícias de uma felicidade indizível. Também nisso, portanto, há muitas moradas, embora não circunscritas, nem localizadas.
Diferentes categorias de mundos habitados

3. Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há-os em que estes últimos são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores a todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. A medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.

4. Nos mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los, de modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias.

5. Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeição. Quando, em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros Espíritos. São outras tantas estações, em cada uma das quais se lhes deparam elementos de progresso apropriados ao adiantamento que já conquistaram. É-lhes uma recompensa ascenderem a um mundo de ordem mais elevada, como é um castigo o prolongarem a sua permanência em um mundo desgraçado, ou serem relegados para outro ainda mais infeliz do que aquele a que se vêem impedidos de voltar quando se obstinaram no mal.

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Comentários, dúvidas, sugestões pode ser enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com

sábado, 27 de outubro de 2012

Evangelho no Lar Nº 9 - Cap II - Meu reino não é deste mundo - Itens 8 e conclusão





Auxílio para o Evangelho no Lar com o estudo do Capítulo 2 (Meu Reino não é deste mundo) do Evangelho Segundo o Espiritismo, item 8 (Instruções dos Espíritos: Uma realeza Terrestre) e conclusão do capítulo 2 , com Sérgio W. Soares.


Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1- Como fazer para dar "avisos" ao Plano Espiritual?
Por intermédio da prece, num momento em que você esteja em sintonia com o plano superior, num momento de paz e tranquilidade.

2- O que fazer se no meu trabalho eu for convocado para uma reunião de última hora, ou pegar um engarrafamento e for me atrasar?
Se você faz o Evangelho no lar com mais alguém, avise que se atrasará e peça que eles comecem mesmo sem a sua presença. Caso faça sozinho,  pare por 2 minutos, faça uma prece e informe que se atrasará ou então que não fará o Evangelho no Lar naquele dia.

3- Se faço o Evangelho no Lar sozinho e chegar poucos minutos atrasado, posso fazê-lo assim mesmo?
Desde que seja um pequeno atraso, tudo bem. Porém, se for um atraso de 15 minutos, por exemplo, melhor não fazê-lo.

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Página de Preparo:

168 - Entre o berço e o túmulo  (Livro "Fonte Viva" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

“Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem, porque as que se vêem são temporais e as que se não vêem são eternas.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 4:18.)

A flor que vemos passa breve, mas o perfume que nos escapa enriquece a economia do mundo.
O monumento que nos deslumbra sofrerá insultos do tempo, contudo, o ideal invisível que o inspirou brilha, eterno, na alma do artista.
A Acrópole de Atenas, admirada por milhões de olhos, vai desaparecendo, pouco a pouco, entretanto, a cultura grega que a produziu é imortal na glória terrestre.
A cruz que o povo impôs ao Cristo era um instrumento de tortura visto por todos, mas o espírito do Senhor, que ninguém vê, é um sol crescendo cada vez mais na passagem dos séculos.
Não te apegues demasiado à carne transitória.
Amanhã, a infância e a mocidade do corpo serão madureza e velhice da forma.
A terra que hoje reténs será no futuro inevitavelmente dividida. Adornos de que te orgulhas presentemente serão pó e cinza. O dinheiro que agora te serve passará depois a mãos diferentes das tuas.
Usa aquilo que vês para entesourar o que ainda não podes ver.
Entre o berço e o túmulo, o homem detém o usufruto da terra, com o fim de aperfeiçoar-se.
Não te agarres, pois, à enganosa casca dos seres e das coisas. Aprendendo e lutando, trabalhando e servindo com humildade e paciência na construção do bem, acumularás na tua alma as riquezas da vida eterna.

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CAPÍTULO II

Meu Reino não é deste mundo

Estudo de hoje: Item 8 (Instruções dos Espíritos: Uma realeza Terrestre) e conclusão do capítulo 2.

* Requestar: Buscar, solicitar.
* Avidez: Desejo, cobiça, ambição.
* Granjear: Cultivar, obter com o trabalho ou esforço.
* Abnegação: Renúncia, sacrifício, desapego do interesse próprio.
* Vereda: Caminho estreito, atalho, senda.
* Urzes: Plantas comuns em terrenos pobres de cal.
* Compadecer: Ter compaixão.
* Compaixão: Compreender o estado emocional do teu próximo.
 
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
Uma realeza terrestre

8. Quem melhor do que eu pode compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: "O meu reino não é deste mundo"? O orgulho me perdeu na Terra. Quem, pois, compreenderia o nenhum valor dos reinos da Terra, se eu o não compreendia? Que trouxe eu comigo da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E, como que para tornar mais terrível a lição, ela nem sequer me acompanhou até o túmulo! Rainha entre os homens, como rainha julguei que penetrasse no reino dos céus! Que desilusão! Que humilhação, quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não terem sangue nobre! Oh! como então compreendi a esterilidade das honras e grandezas que com tanta avidez se requestam na Terra!

Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a benevolência para com todos. Não se vos pergunta o que fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas enxugastes.

Oh! Jesus, tu o disseste, teu reino não é deste mundo, porque é preciso sofrer para chegar ao céu, de onde os degraus de um trono a ninguém aproximam. A ele só conduzem as veredas mais penosas da vida. Procurai-lhe, pois, o caminho, através das urzes e dos espinhos, não por entre as flores.

Correm os homens por alcançar os bens terrestres, como se os houvessem de guardar para sempre. Aqui, porém, todas as ilusões se somem. Cedo se apercebem eles de que apenas apanharam uma sombra e desprezaram os únicos bens reais e duradouros, os únicos que lhes aproveitam na morada celeste, os únicos que lhes podem facultar acesso a esta.

Compadecei-vos dos que não ganharam o reino dos céus; ajudai-os com as vossas preces, porquanto a prece aproxima do Altíssimo o homem; é o traço de união entre o céu e a Terra: não o esqueçais. - Uma Rainha de França. (Havre, 1863.)

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Evangelho no Lar Nº 8 - Cap II - Meu reino não é deste mundo - Itens 4 ao 7





Auxílio para o Evangelho no Lar com o estudo do Capítulo 2 (Meu Reino não é deste mundo) do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 4 ao 7 (A realeza de Jesus - O ponto de vista) , com Sérgio W. Soares.

Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1- Como fazer com o Evangelho no Lar se me mudar de endereço, cidade, estado ou país?
Com antecedência "avise" ao Plano Espiritual que na próxima semana estará em novo local.

2- Não desejo interromper o Evangelho no Lar, mas possuo casa de praia ou de campo onde vou semanalmente. Posso fazê-lo naquele local?
Até pode, mas verifique se numa situação de férias você conseguirá ter DISCIPLINA para fazê-lo sempre no mesmo dia e hora pré-determinados. Caso contrário, é melhor não fazê-lo.

3- Como fazer se eu resido em mais de um endereço ou periodicamente fico fora, na casa de familiares?
Avise ao plano espiritual com antecedência, definindo os dias e horários em que realizará.

4- Se por um motivo relevante não realizar o Evangelho no Lar no dia ou hora que escolhi, posso fazer no dia seguinte?
Melhor não, deixando para a próxima semana e cuidando-se para que o faça no horário pré-determinado. Caso não possa mais naquele horário, mude-o , informando ao plano espiritual.

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Página de Preparo:

169 - Busquemos a eternidade  (Livro "Fonte Viva" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

“... ainda que o homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova dia a dia.” Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 4:16.)

Não te deixes abater, ante as alterações do equipamento físico.
Busquemos a Eternidade.
Moléstias não atingem a alma, quando não se filiam aos remorsos da consciência.
A velhice não alcança o espírito, quando procuramos viver segundo a luz da imortalidade.
Juventude não é um estado da carne.
Há moços que transitam no mundo, trazendo o coração repleto de pavorosas ruínas.
Lembremo-nos de que o homem interior se renova sempre. A luta enriquece-o de experiência, a dor aprimora-lhe as emoções e o sacrifício tempera-lhe o caráter.
O espírito encarnado sofre constantes transformações por fora, a fim de acrisolar-se e engrandecer-se por dentro.
Recorda que o estágio na Terra é simples jornada espiritual.
Assim como o viajante usa sandálias, gastando-as pelo caminho, nossa alma apropria-se das formas, utilizando-as na marcha ascensional para a Grande Luz.
Descerra, pois, o receptor de teu coração à onda sublime dos mais nobres ideais e dos mais belos pensamentos e aprendamos a viver longe do cupim do desânimo, e nosso espírito, ainda mesmo nas mais avançadas provas da enfermidade ou da senectude, será como sol radiante, a exteriorizar-se em cânticos de trabalho e alegria, expulsando a sombra e a amargura, onde estivermos.

* Acrisolar: Depurar, melhorar, purificar.
* Ascensional: De ascender, subir, crescer, evoluir.
* Descerrar: Descobrir
* Senectude: Velhice

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CAPÍTULO II

Meu Reino não é deste mundo

Estudo de hoje: Itens 4 (A realeza de Jesus) ao 7  (O Ponto de Vista)

* Vicissitudes: Dificuldades.
* Pungente: Que causa dor.
* Efêmera: Que passa depressa, algo passageiro.
* Esfalfar: Que se cansa ou desgasta, que se enfraquece pelo excesso de trabalho.
* Desígnios: Planos, projetos, intenções.
* Esteio: Amparo, suporte, apoio, auxílio.
 
A Realeza de Jesus

4 – O reino de Jesus não é deste mundo. Isso todos compreendem. Mas sobre a Terra ele não terá também uma realeza? O título de rei nem sempre exige o exercício do poder temporal. Ele é dado, por consenso unânime, aos que, por seu gênio, se colocam em primeiro lugar em alguma atividade, dominando o seu século e influindo sobre o progresso da humanidade. É nesse sentido que se diz: o rei ou o príncipe dos filósofos, dos artistas, dos poetas, dos escritores, etc. Essa realeza, que nasce do mérito pessoal, consagrada pela posterioridade, não tem muitas vezes maior preponderância que a dos reis coroados? Ela é imperecível, enquanto a outra depende das circunstâncias; ela é sempre abençoada pelas gerações futuras, enquanto a outra é, às vezes, amaldiçoada. A realeza terrena acaba com a vida, mas a realeza moral continua a imperar, sobretudo, depois da morte. Sob esse aspecto, Jesus não é um rei mais poderoso que muitos potentados? Foi com razão, portanto, que ele disse a Pilatos: Eu sou rei, mas o meu reino não é deste mundo.

 O Ponto de Vista

5 – A idéia clara e precisa que se faça da vida futura dá uma fé inabalável no porvir, e essa fé tem conseqüências enormes sobre a moralização dos homens, porque muda completamente o ponto de vista pelo qual eles encaram a vida terrena. Para aquele que se coloca, pelo pensamento, na vida espiritual, que é infinita, a vida corporal não é mais do que rápida passagem, uma breve permanência num país ingrato. As vicissitudes e as tribulações da vida são apenas incidentes que ele enfrenta com paciência, porque sabe que são de curta duração e devem ser seguidos de uma situação mais feliz. A morte nada tem de pavoroso, não é mais a porta do nada, mas a da libertação, que abre para o exilado a morada da felicidade e da paz. Sabendo que se encontra numa condição temporária e não definitiva, ele encara as dificuldades da vida com mais indiferença, do que resulta uma calma de espírito que lhe abranda as amarguras.

                Pelas simples dúvida sobre a vida futura, o homem concentra todos os seus pensamentos na vida terrena. Incerto do porvir, dedica-se inteiramente ao presente. Não entrevendo bens mais preciosos que os da Terra, ele se porta como a criança que nada vê além dos seus brinquedos e tudo faz para os obter. A perda do menor dos seus bens causa-lhe pungente mágoa. Um desengano, uma esperança perdida, uma ambição insatisfeita, uma injustiça de que for vítima, o orgulho ou a vaidade ferida, são tantos outros tormentos, que fazem da sua vida uma angústia perpétua, pois que se entrega voluntariamente a uma verdadeira tortura de todos os instantes.

                Sob o ponto de vista da vida terrena, em cujo centro se coloca, tudo se agiganta ao seu redor. O mal o atinge, como o bem que toca aos outros, tudo adquire aos seus olhos enorme importância. É como o homem que, dentro de uma cidade, vê tudo grande em seu redor: os cidadãos eminentes como os monumentos; mas que, subindo a uma montanha, tudo lhe parece pequeno.

                Assim acontece com aquele que encara a vida terrena do ponto de vista da vida futura: a humanidade, como as estrelas no céu, se perdem na imensidade; ele então se apercebe de que grandes e pequenos se confundem como as formigas num monte de terra; que operários e poderosos são da mesa estatura; e ele lamenta essas criaturas efêmeras, que tanto se esfalfam para conquistar uma posição que os eleva tão pouco e por tão pouco tempo. É assim que  importância atribuída aos bens terrenos está sempre na razão inversa da fé que se tem na vida futura.  

                6 – Se todos pensarem assim, dir-se-á, ninguém mais se ocupando das coisas da Terra, tudo perigará. Mas não, porque o homem procura instintivamente o seu bem estar, e mesmo tendo a certeza de que ficará por pouco tempo em algum lugar, ainda quererá estar o melhor ou o menos mal possível. Não há uma só pessoa que, sentindo um espinho sob a mão, não a retire para não ser picada. Ora, a procura do bem estar força o homem a melhorar todas as coisas, impulsionado como ele é pelo instinto do progresso e da conservação, que decorre das próprias leis da natureza. Ele trabalha, portanto, por necessidade, por gosto e por dever, e com isso cumpre os desígnios da Providência, que o colocou na Terra para esse fim. Só aquele que considera o futuro pode dar ao presente uma importância relativa, consolando-se facilmente de seus revezes, ao pensar no destino que os aguarda.

                Deus não condena, portanto, os gozos terrenos, mas o abuso desses gozos, em prejuízo dos interesses da alma. É contra esse abuso que se previnem os que compreendem estas palavras de Jesus: O meu reino não é deste mundo.

                Aquele que se identifica com a vida futura é semelhante a um homem rico, que perde uma pequena soma sem se perturbar; e aquele que concentra os seus pensamentos na vida terrestre é como o pobre que ao perder tudo o que possui, cai em desespero.

                7 – O Espiritismo dá amplitude ao pensamento e abre-lhe novo horizonte. Em vez dessa visão estreita e mesquinha, que o concentra na vida presente, fazendo do instante que passa sobre a terra o único e frágil esteio do futuro eterno, ele nos mostra que esta vida é um simples elo do conjunto harmonioso e grandioso da obra do Criador, e revela a solidariedade que liga todas as existências de um mesmo ser, todos os seres de um mesmo mundo e os seres de todos o mundos. Oferece, assim, uma base e uma razão de ser à fraternidade universal, enquanto a doutrina da criação da alma, no momento do nascimento de cada corpo, faz que todos os seres sejam estranhos uns aos outros. Essa solidariedade das partes de um mesmo todo explica o que é inexplicável, quando apenas consideramos uma parte. Essa visão de conjuntos, os homens do tempo de Cristo não podiam compreender, e por isso o seu conhecimento foi reservado para mais tarde.

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Evangelho no Lar Nº 7 -Cap II - Meu reino não é deste mundo - Itens 1 ao 3





Auxílio para o Evangelho no Lar com o estudo do Capítulo 2 (Meu Reino não é deste mundo) do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 1 a 3 (A vida futura) , com Sérgio W. Soares.

Tira-dúvidas sobre como proceder no Culto do Evangelho no Lar (enviadas para o email amorperdaoefe@gmail.com )

1- Até quando devo praticar o Evangelho no Lar?
Sempre, pois uma vez que é algo que fará BEM a você e aos amigos presentes (encarnados e desencarnados), deve sempre ser realizado.

2- O que fazer se por algum motivo relevante tiver que mudar o dia ou a hora ou ambos do Evangelho no Lar?
Com antecedência informe ao plano espiritual que na próxima semana será em outra data ou hora. Mas tenha cuidado para não fazê-lo cada semana num dia e hora diferentes.
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Página de Preparo:

133 - O grande futuro (Livro "Pão Nosso" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

"Mas agora o meu reino não é daqui.” - Jesus (João, 18:36)"

Desde os primórdios do Cristianismo, observamos aprendizes que se retiram deliberadamente do mundo, alegando que o Reino do Senhor não pertence à Terra.

Ajoelham-se, por tempo indeterminado, nas casas de adoração, e acreditam efetuar na fuga a realização da santidade.

Muitos cruzam os braços à frente dos serviços de regeneração e, quando interrogados, expressam revolta pelos quadros chocantes que a experiência terrena lhes oferece, reportando-se ao Cristo, diante de Pilatos, quando o Mestre asseverou que o seu reino ainda não se instalara nos círculos da luta humana.

No entanto, é justo ponderar que o Cristo não deserdou o planeta. A palavra dEle não afiançou a negação absoluta da felicidade celeste para a Terra, mas apenas definiu a paisagem então existente, sem esquecer a esperança no porvir.

O Mestre esclareceu: - “Mas agora meu reino não é daqui.”

Semelhante afirmativa revela-se a confiança.

Jesus, portanto, não pode endossar a falsa atitude dos operários em desalento, tão-só porque a sombra se fez mais densa em torno de problemas transitórios ou porque as feridas humanas se fazem, por vezes, mais dolorosas. Tais ocorrências, muita vez, obedecem à pura ilusão visual.

A atividade divina jamais cessa e justamente no quadro da luta benéfica é que o discípulo insculpirá a própria vitória.

Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar, confiantemente, para o grande futuro.
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CAPÍTULO II

Meu Reino não é deste mundo

Estudo de hoje: Itens 1 ao 3  ( A Vida Futura)



1. Pilatos, tendo entrado de novo no palácio e feito vir Jesus à sua presença, perguntou-lhe: És o rei dos judeus? - Respondeu-lhe Jesus: Meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui. Disse-lhe então Pilatos: És, pois, rei? - Jesus lhe respondeu: Tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence a verdade escuta a minha voz. (S. JOÃO, cap. XVIII, vv. 33, 36 e 37.)

A vida futura

2. Por essas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que ele apresenta, em todas as circunstâncias, como a meta a que a Humanidade irá ter e como devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na Terra. Todas as suas máximas se reportam a esse grande principio. Com efeito, sem a vida futura, nenhuma razão de ser teria a maior parte dos seus preceitos morais, donde vem que os que não crêem na vida futura, imaginando que ele apenas falava na vida presente, não os compreendem, ou os consideram pueris.
Esse dogma pode, portanto, ser tido como o eixo do ensino do Cristo, pelo que foi colocado num dos primeiros lugares à frente desta obra. E que ele tem de ser o ponto de mira de todos os homens; só ele justifica as anomalias da vida terrena e se mostra de acordo com a justiça de Deus.
3. Apenas idéias muito imprecisas tinham os judeus acerca da vida futura. Acreditavam nos anjos, considerando-os seres privilegiados da Criação; não sabiam, porém, que os homens podem um dia tomar-se anjos e partilhar da felicidade destes. Segundo eles, a observância das leis de Deus era recompensada com os bens terrenos, com a supremacia da nação a que pertenciam, com vitórias sobre os seus inimigos. As calamidades públicas e as derrotas eram o castigo da desobediência àquelas leis. Moisés não pudera dizer mais do que isso a um povo pastor e ignorante, que precisava ser tocado, antes de tudo, pelas coisas deste mundo. Mais tarde, Jesus lhe revelou que há outro mundo, onde a justiça de Deus segue o seu curso. E esse o mundo que ele promete aos que cumprem os mandamentos de Deus e onde os bons acharão sua recompensa. Aí o seu reino; lá é que ele se encontra na sua glória e para onde voltaria quando deixasse a Terra.
Jesus, porém, conformando seu ensino com o estado dos homens de sua época, não julgou conveniente dar-lhes luz completa, percebendo que eles ficariam deslumbrados, visto que não a compreenderiam. Limitou-se a, de certo modo, apresentar a vida futura apenas como um principio, como uma lei da Natureza a cuja ação ninguém pode fugir. Todo cristão, pois, necessariamente crê na vida futura; mas, a idéia que muitos fazem dela é ainda vaga, incompleta e, por isso mesmo, falsa em diversos pontos. Para grande número de pessoas, não há, a tal respeito, mais do que uma crença, balda de certeza absoluta, donde as dúvidas e mesmo a incredulidade.
O Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em vários outros, o ensino do Cristo, fazendo-o quando os homens já se mostram maduros bastante para apreender a verdade. Com o Espiritismo, a vida futura deixa de ser simples artigo de fé, mera hipótese; torna-se uma realidade material, que os latos demonstram, porquanto são testemunhas oculares os que a descrevem nas suas fases todas e em todas as suas peripécias, e de tal sorte que, além de impossibilitarem qualquer dúvida a esse propósito, facultam à mais vulgar inteligência a possibilidade de imaginá-la sob seu verdadeiro aspecto, como toda gente imagina um país cuja pormenorizada descrição leia. Ora, a descrição da vida futura é tão circunstanciadamente feita, são tão racionais as condições, ditosas ou infortunadas, da existência dos que lá se encontram, quais eles próprios pintam, que cada um, aqui, a seu mau grado, reconhece e declara a si mesmo que não pode ser de outra forma, porquanto, assim sendo, patente fica a verdadeira justiça de Deus.

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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Evangelho no Lar Nº 6 - Cap I - Não vim destruir a lei - Conclusão





Auxílio para o Evangelho no Lar com a conclusão do estudo do Capítulo 1 do Evangelho Segundo o Espiritismo (não vim destruir a lei), com Sérgio W. Soares.

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1- Qual a hora mais indicada para realizar o Evangelho no Lar?
Todas, desde que seja feito com disciplina, ou seja, dia da semana e horários fixos.

2- Após a realização do Evangelho no Lar, tenho que permanecer em casa?
Não há problema algum em sair ou não, entretato Joanna de Ângelis aconselha no livro "SOS Família": "Não demandes a rua nesta noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar." 

3- Eu farei o Evangelho no Lar com amigos. Posso, ao término, oferecer um cafezinho a eles?
Sim, mas procurando manter a vibração na qual sua casa foi envolvida. Cuidado para não transformar num evento social, onde se começa com o cafezinho, depois uma cervejinha e finalmente um monte de gente assistindo o futebol e torcendo fervorosamente. Neste caso, toda a egrégora vibratória fica prejudicada.

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Página de Preparo:

71 - Em nosso trabalho (Livro "Vinha de Luz" - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)

"Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus."
  Paulo.(HEBREUS, 3:4.)


O Supremo Senhor criou o Universo, entretanto, cada criatura organiza o seu mundo particular.
O Arquiteto Divino é o possuidor de todas as edificações, todavia, cada Espírito constrói a habitação que lhe é própria.
O Doador dos Infinitos Bens espalha valores ilimitados na Criação, contudo, cada um de nós outros deverá criar valores que nos sejam inerentes à personalidade.
A natureza maternal, rica de bênçãos, em toda parte constitui a representação do patrimônio imensurável do Poder Divino e, em todo lugar, onde exista alguém, aí palpita a vontade igualmente criadora do homem, que é o herdeiro de Deus.
O Pai levanta fundamentos e estabelece leis.
Os filhos contribuem na construção das obras e operam interferências.
É compreensível, portanto, que empenhemos todo o cuidado em nosso esforço individualista, nas edificações do mundo, convictos de que responderemos pela nossa atuação pessoal, em todos os quadros da vida.
Colaboremos no bem com o entusiasmo de quem reconhece a utilidade da própria ação, nos círculos do serviço, mas sem paixões destruidoras que nos amarrem às ilhas do isolacionismo.
Apresentemos nosso trabalho ao Senhor, diariamente, e peçamos a Ele destrua as particularidades em desacordo com os seus propósitos soberanos e justos, rogando-Lhe visão e entendimento.
Seremos compelidos a formar o campo mental de nós mesmos, a erguer a casa de nossa elevação e a construir o santuário que nos seja próprio. No desdobramento desse serviço, porém, jamais nos esqueçamos de que todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.

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 No estudo de hoje fizemos apenas alguns comentários daquilo de mais importante neste capítulo. Assista o vídeo e comente com os participantes durante o Evangelho no Lar.

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