Nova temporada do auxílio ao Evangelho no
lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 19 (A fé
transporta montanhas) , itens 11 e 12 (INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS - A fé: mãe da
esperança e da caridade / A fé humana e a divina)
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1ª parte: Prece de
abertura:
2ª parte: Leitura da
página de preparo:
Página de preparo: Cap 40 - Fé (Livro “Vinha
de luz”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
"Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e
as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, que fica infrutífera (que não dá frutos)." - Jesus (Marcos, 4:19).
A árvore
da fé viva não cresce no coração, miraculosamente (por
milagre).
Qual
acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde (não abre mão, não dispensa) do esforço da criatura.
Qualquer
planta útil reclama (necessita) especial atenção
no desenvolvimento.
Indispensável
cogitar-se do trabalho de proteção, auxílio e defesa. Estacadas (pau que se finca no solo para servir de suporte),
adubos, vigilância, todos os fatores de preservação devem ser postos em
movimento, a fim de que o vegetal precioso atinja os fins a que se destina.
A
conquista da crença edificante (construtiva) não
é serviço de menor esforço.
A maioria
das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola (aquele anel dourado que fica sobre a cabeça dos anjos. Aqui neste
contexto entendemos como prestígio, privilégio) doada a alguns espíritos
privilegiados pelo favor divino.
Isso,
contudo, é um equívoco de lamentáveis conseqüências.
A sublime
virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz
funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
Não se faz
possível a realização, quando excessivas ansiedades terrestres, de parceria com
enganos e ambições inferiores, torturam o campo íntimo, à maneira de vermes e
malfeitores, atacando a obra.
A lição do
Evangelho é semente viva.
O coração
humano é receptivo, tanto quanto a terra.
É
imprescindível tratar a planta divina com desvelada (atenciosa,
carinhosa, cuidadosa) ternura e instinto enérgico de defesa.
Há muitos
perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões
ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do auto
exame.
Ninguém
pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a vibração da fé
ao espírito alheio (dos outros), porque,
realmente, isso é tarefa que compete a cada um.
3ª parte: Estudo do Evangelho:
Capítulo 19 (A fé transporta montanhas) ,
itens 11 e 12 (INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS - A fé: mãe da esperança e da caridade
/ A fé humana e a divina)
A
fé: mãe da esperança e da caridade
11.
Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa; não deve entorpecer-se (perder o vigor, perder a energia). Mãe de todas as
virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar (vigiar,
cuidar) atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.
A
esperança e a caridade são corolários (consequências,
efeitos) da fé e formam com esta uma trindade (trio,
trinca) inseparável. Não é a fé que faculta (permite)
a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que
esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso
reconhecimento e, portanto, o vosso amor?
Inspiração
divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o
bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e
durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar que será do edifício que
sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces
inamovíveis (firmes, que não se movem). Seja
mais forte a vossa fé do que os sofismas (artimanhas,
armadilhas, artifícios) e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé
que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.
A
fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não a tinham, ou,
mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas (convincentes) que vão à alma. ao passo que a fé
aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta.
Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a incutirdes (inspirar)
nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o
merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a
confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as
vicissitudes (contratempos, dificuldades) da
vida.
Tende,
pois, a fé, com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua
racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. Amai
a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo
porque acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do um que
vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai
sem desfalecimento (desânimo): os milagres são
obras da fé. - José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)
A fé humana e a divina
12.
No homem, a fé é o sentimento inato (natural) de
seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas
depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente (adormecido), e que lhe cumpre fazer que desabrochem e
cresçam pela ação da sua vontade.
Até
ao presente, a fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, porque o
Cristo a exalçou (mostrou, demonstrou, ensinou,
celebrou) como poderosa alavanca e porque o têm considerado apenas como
chefe de uma religião. Entretanto, o Cristo, que operou milagres materiais,
mostrou, por esses milagres mesmos, o que pode o homem, quando tem fé, isto é, a
vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação.
Também os apóstolos não operaram milagres, seguindo-lhe o exemplo? Ora, que
eram esses milagres, senão efeitos naturais, cujas causas os homens de então
desconheciam, mas que, hoje, em grande parte se explicam e que pelo estudo do
Espiritismo e do Magnetismo se tornarão completamente compreensíveis?
A
fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das
necessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e futuras. O homem de
gênio, que se lança à realização de algum grande empreendimento, triunfa, se
tem fé, porque sente em si que pode e há de chegar ao fim colimado (desejado), certeza que lhe faculta imensa força. O
homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres
ações a sua existência, haure (consome, põe pra fora)
na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda
aí se operam milagres de caridade, de devotamento e de abnegação (renúncia, altruísmo, desapego). Enfim, com a fé, não
há maus pendures que se não chegue a vencer.
O
Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que
ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora (em outros tempos) de milagres.
Repito: a fé é humana e divina.
Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos (convencidos,
convictos) da força que em si trazem, e se quisessem pôr a vontade a
serviço dessa força, seriam capazes de realizar o a que, até hoje, eles
chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das
faculdades humanas. Um Espírito Protetor. (Paris, 1863.)
5ª parte: Fluidificação da água: