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Nos textos do Evangelho e da página de preparo, colocamos o significado das palavras mais difíceis na cor vermelha, ao lado das mesmas.
1ª parte: Prece de
abertura:
2ª parte: Leitura da
página de preparo:
Página de preparo: Cap 56 - Lucros (Livro
“Caminho, verdade e vida”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
“E o que tens ajuntado para quem será?” - Jesus. (Lucas,
12:20)
Em todos
os agrupamentos humanos, palpita a preocupação de ganhar. O espírito de lucro
alcança os setores mais singelos (simples). Meninos,
mal saídos da primeira infância, mostram-se interessados em amontoar
egoisticamente alguma coisa. A atualidade conta com mães numerosas que
abandonam seu lar a desconhecidos, durante muitas horas do dia, a fim de
experimentarem a mina lucrativa. Nesse sentido, a maioria das criaturas
converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.
Por trás
do sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade
aguarda o homem e interroga:
— Que
trouxeste?
O infeliz
responderá que reuniu vantagens materiais, que se esforçou por assegurar a
posição tranquila de si mesmo e dos seus.
Examinada,
porém, a bagagem, verifica-se, quase sempre, que as vitórias são derrotas
fragorosas (estrondosas, enormes). Não
constituem valores da alma, nem trazem o selo dos bens eternos.
Atingida
semelhante equação, o viajor olha para trás e sente frio. Prende-se, de maneira
inexplicável, aos resultados de tudo o que amontoou na Crosta da Terra. A
consciência inquieta enche-se de nuvens e a voz do Evangelho soa-lhe aos
ouvidos: Pobre de ti, porque teus lucros foram perdas desastrosas! “E o que
tens ajuntado para quem será?”
3ª parte: Estudo do Evangelho:
Capítulo 16 (Não se pode servir a Deus e a
Mamon), itens 11 ao 13 (INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS - Emprego da riqueza)
(Mamon é um termo, derivado da Bíblia, usado para descrever riqueza
material ou cobiça, na maioria das vezes, mas nem sempre, personificado como
uma divindade. Como ser, Mamon representa o terceiro pecado, a Ganância,
Avareza, ou obsessão pelo dinheiro.)
INSTRUÇÕES
DOS ESPÍRITOS
11.
Não podeis servir a Deus e a Mamon. Guardai bem isso em lembrança, vós, a quem
o amor do ouro domina; vós, que venderíeis a alma para possuir tesouros, porque
eles permitem vos eleveis acima dos outros homens e vos proporcionam os gozos
das paixões que vos escravizam. Não; não podeis servir a Deus e a Mamon! Se,
pois, sentis vossa alma dominada pelas cobiças da carne, dai-vos pressa em
alijar (jogar fora, expulsar, livrar-se de) o
jugo (domínio, opressão, escravidão) que vos
oprime, porquanto Deus, justo e severo, vos dirá: Que fizeste, ecônomo infiel,
dos bens que te confiei? Esse poderoso móvel de boas obras exclusivamente o
empregaste na tua satisfação pessoal.
Qual,
então, o melhor emprego que se pode dar à riqueza? Procurai - nestas palavras:
"Amai-vos uns aos outros", a solução do problema. Elas guardam o
segredo do bom emprego das riquezas. Aquele que se acha animado do amor do
próximo tem aí toda traçada a sua linha de proceder. Na caridade está, para as
riquezas, o emprego que mais apraz (agrada) a
Deus. Não nos referimos, é claro, a essa caridade fria e egoísta, que consiste
em a criatura espalhar ao seu derredor o supérfluo de uma existência dourada.
Referimo-nos à caridade plena de amor, que procura a desgraça e a ergue, sem a
humilhar. Rico!... Dá do que te sobra; faze mais: dá um pouco do que te é
necessário, porquanto o de que necessitas ainda é supérfluo. Mas, dá com
sabedoria. Não repilas o que se queixa, com receio de que te engane; vai às
origens do mal. Alivia, primeiro; em seguida, informa-te, e vê se o trabalho,
os conselhos, mesmo a afeição não serão mais eficazes do que a tua esmola.
Difunde em torno de ti, como os socorros materiais, o amor de Deus, o amor do
trabalho, o amor do próximo. Coloca tuas riquezas sobre uma base que nunca lhes
faltará e que te trará grandes lucros: a das boas obras. A riqueza da
inteligência deves utilizá-la como a do ouro. Derrama em tomo de ti os tesouros
da instrução; derrama sobre teus irmãos os tesouros do teu amor e eles
frutificarão. -Cheverus. (Bordéus, 1861.)
12.
Quando considero a brevidade (pouco tempo) da
vida, dolorosamente me impressiona a incessante preocupação de que é para vós
objeto o bem-estar material, ao passo que tão pouca importância dais ao vosso
aperfeiçoamento moral, a que pouco ou nenhum tempo consagrais e que, no
entanto, é o que importa para a eternidade. Dir-se-ia, diante da atividade que
desenvolveis, tratar-se de uma questão do mais alto interesse para a
humanidade, quando não se trata, na maioria dos casos, senão de vos pordes em
condições de satisfazer a necessidades exageradas, à vaidade, ou de vos
entregardes a excessos. Que de penas, de amofinações (aborrecimentos),
de tormentos cada um se impõe; que de noites de insônia, para aumentar haveres
muitas vezes mais que suficientes! Por cúmulo de cegueira, frequentemente se
encontram pessoas, escravizadas a penosos trabalhos pelo amor imoderado da
riqueza e dos gozos que ela proporciona, a se vangloriarem de viver uma
existência dita de sacrifício e de mérito - como se trabalhassem para os outros
e não para si mesmas! Insensatos! Credes, então, realmente, que vos serão
levados em conta os cuidados e os esforços que despendeis movidos pelo egoísmo,
pela cupidez (ganância, cobiça) ou pelo orgulho,
enquanto negligenciais do vosso futuro, bem como dos deveres que a
solidariedade fraterna impõe a todos os que gozam das vantagens da vida social?
Unicamente no vosso corpo haveis pensado; seu bem-estar, seus prazeres foram o
objeto exclusivo da vossa solicitude egoística. Por ele, que morre,
desprezastes o vosso Espírito, que viverá sempre. Por isso mesmo, esse senhor
tão animado e acariciado se tornou o vosso tirano; ele manda sobre o vosso
Espírito, que se lhe constituiu escravo. Seria essa a finalidade da existência
que Deus vos outorgou (concedeu)? -Um
Espírito Protetor. (Cracóvia, l861.)
13. Sendo o homem o depositário, o
administrador dos bens que Deus lhe pôs nas mãos, contas severas lhe serão
pedidas do emprego que lhes haja ele dado, em virtude do seu livre-arbítrio. O
mau uso consiste em os aplicar exclusivamente na sua satisfação pessoal; bom é
o uso, ao contrário, todas as vezes que deles resulta um bem qualquer para
outrem. O merecimento de cada um está na proporção do sacrifício que se impõe a
si mesmo. A beneficência é apenas um modo de empregar-se a riqueza; ela dá
alívio à miséria presente; aplaca a fome, preserva do frio e proporciona abrigo
ao que não o tem. Dever, porém, igualmente imperioso e meritório é o de
prevenir a miséria. Tal, sobretudo, a missão das grandes fortunas, missão a ser
cumprida mediante os trabalhos de todo gênero que com elas se podem executar.
Nem, pelo fato de tirarem desses trabalhos legítimo proveito os que assim as
empregam, deixaria de existir o bem resultante delas, porquanto o trabalho
desenvolve a inteligência e exalça (celebrar, exaltar)
a dignidade do homem, facultando-lhe dizer, altivo, que ganha o pão que come,
enquanto a esmola humilha e degrada. A riqueza concentrada em uma mão deve ser
qual fonte de água viva que espalha a fecundidade e o bem-estar ao seu
derredor. Ó vós, ricos, que a empregardes segundo as vistas do Senhor! O vosso
coração será o primeiro a dessedentar-se nessa fonte benfazeja; já nesta
existência fruireis os inefáveis gozos da alma, em vez dos gozos materiais do
egoísta, que produzem no coração o vazio. Vossos nomes serão benditos na Terra
e, quando a deixardes, o soberano Senhor vos dirá, como na parábola dos talentos:
"Bom e fiel servo, entra na alegria do teu Senhor." Nessa parábola, o
servidor que enterrou o dinheiro que lhe fora confiado é a representação dos
avarentos, em cujas mãos se conserva improdutiva a riqueza. Se, entretanto,
Jesus fala principalmente das esmolas, é que naquele tempo e no país em que ele
vivia não se conheciam os trabalhos que as artes e a indústria criaram depois e
nas quais as riquezas podem ser aplicadas utilmente para o bem geral. A todos
os que podem dar, pouco ou muito, direi, pois: Dai esmola quando for preciso;
mas, tanto quanto possível, convertei-a em salário, a fim de que aquele que a
receba não se envergonhe dela. - Fénelon. (Argel, 1860.)
5ª parte: Fluidificação da água:
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