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Nos textos do Evangelho e da página de preparo, colocamos o significado das palavras mais difíceis na cor vermelha, ao lado das mesmas.
1ª parte: Prece de
abertura:
2ª parte: Leitura da página de preparo:
Página de preparo: Cap 142 - Revides (Livro “Pão Nosso”,
de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
“Na verdade é já realmente uma falta
entre vós terdes demandas (disputas, conflitos)
uns contra os outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? por que não
sofreis, antes, o dano?” - Paulo (I Coríntios, 6:7).
Nem sempre
as demandas (disputas, conflitos) permanecem nos
tribunais judiciários, no terreno escandaloso dos processos públicos.
Expressam-se
em muito maior escala no centro dos lares e das instituições. Aí se movimentam,
através do desregramento (desordem, abuso)
mental e da conversação em surdina (sem barulho,
cochichando), no lodo invisível do ódio que asfixia corações e anula
energias. Se vivem, contudo, é porque componentes da família ou da associação
as alimentam com o óleo da animosidade recalcada (reprimida).
Aprendizes
inúmeros se tornam vítimas de semelhantes perturbações, por se acastelarem (refugiarem, defenderem) nos falsos princípios
regenerativos.
De modo
geral, grande parte prefere a atitude agressiva, de espada às mãos, esgrimindo (argumentando) com calor na ilusória suposição de
operar o conserto do próximo.
Prontos a
protestar, a acusar e criticar nos grandes ruídos, costumam esclarecer que
servem à verdade. Por que motivo, porém, não exemplificam a própria fé,
suportando a injustiça e o dano heroicamente, no silêncio da alma fiel, antes
da opção por qualquer revide?
Quantos
lares seriam felizes, quantas instituições se converteriam em mananciais (nascentes, fontes) permanentes de luz se os crentes
do Evangelho aprendessem a calar para falar, a seu tempo, com proveito?
Não nos
referimos aqui aos homens vulgares e, sim, aos discípulos de Jesus.
Quanto
lucrará o mundo, quando o seguidor do Cristo se sentir venturoso (feliz) em ser mero instrumento do bem nas Divinas
Mãos, esquecendo o velho propósito de ser orientador arbitrário do Serviço
Celeste?
3ª parte: Estudo do Evangelho:
Capítulo 12 (Amai os vossos inimigos), itens 13
e 14 (O duelo)
O duelo
13. O duelo, como o
que outrora se denominava o juízo de Deus, é uma das instituições bárbaras (de culturas selvagens) que ainda regem a sociedade.
Que diríeis, no entanto, se vísseis dois adversários mergulhados em água
fervente ou submetidos ao contato de um ferro em brasa, para ser dirimida (reduzida) a contenda (questão,
disputa) entre eles, reconhecendo-se estar a razão com aquele que melhor
sofresse a prova? Qualificaríeis de insensatos esses costumes, não é exato?
Pois o duelo é coisa pior do que tudo isso. Para o duelista destro (ágil, habilidoso), é um assassínio praticado a sangue
frio, com toda a premeditação que possa haver, uma vez que ele está certo da
eficácia do golpe que desfechará. Para o adversário, quase certo de sucumbir em
virtude de sua fraqueza e inabilidade, é um suicídio cometido com a mais fria
reflexão, Sei que muitas vezes se procura evitar essa alternativa igualmente
criminosa, confiando ao acaso a questão: - Mas, não é isso voltar, sob outra
forma, ao juízo de Deus, da Idade Média? E nessa época infinitamente menor era
a culpa. A própria denominação de juízo de Deus indica a fé, ingênua, é
verdade, porém, afinal, fé na justiça de Deus, que não podia consentir
sucumbisse (morresse) um inocente, ao passo que,
no duelo, tudo se confia à força bruta, de tal sorte que não raro é o ofendido
que sucumbe.
Ó estúpido
amor-próprio, tola vaidade e louco orgulho, quando sereis substituídos pela
caridade cristã, pelo amor do próximo e pela humildade que o Cristo
exemplificou e preceituou? Só quando isso se der, desaparecerão esses preceitos
monstruosos que ainda governam os homens, e que as leis são impotentes para
reprimir, porque não basta interditar o mal e prescrever o bem; é preciso que o
princípio do bem e o horror ao mal morem no coração do homem. - Um Espírito
protetor. (Bordéus, 1861.)
14. Que juízo farão
de mim, costumais dizer, se eu recusar a reparação que se me exige, ou se não a
reclamar de quem me ofendeu? Os loucos, como vós, os homens atrasados vos
censurarão; mas, os que se acham esclarecidos pelo facho (caminho, luz) do progresso intelectual e moral dirão
que procedeis de acordo com a verdadeira sabedoria. Refleti um pouco. Por
motivo de uma palavra dita às vezes impensadamente, ou inofensiva, vinda de um
dos vossos irmãos, o vosso orgulho se sente ferido, respondeis de modo acre (rude, áspero) e daí uma provocação. Antes que chegue
o momento decisivo, inquiris (questione, pergunte)
de vós mesmos se procedeis como cristãos? Que contas ficareis devendo à
sociedade, por a privardes de um de seus membros? Pensastes no remorso que vos
assaltará, por haverdes roubado a uma mulher o marido, a uma mãe o filho, ao
filho o pai que lhes servia de amparo? Certamente, o autor da ofensa deve uma
reparação; porém, não lhe será mais honroso dá-la espontaneamente, reconhecendo
suas faltas, do que expor a vida daquele que tem o direito de se queixar?
Quanto ao ofendido, convenho em que, algumas vezes, por ele achar-se gravemente
ferido, ou em sua pessoa, ou nas dos que lhe são mais caros, não está em jogo
somente o amor-próprio: o coração se acha magoado, sofre. Mas, além de ser
estúpido arriscar a vida, lançando-se contra um miserável capaz de praticar
infâmias, dar-se-á que, morto este, a afronta, qualquer que seja, deixa de
existir? Não é exato que o sangue derramado imprime retumbância (estrondo) maior a um fato que, se falso, cairia por
si mesmo, e que, se verdadeiro, deve ficar sepultado no silêncio? Nada mais
restará, pois, senão a satisfação da sede de vingança. Ah! triste satisfação
que quase sempre dá lugar, já nesta vida, a causticantes (ásperos) remorsos. Se é o ofendido que sucumbe, onde há
reparação?
Quando a caridade regular a conduta dos homens, eles conformarão seus atos e palavras a esta máxima: "Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam." Em se verificando isso, desaparecerão todas as causas de dissensões e, com elas, as dos duelos e das guerras, que são os duelos de povo a povo. - Francisco Xavier, (Bordéus, 1861.)
5ª parte: Fluidificação da água:
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