Auxílio para o evangelho no lar com o estudo do Capítulo 28 (Coletânea de preces espíritas) , V - Preces pelos doentes e pelos obsediados - Pelos obsediados (item 81)
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Página de preparo:
Cap 146 - No trato
com o invisível (Livro “Caminho verdade e vida”, de Emmanuel, psicografado por
Chico Xavier)
“E,
chamando-os a si, disse-lhes por parábolas: Como pode Satanás expulsar
Satanás?” - (Marcos, 3:23)
Esta
passagem do Evangelho é sumamente (extremamente)
esclarecedora para os companheiros da atualidade que, nas tarefas do
Espiritismo cristão, se esforçam por auxiliar desencarnados infelizes a se
equilibrarem no caminho redentor.
Ninguém
aguarde êxito (sucesso) imediato, ao procurar
amparar os que se perderam na desorientação.
É
impossível dispensar a colaboração do tempo para que se esclareçam as
personagens das tragédias humanas e, segundo sabemos, nem mesmo os apóstolos
conseguiram, de pronto, convencer as entidades perturbadas, quanto ao realismo
de sua perigosa situação. Todavia, sem atitudes esterilizantes (improdutivas), muito pode fazer o discípulo no setor
dessas atividades iluminativas. Na atualidade, companheiros devotados (dedicados) ao serviço ainda sofrem a perseguição dos
adversários da luz, que lhes atribuem sombrio pacto com poderes perversos. O
sectarismo (intolerância) religioso cognomina-os
(denomina, apelida, atribui) sequazes (partidários, simpatizantes) de Satanás, impondo-lhes
torturas e humilhações.
No
entanto, as mesmas objurgatórias (censuras, arguição
violenta) e recriminações descabidas (sem
sentido) foram atiradas ao Mestre Divino pelo sacerdócio (grupo de sacerdotes) organizado de seu tempo.
Atendendo aos enfermos e obsidiados, entregues a destrutivas forças da sombra,
recebeu Jesus o título de feiticeiro, filho de Belzebu. Isso constitui
significativa recordação que, naturalmente, infundirá (trará,
derramará) muito conforto aos discípulos novos.
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Capítulo 28 (Coletânea de preces espíritas) , V - Preces pelos doentes
e pelos obsediados - Pelos obsediados (item 81)
V - PRECES PELOS DOENTES E PELOS OBSEDIADOS
Pelos obsediados
81. PREFÁCIO. A
obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo.
Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem
perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das
faculdades mentais. Oblitera (obstrui, destrói,
elimina) todas as faculdades mediúnicas; traduz-se, na mediunidade
escrevente, pela obstinação (determinação,
perseverança) de um Espírito em se manifestar, com exclusão de todos os
outros.
Os Espíritos maus
pululam (multiplicam-se, tem abundância) em
torno da Terra, em virtude da inferioridade moral de seus habitantes. A ação
malfazeja que eles desenvolvem faz parte dos flagelos com que a Humanidade se
vê a braços neste mundo. A obsessão, como as enfermidades e todas as
tribulações da vida, deve ser considerada prova ou expiação (sofrimentos, quitações de débitos) e como tal
aceita..
Do mesmo modo que as
doenças resultam das imperfeições físicas, que tornam o corpo acessível às
influências perniciosas (nocivas) exteriores, a
obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral, que dá acesso a um
Espírito mau. A causas físicas se opõem forças físicas; a uma causa moral,
tem-se de opor uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se
o corpo; para isentá-lo da obsessão, é preciso fortificar a alma, pelo que
necessário se torna que o obsidiado trabalhe pela sua própria melhoria, o que
as mais das vezes basta para o livrar do obsessor, sem recorrer a terceiros. O
auxílio destes se faz indispensável, quando a obsessão degenera (corrompe-se, estraga-se, piora) em subjugação (dominação) e em possessão, porque aí não raro o
paciente perde a vontade e o livre-arbítrio.
Quase sempre, a
obsessão exprime a vingança que um Espírito tira e que com freqüência se radica
nas relações que o obsidiado manteve com ele em precedente existência.
(Veja-se: Cap. X, n° 6; cap. XII, n° 5 e n° 6.)
Nos casos de
obsessão grave, o obsidiado se acha como que envolvido e impregnado de um
fluido pernicioso (nocivo), que neutraliza a
ação dos fluidos salutares e os repele. É desse fluido que importa
desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro fluido mau.
Mediante ação idêntica à do médium curador nos casos de enfermidade, cumpre se
elimine o fluido mau com o auxílio de um fluido melhor, que produz, de certo
modo, o efeito de um reativo. Esta a ação mecânica, mas que não basta;
necessário, sobretudo, é que se atue sobre o ser inteligente, ao qual
importa se possa falar com autoridade, que só existe onde há superioridade
moral. Quanto maior for esta, tanto maior será igualmente a autoridade.
E não é tudo: para
garantir-se a libertação, cumpre induzir o Espírito perverso a renunciar aos
seus maus desígnios; fazer que nele despontem o arrependimento e o desejo do
bem, por meio de instruções habilmente ministradas, em evocações particulares,
objetivando a sua educação moral. Pode-se então lograr (desfrutar,
gozar) a dupla satisfação de libertar um encarnado e de converter um
Espírito imperfeito.
A tarefa se
apresenta mais fácil quando o obsidiado, compreendendo a sua situação, presta o
concurso da sua vontade e da sua prece. O mesmo não se dá, quando, seduzido
pelo Espírito embusteiro (mentiroso, trapaceiro,
enganador), ele se ilude no tocante às qualidades daquele que o domina e
se compraz (sente prazer) no erro em que este
último o lança, visto que, então, longe de secundar (ajudar,
auxiliar), repele toda assistência, É o caso da fascinação,
infinitamente mais rebelde do que a mais violenta subjugação. (O Livro aos
Médiuns, 2ª Parte, cap. XXIII.)
Em
todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar de quem haja de
atuar sobre o Espírito obsessor.
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