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Página de preparo:
Cap
152 - Cuidados (Livro “Vinha de luz”, de Emmanuel, psicografado por Chico
Xavier)
"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o
dia de amanhã, cuidará de si mesmo". - Jesus (Mateus, 6:34).
Os
preguiçosos de todos os tempos nunca perderam o ensejo (oportunidade)
de interpretar falsamente as afirmativas evangélicas.
A
recomendação de Jesus, referente à inquietude, é daquelas que mais se prestaram
aos argumentos dos discutidores ociosos (preguiçosos).
Depois de
reportar-se (referir, mencionar) o Cristo aos lírios do campo, não foram poucos
os que reconheceram a si mesmos na condição de flores, quando não passam,
ainda, de plantas espinhosas.
Decididamente,
o lírio não fia, nem tece, consoante o ensinamento do Senhor, mas cumpre a
vontade de Deus. Não solicita a admiração alheia, floresce no jardim ou na
terra inculta, dá seu perfume ao vento que passa, enfeita a alegria ou conforta
a tristeza, é útil à doença e à saúde, não se revolta quando fenece (murcha, acaba) o brilho que lhe é próprio ou quando
mãos egoístas o separam do berço em que nasceu.
Aceitaria
o homem inerte o padrão do lírio, em relação à existência na comunidade?
Recomendou
Jesus não guarde a alma qualquer ânsia nociva, relativamente à comida, ao
vestuário ou às questões acessórias do campo material; asseverou (afirmou) que o dia, constituindo a resultante de leis
gerais do Universo, atenderia a si próprio.
Para o
discípulo fiel, agasalhar-se e alimentar-se são verbos de fácil conjugação e o
dia representa oportunidade sublime de colaboração na obra do bem. Mas
basear-se nessas realidades simples para afirmar que o homem deva marchar, sem
cuidado consigo, seria menoscabar (menosprezar,
depreciar, descreditar, desonrar) o esforço do Cristo, convertendo-lhe a
plataforma salvadora em campanha de irresponsabilidade.
O homem
não pode nutrir a pretensão de retificar o mundo ou os seus semelhantes de um
dia para outro, atormentando-se em aflições descabidas (sem
sentido, que não tem cabimento), mas deve ter cuidado de si,
melhorando-se, educando-se e iluminando-se, sempre mais.
Realmente,
a ave canta, feliz, mas edifica (constrói) a
própria casa.
A flor
adorna-se (enfeita-se), tranqüila; entretanto,
obedece aos desígnios do Eterno.
O homem
deve viver confiante, sempre atento, todavia, em engrandecer-se na sabedoria e
no amor para a obra divina da perfeição.
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Capítulo 28 (Coletânea de preces espíritas) , I - Preces gerais -
Oração dominical (3. PRECE. - III. Faça-se a tua vontade, assim na Terra como
no Céu. IV. Dá-nos o pão de cada dia.)
I - PRECES GERAIS
Oração dominical
3. PRECE. - III.
Faça-se a tua vontade, assim na Terra como no Céu.
Se a submissão é um
dever do filho para com o pai, do inferior para com o seu superior, quão maior
não deve ser a da criatura para com o seu Criador! Fazer a tua vontade, Senhor,
é observar as tuas leis e submeter-se, sem queixumes (reclamações,
lamentações), aos teus decretos. O homem a ela se submeterá, quando
compreender que és a fonte de toda a sabedoria e que sem ti ele nada pode.
Fará, então, a tua vontade na Terra, como os eleitos a fazem no Céu.
IV. Dá-nos o pão
de cada dia.
Dá-nos o alimento
indispensável à sustentação das forças do corpo; mas, dá-nos também o alimento
espiritual para o desenvolvimento do nosso Espírito.
O bruto encontra a
sua pastagem; o homem, porém, deve o sustento à sua própria atividade e aos
recursos da sua inteligência, porque o criaste livre.
Tu lhe hás dito:
"Tirarás da terra o alimento com o suor da tua fronte (testa)." Desse modo, fizeste do trabalho, para
ele, uma obrigação, a fim de que exercitasse a inteligência na procura dos
meios de prover às suas necessidades e ao seu bem-estar, uns mediante o labor (trabalho, tarefa) manual, outros pelo labor
intelectual. Sem o trabalho, ele se conservaria estacionário e não poderia
aspirar (desejar, querer, ter a intenção) à
felicidade dos Espíritos superiores
Ajudas o homem de boa-vontade
que em ti confia, pelo que concerne (diz respeito)
ao necessário; não, porém, àquele que se compraz (satisfaz)
na ociosidade e desejara tudo obter sem esforço, nem àquele que busca o
supérfluo. (Cap. XXV.)
Quantos e quantos
sucumbem por culpa própria, pela sua incúria (descuidado,
negligência), pela sua imprevidência, ou pela sua ambição e por não
terem querido contentar-se com o que lhes havias concedido! Esses são os
artífices (criadores) do seu infortúnio (desgraça, infelicidade) e carecem (precisam) do direito de queixar-se, pois que são
punidos naquilo em que pecaram. Mas, nem a esses mesmos abandonas, porque és
infinitamente misericordioso. As mãos lhes estendes para socorrê-los, desde
que, como o filho pródigo (esbanjador), se
voltem sinceramente para ti. (Cap. V, nº 4.)
Antes de nos
queixarmos da sorte, inquiramos (indaguemos,
perguntemos, questionemos) de nós mesmos se ela não é obra nossa. A cada
desgraça que nos chegue, cuidemos de saber se não teria estado em nossas mãos
evitá-la. Consideremos também que Deus nos outorgou (concedeu,
permitiu) a inteligência para tirar-nos do lameiro (lamaçal), e que de nós depende o modo de a
utilizarmos.
Pois que à lei do
trabalho se acha submetido o homem na Terra, dá-nos coragem e forças para obedecer
a essa lei. Dá-nos também a prudência, a previdência e a moderação, a fim de
não perdermos o respectivo fruto.
Dá-nos, pois,
Senhor, o pão de cada dia, isto é, os meios de adquirirmos, pelo trabalho, as
coisas necessárias à vida, porquanto ninguém tem o direito de reclamar o
supérfluo.
Se trabalhar nos é
impossível, à tua divina providência nos confiamos.
Se está nos teus
desígnios experimentar-nos pelas mais duras provações, mau grado aos nossos
esforços, aceitamo-las como justa expiação das faltas que tenhamos cometido
nesta existência, ou noutra anterior, porquanto és justo. Sabemos que não há
penas imerecidas (sem merecimento) e que jamais
castigas sem causa.
Preserva-nos, ó meu
Deus, de invejar os que possuem o que não temos, nem mesmo os que dispõem do
supérfluo, ao passo que a nós nos falta o necessário. Perdoa-lhes, se esquecem
a lei de caridade e de amor do próximo, que lhes ensinaste. (Cap. XVI, nº 8.)
Afasta,
igualmente, do nosso espírito a idéia de negar a tua justiça, ao notarmos a
prosperidade do mau e a desgraça que cai por vezes sobre o homem de bem. Já
sabemos, graças às novas luzes que te aprouve (agrade)
conceder-nos, que a tua justiça se cumpre sempre e a ninguém excetua (sem exceção); que a prosperidade material do mau é
efêmera (temporária, passageira), quanto a sua
existência corpórea, e que experimentará terríveis reveses (obstáculos, dificuldades, contratempos), ao passo que
eterno será o júbilo (alegria, felicidade)
daquele que sofre resignado. (Cap. V, nº 7, nº 9, nº 12 e nº 18.)
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