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Página de preparo:
Cap
166 - Respostas do alto (Livro “Vinha de luz”, de Emmanuel, psicografado por
Chico Xavier)
"E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão,
lhe dará uma pedra?" – Jesus (Lucas, 11:11).
Nos
círculos da fé, encontramos diversos corações extenuados (enfraquecidos, cansados) e desiludidos. Referem-se à
oração, à maneira de doentes desenganados quanto à eficácia do remédio,
alegando que não recebem respostas do Alto.
Entretanto,
a meditação mais profunda lhes conferiria mais elevada noção dos Divinos
Desígnios (intenções, propósitos, objetivos),
entendendo, enfim, que o Senhor jamais oferece pedras ao filho que pede pão.
Nem sempre
é possível compreender, de pronto, a resposta celeste em nosso caminho de luta,
no entanto, nunca é demais refletir para perceber com sabedoria.
Em muitas
ocasiões, a contrariedade amarga é aviso benéfico e a doença é recurso de
salvação.
Não poucas
vezes, as flores da compaixão do Cristo visitam a criatura em forma de espinhos
e, em muitas circunstâncias da experiência terrestre, as bênçãos da medicina
celestial se transformam temporariamente em feridas santificantes.
Em muitas
fases da luta, o Senhor decreta a cassação de tempo ao círculo do servidor,
para que ele não encha os dias com a repetição de graves delitos e, não raro,
dá-lhe fealdade (feiura, deformidades) ao corpo
físico para que sua alma se ilumine e progrida.
Se a
paternidade terrena, imperfeita e deficiente, vela em favor dos filhos, que
dizer da Paternidade de Deus, que sustenta o Universo ao preço de inesgotável
amor?
O Todo
Compassivo (sensível, que tem compaixão) nunca
atira pedras às mãos súplices (que suplicam) que
lhe rogam auxílio.
Se te
demoras, pois, no seio das inibições provisórias, permanece convicto de que
todos os impedimentos e dores te foram concedidos por respostas do Alto aos
teus pedidos de socorro, amparo e lição, com vistas à vida eterna.
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Capítulo 25 (Buscai e achareis) , itens 1 ao 5
(Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará)
Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará
1. Pedi e se vos
dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede
recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.
Qual o homem,
dentre vós, que dá uma pedra ao filho que lhe pede pão? - Ou, se pedir um
peixe, dar-lhe-á uma serpente? -Ora, se, sendo maus como sois, sabeis dar boas
coisas aos vossos filhos, não é lógico que, com mais forte razão, vosso Pai que
está nos céus dê os bens verdadeiros aos que lhos pedirem? (S. MATEUS, cap.
VII, vv. 7 a 11.)
2. Do ponto de vista
terreno, a máxima: Buscai e achareis é análoga (semelhante,
equivalente) a esta outra: Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará.
É o princípio da lei do trabalho e, por conseguinte, da lei do
progresso, porquanto o progresso é filho do trabalho, visto que este põe em
ação as forças da inteligência.
Na infância da
Humanidade, o homem só aplica a inteligência à cata do alimento, dos meios de
se preservar das intempéries (tempestades, desgraças)
e de se defender dos seus inimigos. Deus, porém, lhe deu, a mais do que
outorgou ao animal, o desejo incessante do melhor, e é esse desejo que o
impele (empurra, impulsiona) à pesquisa dos
meios de melhorar a sua posição, que o leva às descobertas, às invenções, ao aperfeiçoamento
da Ciência, porquanto é a Ciência que lhe proporciona o que lhe falta. Pelas
suas pesquisas, a inteligência se lhe engrandece, o moral se lhe depura (limpa, purifica). As necessidades do corpo sucedem as
do espírito: depois do alimento material, precisa ele do alimento espiritual. E
assim que o homem passa da selvageria à civilização.
Mas, bem pouca coisa
é, imperceptível mesmo, em grande número deles, o progresso que cada um realiza
individualmente no curso da vida. Como poderia então progredir a Humanidade,
sem a preexistência e a reexistência da alma? Se as almas se fossem
todos os dias, para não mais voltarem, a Humanidade se renovaria
incessantemente com os elementos primitivos, tendo de fazer tudo, de aprender
tudo. Não haveria, nesse caso, razão para que o homem se achasse hoje mais
adiantado do que nas primeiras idades do mundo, uma vez que a cada nascimento
todo o trabalho intelectual teria de recomeçar. Ao contrário, voltando com o
progresso que já realizou e adquirindo de cada vez alguma coisa a mais, a alma
passa gradualmente da barbárie à civilização material e desta à civilização
moral. (Vede: cap. IV, nº 17.)
3. Se Deus houvesse
isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o
houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido
na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho
uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa
maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado
de acordo com o que hajas feito.
4. Em virtude desse
princípio é que os Espíritos não acorrem (socorrem)
a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a
ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que
tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para
apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia
enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se
atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o
homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre
atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás
com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a
quiseres empregar. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nº 291 e
seguintes.)
5. Do ponto de vista
moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho
e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a
assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de
Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados;
batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé,
confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o
que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o
castigo do vosso orgulho.
Tal
o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.
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