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Página de preparo:
Cap
28 - Alguma coisa (Livro “Fonte Viva”, de Emmanuel, psicografado por Chico
Xavier)
Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os que
estão enfermos." - Jesus (Lucas, 5:31).
Quem sabe
ler, não se esqueça de amparar o que ainda não se alfabetizou.
Quem
dispõe de palavra esclarecida, ajude ao companheiro, ensinando-lhe a ciência da
frase correta e expressiva.
Quem
desfruta o equilíbrio orgânico não despreze a possibilidade de auxiliar o
doente.
Quem
conseguiu acender alguma luz de fé no próprio espírito, suporte com paciência o
infeliz que ainda não se abriu a mínima noção de responsabilidade perante o
Senhor, auxiliando-o a desvencilhar-se (livrar-se)
das trevas.
Quem
possua recursos para trabalhar, não olvide (esqueça)
o irmão menos ajustado ao serviço, conduzindo-o, sempre que possível, a
atividade digna.
Quem
estime a prática da caridade, compadeça-se das almas endurecidas,
beneficiando-as com as vibrações da prece.
Quem já esteja
entesourando (guardado, aprendido) a humildade
não se afaste do orgulhoso, conferindo-lhe, com o exemplo, os elementos
indispensáveis ao reajuste.
Quem seja
detentor da bondade não recuse assistência aos maus, de vez que a maldade
resulta invariavelmente da revolta ou da ignorância.
Quem
estiver em companhia da paz, ajude aos desesperados.
Quem
guarde alegria, divida a graça do contentamento com os tristes.
Asseverou (afirmou) o Senhor que os sãos (saudáveis) não precisam de médico, mas, sim, os enfermos (doentes).
Lembra-te
dos que transitam no mundo entre dificuldades maiores que as tuas.
A vida não
reclama o teu sacrifício integral, em favor dos outros, mas, a benefício de ti
mesmo, não desdenhes (despreze) fazer alguma
coisa na extensão da felicidade comum.
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Capítulo 24 (Não ponhais a candeia (lamparina,
luminária antiga) debaixo do alqueire (mobília
antiga, dos tempos de Jesus) ) , itens 11 e 12
(Não são os que gozam saúde que precisam de médico)
Não são os que gozam saúde que precisam de médico
11. Estando Jesus
à mesa em casa desse homem (Mateus), vieram aí ter muitos publicanos e gente de
má vida, que se puseram à mesa com Jesus e seus discípulos; - o que fez que os
fariseus, notando-o, disseram aos discípulos: Como é que o vosso Mestre come
com publicanos e pessoas de má vida? - Tendo-os ouvido, disse-lhes Jesus: Não
são os que gozam saúde que precisam de médico. (S. MATEUS, cap. IX, vv. 10 a
12.)
Publicanos (observar introdução deste evangelho, ítem III –
Notícias históricas): Cobradores de impostos. O nome de publicanos foi
estendido mais tarde a todos os que lidavam com o dinheiro público e aos seus
agentes subalternos. Hoje, a palavra é tomada em sentido pejorativo, para
designar os negocistas e seus agentes pouco escrupulosos; às vezes dizemos:
‘’ávido como um publicano; rico como um publicano’’, referindo-nos a fortunas da
má procedência.
Fariseus: Membro de um grupo de judeus que obedecia a leis
religiosas rígidas. Os fariseus viveram na Judéia, Palestina, no tempo de
Jesus. Não mantinham relações com os não-crentes ou com os judeus estranhos ao
seu próprio grupo. Os fariseus consideravam-se mais justos e santos do que os
outros em geral.
12. Jesus se
acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados (excluídos),
porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa fé,
porque pedem se lhes dê a vista, e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a
luz e de nada precisar. (Veja-se: "Introdução", artigo: Publicanos,
Portageiros.)
Essas palavras, como
tantas outras, encontram no Espiritismo a aplicação que lhes cabe. Há quem se
admire de que, por vezes, a mediunidade seja concedida a pessoas indignas,
capazes de a usarem mal. Parece, dizem, que tão preciosa faculdade devera ser
atributo exclusivo dos de maior merecimento.
Digamos, antes de
tudo, que a mediunidade é inerente (pertence) a
uma disposição orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver,
de ouvir, de falar. Ora, nenhuma há de que o homem, por efeito do seu
livre-arbítrio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por
exemplo, a palavra senão aos incapazes de proferirem (dizerem)
coisas más, maior seria o número dos mudos do que o dos que falam. Deus
outorgou (concedeu) faculdades ao homem e lhe dá
a liberdade de usá-las, mas não deixa de punir o que delas abusa.
Se só aos mais
dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os Espíritos, quem ousaria
pretendê-la? Onde, ao demais, o limite entre a dignidade e a indignidade? A
mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer
a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao
rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir. Não
são estes últimos os doentes que necessitam de médico? Por que Deus, que não
quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro?
Os bons Espíritos lhe vêm em auxílio e seus conselhos, dados diretamente, são
de natureza a impressioná-lo de modo mais vivo, do que se os recebesse
indiretamente. Deus, em sua bondade, para lhe poupar o trabalho de ir buscá-la
longe, nas mãos lhe coloca a luz. Não será ele bem mais culpado, se não a
quiser ver? Poderá desculpar-se com a sua ignorância, quando ele mesmo haja
escrito com suas mãos, visto com seus próprios olhos, ouvido com seus próprios
ouvidos, e pronunciado com a própria boca a sua condenação? Se não aproveitar,
será então punido pela perda ou pela perversão (mau
uso) da faculdade que lhe fora outorgada (concedida)
e da qual, nesse caso, se aproveitam os maus Espíritos para o obsidiarem e
enganarem, sem prejuízo das aflições reais com que Deus castiga os servidores
indignos e os corações que o orgulho e o egoísmo endureceram.
A
mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos
superiores. E apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou
menos dúctil (maleável) aos Espíritos, em geral.
O bom médium, pois, não é aquele que comunica facilmente, mas aquele que é
simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Unicamente neste
sentido é que a excelência das qualidades morais se torna onipotente (superior) sobre a mediunidade.
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