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Página de preparo:
Cap
137 - Vida conjugal (do casal) (Livro “Vinha de
luz”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
"Assim também vós, cada um em particular, ame a sua
própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie (respeite)
o seu marido." - Paulo (Efésios, 5:33).
As
tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda (caminho)
comum. Explicando o desequilíbrio, invoca-se (observa-se)
a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida íntima ou as
excessivas aflições domésticas.
O marido
disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, em
muitos casos, abre-se a mente feminina ao império das tentações, entrando em
falso rumo.
Semelhante
situação, porém, será sempre estranhável nos lares formados sobre as escolas da
fé, nos círculos do Cristianismo.
Os
cônjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortações (sugestões, conselhos, advertências) da fraternidade.
É possível
que os sonhos, muita vez, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro dos
ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem,
por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros
atitudes e diretrizes que eles são, por enquanto, incapazes de adotar, e o
matrimônio se lhes converte em instituição detestável.
O cristão,
contudo, não pode ignorar a transitoriedade das experiências humanas. Com
Jesus, é impossível destruir os divinos fundamentos da amizade real. Busque-se
o lado útil e santo da tarefa e que a esperança seja a lâmpada acesa no
caminho...
Tua esposa
mantém-se em nível inferior à tua expectativa? Lembra-te de que ela é mãe de
teus filhinhos e serva de tuas necessidades. Teu esposo é ignorante e cruel?
Não olvides (esqueças) que ele é o companheiro
que Deus te concedeu ...
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Capítulo 22 (Não separeis o que Deus juntou) , item 5 (O divórcio)
O divórcio
5. O divórcio é lei
humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado.
Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão
feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina. Se
fosse contrario a essa lei, a própria Igreja seria obrigada a considerar
prevaricadores (traidores , interesseiros ou pessoas de
má-fé) aqueles de seus chefes que, por autoridade própria e em nome da
religião, hão imposto o divórcio em mais de uma ocasião. E dupla seria aí a
prevaricação, porque, nesses casos, o divórcio há objetivado unicamente
interesses materiais e não a satisfação da lei de amor.
Mas, nem mesmo Jesus
consagrou a indissolubilidade (não poder separar)
absoluta do casamento. Não disse ele: "Foi por causa da dureza dos vossos
corações que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres?" Isso significa
que, já ao tempo de Moisés, não sendo a afeição mútua a única determinante do
casamento, a separação podia tornar-se necessária. Acrescenta, porém: "no
princípio, não foi assim", isto é, na origem da Humanidade, quando os
homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho e viviam segundo
a lei de Deus, as uniões, derivando da simpatia, e não da vaidade ou da
ambição, nenhum ensejo (motivo, oportunidade)
davam ao repúdio(rejeição) .
Vai mais longe:
especifica o caso em que pode dar-se o repúdio, o de adultério (traição). Ora, não existe adultério onde reina
sincera afeição recíproca. É verdade que ele proíbe ao homem desposar a mulher
repudiada (rejeitada); mas, cumpre se tenham em
vista os costumes e o caráter dos homens daquela época. A lei moisaica (de Moisés), nesse caso, prescrevia a lapidação (aperfeiçoamento). Querendo abolir um uso bárbaro,
precisou de uma penalidade que o substituísse e a encontrou no opróbrio (desonra, vexame) que adviria da proibição de um
segundo casamento. Era, de certo modo, uma lei civil substituída por outra lei
civil, mas que, como todas as leis dessa natureza, tinha de passar pela prova
do tempo.
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