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Pequeno dicionário das palavras contidas
no estudo de hoje:
Atendendo
a pedidos, colocaremos o significado logo após as palavras no próprio texto,
sempre na cor vermelha.
Página de preparo:
Cap 127 – Lei de Retorno (Livro “Pão
Nosso”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
“E os que fizeram o
bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a
ressurreição da condenação.” – Jesus. (João, 5:29.)
Em raras passagens do
Evangelho, a lei reencarnacionista permanece tão clara quanto aqui, em que o
ensino do Mestre se reporta à ressurreição da condenação.
Como entenderiam
estas palavras os teólogos interessados na existência de um inferno ardente e
imperecível (eterno)?
As criaturas
dedicadas ao bem encontrarão a fonte da vida em se banhando nas águas da morte
corporal. Suas realizações do porvir seguem na ascensão justa, em correspondência
direta com o esforço perseverante que desenvolveram no rumo da espiritualidade santificadora,
todavia, os que se comprazem no mal cancelam as próprias possibilidades de
ressurreição na luz.
Cumpre-lhes a
repetição do curso expiatório (de dores e sofrimentos).
É a volta à lição ou ao remédio.
Não lhes surge
diferente alternativa. A lei de retorno, pois, está contida amplamente nessa
síntese de Jesus.
Ressurreição é
ressurgimento. E o sentido de renovação não se compadece (não é compatível) com a teoria das penas eternas.
Nas sentenças
sumárias e definitivas não há recurso salvador. Através da referência do
Mestre, contudo, observamos que a Providência Divina é muito mais rica e
magnânima que parece. Haverá ressurreição para todos, apenas com a diferença de
que os bons tê-la-ão em vida nova e os maus em nova condenação, decorrente da
criação reprovável deles mesmos.
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Estudo de hoje:
Capítulo 5 (Bem aventurados os aflitos) ,
itens 12 e 13 (Motivos de resignação)
Motivos de resignação
12. Por estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação (renúncia e entrega) que leva o padecente (que sofre) a bendizer do sofrimento, como prelúdio (anúncio, o primeiro passo) da cura.Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis (quitar) agora, o que vos garantirá a tranqüilidade no porvir.
O homem que sofre assemelha-se a um devedor de avultada (grande) soma, a quem o credor diz: "Se me pagares hoje mesmo a centésima parte do teu débito, quitar-te-ei do restante e ficarás livre; se o não fizeres, atormentar-te-ei, até que pagues a última parcela." Não se sentiria feliz o devedor por suportar toda espécie de privações para se libertar, pagando apenas a centésima parte do que deve? Em vez de se queixar do seu credor, não lhe ficará agradecido?
Tal o sentido das palavras: "Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados." São ditosos (felizes), porque se quitam e porque, depois de se haverem quitado, estarão livres. Se, porém, o homem, ao quitar-se de um lado, endivida-se de outro, jamais poderá alcançar a sua libertação. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, porquanto nenhuma há, qualquer que ela seja, que não acarrete forçosa e inevitavelmente uma punição. Se não for hoje, será amanhã; se não for na vida atual, será noutra. Entre essas faltas, cumpre se coloque na primeira fiada a carência de submissão à vontade de Deus. Logo, se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos com resignação e como algo que devemos ter merecido, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova dívida contraímos, que nos faz perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. E por isso que teremos de recomeçar, absolutamente como se, a um credor que nos atormente, pagássemos uma cota e a tomássemos de novo por empréstimo.
Ao entrar no mundo dos Espíritos, o homem ainda está como o operário que comparece no dia do pagamento. A uns dirá o Senhor: "Aqui tens a paga dos teus dias de trabalho"; a outros, aos venturosos da Terra, aos que hajam vivido na ociosidade, que tiverem feito consistir a sua felicidade nas satisfações do amor-próprio e nos gozos mundanos: "Nada vos toca, pois que recebestes na Terra o vosso salário. Ide e recomeçai a tarefa."
13. O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe afigura a duração do sofrimento. Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso (feliz) o sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar. Contrariamente, para aquele que apenas vê a vida corpórea, interminável lhe parece esta, e a dor o oprime com todo o seu peso. Daquela maneira de considerar a vida, resulta ser diminuída a importância das coisas deste mundo, e sentir-se compelido o homem a moderar seus desejos, a contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, a receber atenuada a impressão dos reveses e das decepções que experimente. Dai tira ele uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da alma, ao passo que, com a inveja, o ciúme e a ambição, voluntariamente se condena à tortura e aumenta as misérias e as angústias da sua curta existência..
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Muita paz a todos e bom estudo!
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