sexta-feira, 26 de julho de 2024

Evangelho no lar Nº 165: Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas), item 11 (Jeremias e os falsos profetas)

Auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas), item 11 (Jeremias e os falsos profetas)



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1ª parte: Prece de abertura:

2ª parte: Leitura da página de preparo:

Página de preparo: Cap 83 - Examinai (Livro “Vinha de luz”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

"Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa." - João (II João, 10).

É razoável que ninguém impeça o próximo de falar o que melhor lhe pareça; é justo, porém, que o ouvinte apenas retenha o que reconheça útil e melhor. Em todos os setores da atividade terrestre e no curso de todas as tarefas diárias, aproximam-se irmãos que vêm ter convosco, trazendo as suas mensagens pessoais.

Esse é portador de convite à insubmissão, aquele outro é um vaso de queixas enfermiças (de doenças).

Indispensável é que a casa terrestre não se abra aos fantasmas.

Batem à porta?

A prudência aconselha vigilância.

O coração é um recinto sagrado, onde não se deve amontoar resíduos inúteis.

É imprescindível examinar as solicitações que avançam.

Se o mensageiro não traz as características de Jesus, convém negar-lhe guarida, de caráter absoluto, na casa Intima, proporcionando-lhe, porém, algo das preciosas bênçãos que conseguimos recolher, em nosso benefício, no setor das utilidades essenciais.

Inúmeros curiosos que se aproximam dos discípulos sinceros nada possuem, além da presunção (opinião extremamente boa sobre si mesmo, expressão da vaidade) de bons faladores. São, quase sempre, grandes necessitados sob a veste falaciosa (enganosa, mentirosa) da teoria. Sem feri-los, nem escandalizá-los, é justo que o devotado (dedicado) aprendiz de Jesus lhes prodigalize (transmita) algum motivo de reflexão séria. Desse modo, os que julgam conduzir um estandarte (bandeira, símbolo) de suposta redenção (libertação) passam a conduzir consigo a mensagem do bem, verdadeiramente salvadora.

O problema não é o de nos informarmos se alguém está falando em nome do Senhor; antes de tudo, importa saber se o portador possui algo do Cristo para dar.

 

 3ª parte: Estudo do Evangelho:

Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas) , item 11 (Jeremias e os falsos profetas)

 

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Jeremias e os falsos profetas

11. Eis o que diz o Senhor dos Exércitos: Não escuteis as palavras dos profetas que vos profetizam e que vos enganam. Eles publicam as visões de seus corações e não o que aprenderam da boca do Senhor. - Dizem aos que de mim blasfemam (ofendem, desrespeitam): O Senhor o disse, tereis paz; e a todos os que andam na corrupção de seus corações: Nenhum mal vos acontecerá. - Mas, qual dentre eles assistiu ao conselho de Deus? Qual o que o viu e escutou o que ele disse? - Eu não enviava esses profetas; eles corriam por si mesmos; eu absolutamente não lhes falava; eles profetizavam de suas cabeças. - Eu ouvi o que disseram esses profetas que profetizavam a mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. - Até quando essa imaginação estará no coração dos que profetizam a mentira e cujas profecias não são senão as seduções do coração deles? Se, pois, este povo, ou um profeta, ou um sacerdote vos interrogar e disser: Qual o fardo (carga, peso) do Senhor? dir-lhe-eis: vós mesmos sois o fardo e eu vos lançarei bem longe de mim, diz o Senhor. (JEREMIAS, cap. XXIII, vv. 16 a 18, 21, 25, 26 e 33.)

É dessa passagem do profeta Jeremias que quero tratar convosco, meus amigos. Falando pela sua boca, diz Deus: "É a visão do coração deles que os faz falar." Essas palavras claramente indicam que, já naquela época, os charlatães (enganadores) e os exaltados abusavam do dom de profecia e o exploravam. Abusavam, por conseguinte, da fé simples e quase cega do povo, predizendo, por dinheiro, coisas boas e agradáveis. Muito generalizada se achava essa espécie de fraude na nação judia, e fácil é de compreender-se que o pobre povo, em sua ignorância, nenhuma possibilidade tinha de distinguir os bons dos maus, sendo sempre mais ou menos ludibriado (iludido, enganado) pelos pseudoprofetas (falso profeta), que não passavam de impostores ou fanáticos. Nada há de mais significativo do que estas palavras: "Eu não enviei esses profetas e eles correram por si mesmos; não lhes falei e eles profetizaram." Mais adiante, diz: "Eu ouvi esses profetas que profetizavam a mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei." Indicava assim um dos meios que eles empregavam para explorar a confiança de que eram objeto. A multidão, sempre crédula (crente), não pensava em lhes contestar a veracidade (verdade) dos sonhos, ou das visões; achava isso muito natural e constantemente os convidava a falar.

Após as palavras do profeta, escutai os sábios conselhos do apóstolo S. João, quando diz: "Não acrediteis em todo Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus", porque, entre os invisíveis, também há os que se comprazem (sentem prazer) em iludir, se se lhes depara ocasião. Os iludidos são, está-se a ver, os médiuns que se não precatam bastante. Aí se encontra, é fora de toda dúvida, um dos maiores escolhos em que muitos funestamente  (infelizmente) esbarram, mormente se são novatos no Espiritismo. É-lhes isso uma prova de que só com muita prudência podem triunfar. Aprendei, pois, antes de tudo, a distinguir os bons e os maus Espíritos, para, por vossa vez, não vos tornardes falsos profetas. - Luoz, Espírito Protetor. (Carlsruhe, 1861.)

4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:

5ª parte: Fluidificação da água:

6ª parte: Prece de encerramento:

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Evangelho no lar Nº 164: Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas), item 10 (Os falsos profetas da erraticidade (período entre uma encarnação e outra, no estado desencarnado))

Auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas), item 10 (Os falsos profetas da erraticidade (período entre uma encarnação e outra, no estado desencarnado)) 


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1ª parte: Prece de abertura:

2ª parte: Leitura da página de preparo:

Página de preparo: Cap 69 - Comunicações (Livro “Caminho verdade e vida”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus.” - (I João, 4:1)

 

Os novos discípulos do Evangelho, em seus agrupamentos de intercâmbio com o mundo espiritual, quase sempre manifestam ansiedade em estabelecer claras e perfeitas comunicações com o Além.

Se muitas vezes aparecem fracassos, nesse particular, se as experimentações são falhas de êxito (sucesso), é que, na maioria dos casos, o indagador (questionador) obedece muito mais ao egoísmo próprio que ao imperativo (ordem, lei) edificante (construtiva).

O propósito de exclusividade, nesse sentido, abre larga porta ao engano. Através dela, malfeitores com instrumentos nocivos podem penetrar o templo, de vez que o aprendiz cerrou (fechou) os olhos ao horizonte das verdades eternas.

Bela e humana a dilatação (aumento, crescimento) dos laços de amor que unem o homem encarnado aos familiares que o precederam na jornada de Além-Túmulo, mas é inaceitável que o estudante obrigue quem lhe serviu de pai ou de irmão a interferir nas situações particulares que lhe dizem respeito.

Haverá sempre quem dispense luz nas assembléias de homens sinceros, O programa de semelhante assistência, contudo, não pode ser substancialmente organizado pelas criaturas, muita vez inscientes (sem consciência) das necessidades próprias. Em virtude disso, recomendou o apóstolo que o discípulo atente (fique atento), não para quem fale, mas para a essência das palavras, a fim de certificar-se se o visitante vem de Deus.

 3ª parte: Estudo do Evangelho:

Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas), item 10 (Os falsos profetas da erraticidade (período entre uma encarnação e outra, no estado desencarnado))


INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Os falsos profetas da erraticidade (período entre uma encarnação e outra, no estado desencarnado)

10. Os falsos profetas não se encontram unicamente entre os encarnados. Há-os também, e em muito maior número, entre os Espíritos orgulhosos que, aparentando amor e caridade, semeiam a desunião e retardam a obra de emancipação (libertação) da Humanidade, lançando-lhe de través (por outro lado) seus sistemas absurdos, depois de terem feito que seus médiuns os aceitem. E, para melhor fascinarem aqueles a quem desejam iludir, para darem mais peso às suas teorias, se apropriam sem escrúpulo (de forma irresponsável, na "cara de pau") de nomes que só com muito respeito os homens pronunciam.

São eles que espalham o fermento dos antagonismos (opostos, conflitos) entre os grupos, que os impelem (incentivam) a isolarem-se uns dos outros e a olharem-se com prevenção. Isso por si só bastaria para os desmascarar, pois, procedendo assim, são os primeiros a dar o mais formal desmentido às suas pretensões. Cegos, portanto, são os homens que se deixam cair em tão grosseiro embuste (enganação, mentira).

Mas, há muitos outros meios de serem reconhecidos. Espíritos da categoria em que eles dizem achar-se têm de ser não só muito bons, como também eminentemente racionais. Pois bem: passai-lhes os sistemas pelo crivo (peneira) da razão e do bom senso e vede o que restará. Convinde, pois, comigo, em que, todas as vezes que um Espírito indica, como remédio aos males da Humanidade ou como meio de conseguir-se a sua transformação, coisas utópicas e impraticáveis, medidas pueris e ridículas; quando formula um sistema que as mais rudimentares (primitivas, básicas, elementares) noções da Ciência contradizem, não pode ser senão um Espírito ignorante e mentiroso.

Por outro lado, crede que, se nem sempre os indivíduos apreciam a verdade, esta é apreciada sempre pelo bom senso das massas, constituindo isso mais um critério. Se dois princípios se contradizem, achareis a medida do valor intrínseco (real) de ambos, verificando qual dos dois encontra mais ecos e simpatias. Fora, com efeito, ilógico admitir-se que uma doutrina cujo número de adeptos diminua progressivamente seja mais verdadeira do que outra que veja o dos seus em continuo aumento. Querendo que a verdade chegue a todos, Deus não a confina num círculo acanhado: fá-la surgir em diferentes pontos, a fim de que por toda a parte a luz esteja ao lado das trevas.

Repeli sem condescendência (acomodar-se) todos esses Espíritos que se apresentam como conselheiros exclusivos, pregando a separação e o insulamento (isolamento). São quase sempre Espíritos vaidosos e medíocres, que procuram impor-se a homens fracos e crédulos, prodigalizando-lhes (esbanjando) exagerados louvores, a fim de os fascinar e de tê-los dominados. São, geralmente, Espíritos sequiosos de poder (com sede de poder,) e que, déspotas (autoridades que governam com tirania) públicos ou nos lares, quando vivos, ainda querem vítimas para tiranizar depois de terem morrido. Em geral, desconfiai das comunicações que trazem um caráter de misticismo e de singularidade, ou que prescrevem cerimônias e atos extravagantes. Há sempre, nesses casos, motivo legítimo de suspeição (levantar suspeita).

Estai certos, igualmente, de que quando uma verdade tem de ser revelada aos homens, é, por assim dizer, comunicada instantaneamente a todos os grupos sérios, que dispõem de médiuns também sérios, e não a tais ou quais, com exclusão dos outros. Nenhum médium é perfeito, se está obsidiado; e há manifesta obsessão quando um médium só é apto a receber comunicações de determinado Espírito, por mais alto que este procure colocar-se. Conseguintemente, todo médium e todo grupo que considerem privilégio seu receber as comunicações que obtêm e que, por outro lado, se submetem a práticas que tendem para a superstição, indubitavelmente (sem dúvida) se acham presas de uma obsessão bem caracterizada, sobretudo quando o Espírito dominador se pavoneia (ostenta, enfeita) com um nome que todos, encarnados e desencarnados, devem honrar e respeitar e não permitir seja declinado a todo propósito.

É incontestável que, submetendo ao crivo (prova) da razão e da lógica todos os dados e todas as comunicações dos Espíritos, fácil se torna rejeitar a absurdidade e o erro, Pode um médium ser fascinado, e iludido um grupo; mas, a verificação severa a que procedam os outros grupos, a ciência adquirida, a alta autoridade moral dos diretores de grupos, as comunicações que os principais médiuns recebam, com um cunho de lógica e de autenticidade dos melhores Espíritos, justiçarão rapidamente esses ditados mentirosos e astuciosos, emanados de uma turba (multidão) de Espíritos mistificadores ou maus. - Erasto, discípulo de São Paulo. (Paris, 1862,)

(Veja-se, na "Introdução", o parágrafo II: Verificação universal do ensino dos Espíritos. - O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXIII, Da obsessão.)

4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:

5ª parte: Fluidificação da água:

6ª parte: Prece de encerramento:


sexta-feira, 12 de julho de 2024

Evangelho no lar Nº 163: Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas) , item 9 (Caracteres de verdadeiro profeta)

Auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas), item 9 (Caracteres de verdadeiro profeta)





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1ª parte: Prece de abertura:

2ª parte: Leitura da página de preparo:

Página de preparo: Cap 90 - O trabalhador Divino (Livro “Pão Nosso”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

“Ele tem a pá na sua mão; limpará a sua eira (local de terra batida, em geral usado para secar e limpar legumes e cereais) e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com o fogo que nunca se apaga.” – João Batista. (Lucas, 3:17)

 

Apóstolos e seguidores do Cristo, desde as organizações primitivas do movimento evangélico, designaram-no através de nomes diversos.

Jesus foi chamado o Mestre, o Pastor, o Messias, o Salvador, o Príncipe da Paz; todos esses títulos são justos e veneráveis (dignos, respeitáveis); entretanto, não podemos esquecer, ao lado dessas evocações sublimes (elevadas, excelentes), aquela inesperada apresentação do Batista. O Precursor designa-o por trabalhador atento que tem a pá nas mãos, que limpará o chão duro e inculto (não cultivado), que recolherá o trigo na ocasião adequada e que purificará os detritos com a chama da justiça e do amor que nunca se apaga.

Interessante notar que João não apresenta o Senhor empunhando leis, cheio de ordenações e pergaminhos (pele de cabra ou carneiro, preparada para nela se escrever. É o "papel" dos tempos antigos) , nem se refere a Ele, de acordo com as velhas tradições judaicas, que aguardavam o Divino Mensageiro num carro de glórias magnificentes. Refere-se ao trabalhador abnegado (altruísta, que não age por interesse) e otimista. A pá rústica (do campo) não descansa ao seu lado, mas permanece vigilante em suas mãos e em seu espírito reina a esperança de limpar a terra que lhe foi confiada às salvadoras diretrizes.

Todos vós que viveis empenhados nos serviços terrestres, por uma era melhor, mantende aceso no coração o devotamento à causa do Evangelho do Cristo. Não nos cerceiem (limitem, reduzam) dificuldades ou ingratidões. Desdobremos nossas atividades sob o precioso estímulo da fé, porque conosco vai à frente, abençoando-nos a humilde cooperação, aquele trabalhador divino que limpará a eira do mundo.

 3ª parte: Estudo do Evangelho:

Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas) , item 9 (Caracteres de verdadeiro profeta)

 

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Caracteres de verdadeiro profeta

9. Desconfiai dos falsos profetas. É útil em todos os tempos essa recomendação, mas, sobretudo, nos momentos de transição em que, como no atual, se elabora uma transformação da Humanidade, porque, então, uma multidão de ambiciosos e intrigantes se arvoram (assumir por vontade própria qualquer título ou missão) em reformadores e messias. É contra esses impostores que se deve estar em guarda, correndo a todo homem honesto o dever de os desmascarar. Perguntareis, sem dúvida, como reconhecê-los. Aqui tendes o que os assinala:

Somente a um hábil general, capaz de o dirigir, se confia o comando de um exército. Julgais que Deus seja menos prudente do que os homens? Ficai certos de que só confia missões importantes aos que ele sabe capazes de as cumprir, porquanto as grandes missões são fardos pesados que esmagariam o homem carente de forças para carregá-los. Em todas as coisas, o mestre há de sempre saber mais do que o discípulo; para fazer que a Humanidade avance moralmente e intelectualmente, são precisos homens superiores em inteligência e em moralidade. Por isso, para essas missões são sempre escolhidos Espíritos já adiantados, que fizeram suas provas noutras existências, visto que, se não fossem superiores ao meio em que têm da atuar, nula lhes resultaria a ação.

Isto posto, haveis de concluir que o verdadeiro missionário de Deus tem de justificar, pela sua superioridade, pelas suas virtudes, pela grandeza, pelo resultado e pela influência moralizadora de suas obras, a missão de que se diz portador. Tirai também esta outra consequência: se, pelo seu caráter, pelas suas virtudes, pela sua inteligência, ele se mostra abaixo do papel com que se apresente, ou da personagem sob cujo nome se coloca, mais não é do que um histrião (ator com desempenho exagerado, bobo, palhaço) de baixo estofo (caráter, valor pessoal), que nem sequer sabe imitar o modelo que escolheu.

Outra consideração: os verdadeiros missionários de Deus ignoram-se a si mesmos, em sua maior parte; desempenham a missão a que foram chamados pela força do gênio que possuem, secundado (auxiliado) pelo poder oculto que os inspira e dirige a seu mau grado (desejo, vontade), mas sem desígnio (propósito, objetivo) premeditado. Numa palavra: os verdadeiros profetas se revelam por seus atos, são adivinhados, ao passo que os falsos profetas se dão, eles próprios, como enviados de Deus. O primeiro é humilde e modesto; o segundo, orgulhoso e cheio de si, fala com altivez (superioridade) e, como todos os mendazes (mentirosos), parece sempre temeroso de que não lhe dêem crédito.

Alguns desses impostores têm havido, pretendendo passar por apóstolos do Cristo, outros pelo próprio Cristo, e, para vergonha da Humanidade, hão encontrado pessoas assaz (muito, bastante) crédulas que lhes crêem nas torpezas (comportamentos que demonstram baixeza, ações vergonhosas). Entretanto, uma ponderação bem simples seria bastante a abrir os olhos do mais cego, a de que se o Cristo reencarnasse na Terra, viria com todo o seu poder e todas as suas virtudes, a menos se admitisse, o que fora absurdo, que houvesse degenerado (corrompido, estragado). Ora, do mesmo modo que, se tirardes a Deus um só de seus atributos, já não tereis Deus, se tirardes uma só de suas virtudes ao Cristo, já não mais o tereis. Possuem todas as suas virtudes os que se dão como sendo o Cristo? Essa a questão. Observai-os, perscrutai-lhes (investigai-lhes, averiguai-lhes) as idéias e os atos e reconhecereis que, acima de tudo, lhes faltam as qualidades distintivas (diferenciadas) do Cristo; a humildade e a caridade, sobejando-lhes (sobrando-lhes) as que o Cristo não tinha: a cupidez (ambição) e o orgulho. Notai, ao demais, que neste momento há, em vários países, muitos pretensos Cristos, como há muitos pretensos Elias, muitos S. João ou S. Pedro e que não é absolutamente possível sejam verdadeiros todos, Tende como certo que são apenas criaturas que exploram a credulidade dos outros e acham cômodo viver à custa dos que lhes prestam ouvidos.

Desconfiai, pois, dos falsos profetas, máxime numa época de renovação, qual a presente, porque muitos impostores se dirão enviados de Deus. Eles procuram satisfazer na Terra à sua vaidade; mas uma terrível justiça os espera, podeis estar certos. - Erasto. (Paris, 1862.)

4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:

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sexta-feira, 5 de julho de 2024

Evangelho no lar Nº 162: Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas) , item 8 (Os falsos profetas)

Auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas), item 8 (Os falsos profetas)



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1ª parte: Prece de abertura:

2ª parte: Leitura da página de preparo:

Página de preparo: Cap 15 - Não entendem (Livro “Vinha de luz”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

"Querendo ser doutores da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam." - Paulo (I Timóteo, 1:7)

 

Em todos os lugares surgem multidões que abusam da palavra.

Avivam-se (estimulam, atiçam) discussões destrutivas, na esfera da ciência, da política, da filosofia, da religião. Todavia, não somente nesses setores da atividade intelectual se manifestam semelhantes desequilíbrios.

A sociedade comum, em quase todo o mundo, é campo de batalha, nesse particular, em vista da condenável influência dos que se impõem por doutores em informações descabidas (sem propósitos, impróprias). Pretensiosas autoridades nos pareceres (opiniões, palpites) gratuitos, espalham a perturbação geral, adiam realizações edificantes (construtivas, benéficas), destroem grande parte dos germens do bem, envenenam fontes de generosidade e fé e, sobretudo, alterando as correntes do progresso, convertem os santuários domésticos em trincheiras da hostilidade (provocação) cordial.

São esses envenenadores inconscientes que difundem a desarmonia, não entendendo o que afirmam.

Quem diz, porém, alguma coisa está semeando algo no solo da vida, e quem determina isto ou aquilo está consolidando a semeadura.

Muitos espíritos nobres são cultivadores das árvores da verdade, do bem e da luz; entretanto, em toda parte movimentam-se também os semeadores do escalracho (planta nociva) da ignorância, dos cardos (espinhos, planta espinhosa) da calúnia (acusações falsas), dos espinhos da maledicência (difamação, falar mal de alguém). Através deles opera-se a perturbação e o estacionamento. Abusam do verbo, mas pagam a leviandade a dobrado preço, porquanto, embora desejem ser doutores da lei e por mais intentem confundir-lhe os parágrafos e ainda que dilatem (aumentem) a própria insensatez por muito tempo, mais se aproximam dos resultados de suas ações, no círculo das quais, essa mesma lei lhes impõe as realidades da vida eterna, através da desilusão, do sofrimento e da morte.

 3ª parte: Estudo do Evangelho:

Capítulo 21 (Haverá falsos cristos e falsos profetas) , item 8 (Os falsos profetas)

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Os falsos profetas

8. Se vos disserem: "O Cristo está aqui", não vades (vá, do verbo ir); ao contrário, tende-vos em guarda, porquanto numerosos serão os falsos profetas. Não vedes que as folhas da figueira começam a branquear; não vedes os seus múltiplos rebentos (brotos, plantas em início de desenvolvimento) aguardando a época da floração; e não vos disse o Cristo: Conhece-se a árvore pelo fruto? Se, pois, são amargos os frutos, já sabeis que má é a árvore; se, porém, são doces e saudáveis, direis: "Nada que seja puro pode provir (originar-se) de fonte má."

É assim, meus irmãos, que deveis julgar; são as obras que deveis examinar. Se os que se dizem investidos de poder divino revelam sinais de uma missão de natureza elevada, isto é, se possuem no mais alto grau as virtudes cristãs e eternas: a caridade, o amor, a indulgência (perdão, bondade), a bondade que concilia (une) os corações; se, em apoio das palavras, apresentam os atos, podereis então dizer: Estes são realmente enviados de Deus.

Desconfiai, porém, das palavras melífluas (doces, suaves), desconfiai dos escribas (doutores da lei, nos tempos de Jesus, que agiam diferente do que pregavam) e dos fariseus (fingidos, hipócritas) que oram nas praças públicas, vestidos de longas túnicas. Desconfiai dos que pretendem ter o monopólio (poder) da verdade!

Não, não, o Cristo não está entre esses, porquanto os que ele envia para propagar a sua santa doutrina e regenerar o seu povo serão, acima de tudo, seguindo-lhe o exemplo, brandos e humildes de coração; os que hajam, com os exemplos e conselhos que prodigalizem (se difundam generosamente), de salvar a humanidade, que corre para a perdição e pervaga (percorre em vários sentidos) por caminhos tortuosos, serão essencialmente modestos e humildes. De tudo o que revele um átomo de orgulho, fugi, como de uma lepra contagiosa, que corrompe tudo em que toca. Lembrai-vos de que cada criatura traz na fronte, mas principalmente nos atos, o cunho (caráter) da sua grandeza ou da sua inferioridade.

Ide, portanto, meus filhos bem-amados, caminhai sem tergiversações (desculpas esfarrapadas, pretextos), sem pensamentos ocultos, na rota bendita que tomastes. Ide, ide sempre, sem temor; afastai, cuidadosamente, tudo o que vos possa entravar (frear) a marcha para o objetivo eterno. Viajores, só por pouco tempo mais estareis nas trevas e nas dores da provação, se abrirdes o vosso coração a essa suave doutrina que vos vem revelar as leis eternas e satisfazer a todas as aspirações de vossa alma acerca do desconhecido. Já podeis dar corpo a esses silfos (Gênios do ar, na mitologia céltica da idade média) ligeiros que vedes passar nos vossos sonhos e que, efêmeros, apenas vos encantavam o espírito, sem coisa alguma dizerem ao vosso coração. Agora, meus amados, a morte desapareceu, dando lugar ao anjo radioso (brilhante) que conheceis, o anjo do novo encontro e da reunião! Agora, vós que bem desempenhado haveis a tarefa que o Criador confia às suas criaturas, nada mais tendes de temer da sua justiça, pois ele é pai e perdoa sempre aos filhos transviados (que se desviaram do caminho) que clamam por misericórdia. Continuai, portanto, avançai incessantemente. Seja vossa divisa a do progresso, do progresso contínuo em todas as coisas, até que, finalmente, chegueis ao termo (final) feliz da jornada, onde vos esperam todos os que vos precederam. - Luís. (Bordéus, 1861.)

4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:

5ª parte: Fluidificação da água:

6ª parte: Prece de encerramento: