sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Evangelho no lar Nº 187: Capítulo 27 (Pedi e obtereis), itens 9 ao 12 (Ação da prece. - Transmissão do pensamento)

Auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 27 (Pedi e obtereis), itens 9 ao 12 (Ação da prece. - Transmissão do pensamento)


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1ª parte: Prece de abertura:

2ª parte: Leitura da página de preparo:

Página de preparo: Cap 21 - Oração e renovação (Livro “Vinha de luz”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

"Holocaustos (sacrifícios onde há castigo, penitências) e oblações (oferendas) pelo pecado não te agradaram." - Paulo (Hebreus, 10:6).

É certo que todo trabalho sincero de adoração espiritual nos levanta a alma, elevando-nos os sentimentos.

A súplica (pedido, ato de implorar), no remorso, traz-nos a bênção das lágrimas consoladoras. A rogativa (pedido) na aflição dá-nos a conhecer a deficiência própria, ajudando-nos a descobrir o valor da humildade. A solicitação na dor revela-nos a fonte sagrada da Inesgotável Misericórdia.

A oração refrigera, alivia, exalta, esclarece, eleva, mas, sobretudo, afeiçoa (aperfeiçoa) o coração ao serviço divino. Não olvidemos (esqueçamos), porém, de que os atos íntimos e profundos da fé são necessários e úteis a nós próprios.

Na essência, não é o Senhor quem necessita de nossas manifestações votivas (de voto, de oferta, de oferenda), mas somos nós mesmos que devemos aproveitar a sublime possibilidade da repetição, aprendendo com a sabedoria da vida.

Jesus espera por nossa renovação espiritual, acima de tudo.

Se erraste, é preciso procurar a porta da retificação (correção).

Se ofendeste a alguém, corrige-te na devida reconciliação.

Se te desviaste da senda (caminho) reta, volta ao caminho direito.

Se te perturbaste, harmoniza-te de novo.

Se abrigaste a revolta, recupera a disciplina de ti mesmo.

Em qualquer posição de desequilíbrio, lembra-te de que a prece pode trazer-te sugestões divinas, ampliar-te a visão espiritual e proporcionar-te consolações abundantes; todavia, para o Senhor não bastam as posições convencionais ou verbalistas (de simples palavras).

O Mestre confere-nos a Dádiva (o presente, a oportunidade) e pede-nos a iniciativa.

Nos teus dias de luta, portanto, faze os votos e promessas que forem de teu agrado e proveito, mas não te esqueças da ação e da renovação aproveitáveis na obra divina do mundo e sumamente (extremamente, em alto grau) agradáveis aos olhos do Senhor.

3ª parte: Estudo do Evangelho:

Capítulo 27 (Pedi e obtereis), itens 9 ao 12 (Ação da prece. - Transmissão do pensamento)

Ação da prece. - Transmissão do pensamento

9. A prece é uma invocação (chamamento), mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo (faz) recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede (acontece) sem a vontade de Deus.

10. O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda (socorra, auxilie) ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.

A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.

Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.

11. Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem (vem socorrer) a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs (sadias, saudáveis). Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver (retornar) ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em consequência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo (fim) de seus dias, uma vida de sofrimento: Terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.

12. Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações (aflições, aborrecimentos) de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria (falta de cuidado, negligência) ou por seus excessos (cap. V, nº 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede (é muito maior) de muito à primeira. Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse (agisse) com sabedoria e prudência.

Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infrações às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos (felizes). Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes (contratempos) que as doenças acarretam. Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear (temer) a queda; se fôssemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido; se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maldizentes (pessoas que falam mal dos outros, que fazem fofocas ou reclamam), nem invejosos, nem ciosos (ciumentos), e evitaríamos as disputas e dissensões (divergências); se mal a ninguém fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças, etc.

Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros males; que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira de proceder? Ora, aqui, facilmente se concebe a ação da prece, visto ter por efeito atrair a salutar (benéfica) inspiração dos Espíritos bons, granjear (conquistar, atrair) deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta (que traz desgraça. sinistra). Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam (impedem) ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio. Agem, contudo, à nossa revelia (modo), de maneira imperceptível, para nos não subjugar (obrigar, forçar) a vontade. O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não. Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal. É isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com fervor, sendo, pois, a isso que se podem sobretudo aplicar estas palavras: "Pedi e obtereis."

Mesmo com sua eficácia reduzida a essas proporções, já não traria a prece resultados imensos? Ao Espiritismo fora reservado provar-nos a sua ação, com o nos revelar as relações existentes entre o mundo corpóreo e o mundo espiritual. Os efeitos da prece, porém, não se limitam aos que vimos de apontar.

Recomendam-na todos os Espíritos. Renunciar alguém à prece é negar a bondade de Deus; é recusar, para si, a sua assistência e, para com os outros, abrir mão do bem que lhes pode fazer.

4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:

5ª parte: Fluidificação da água:

6ª parte: Prece de encerramento:

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Evangelho no lar Nº 186: Capítulo 27 (Pedi e obtereis), itens 5 ao 8 (Eficácia da prece)

Auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 27 (Pedi e obtereis), itens 5 ao 8 (Eficácia da prece)

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1ª parte: Prece de abertura:

2ª parte: Leitura da página de preparo:

Página de preparo: Cap 66 - Como pedes? (Livro “Caminho, verdade e vida”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

“Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo (desejo) se cumpra.” - Jesus (João, 16:24).

Em muitos recantos, encontramos criaturas desencantadas da oração.

Não prometeu Jesus a resposta do Céu aos que pedissem no seu nome? Muitos corações permanecem desalentados (desanimado, sem forças para agir) porque a morte lhes roubou um ente amigo, porque desastres imprevistos lhes surgiram na estrada comum.

Entretanto, repitamos, o Mestre Divino ensinou que o homem deveria solicitar em Seu nome.

Por isso mesmo, a alma crente, convicta da própria fragilidade, deveria interrogar (perguntar) à consciência sobre o conteúdo de suas rogativas (pedidos, preces) ao Supremo Senhor, no mecanismo das manifestações espirituais.

Estará suplicando em nome do Cristo ou das vaidades do mundo? Reclamar, em virtude dos caprichos que obscurecem (atrapalham) os caminhos do coração, é atirar ao Divino Sol a poeira das inquietações terrenas; mas pedir, em nome de Jesus, é aceitar-lhe a vontade sábia e amorosa, é entregar-se-lhe de coração para que nos seja concedido o necessário.

Somente nesse ato de compreensão perfeita do seu amor sublime encontraremos o gozo completo, a infinita alegria.

Observa a substância de tuas preces. Como pedes? Em nome do mundo ou em nome do Cristo? Os que se revelam desanimados com a oração confessam (demonstram) a infantilidade de suas rogativas.

3ª parte: Estudo do Evangelho:

Capítulo 27 (Pedi e obtereis), itens 5 ao 8 (Eficácia (eficiência) da prece)

Eficácia da prece

5. Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes. (S. MARCOS, cap. XI, v. 24.)

6. Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna expor-lhas. E acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os decretos de Deus.

Sem dúvida alguma, há leis naturais e imutáveis que não podem ser abrogadas (eliminadas, anuladas) ao capricho de cada um; mas, daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância. Se assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a cabeça ao jugo (submissão, conformidade) dos acontecimentos, sem cogitar de evitá-los; não devera ter procurado desviar o raio. Deus não lhe outorgou (concedeu, permitiu, aprovou) a razão e a inteligência, para que ele as deixasse sem serventia; a vontade, para não querer; a atividade, para ficar inativo. Sendo livre o homem de agir num sentido ou noutro, seus atos lhe acarretam, e aos demais, consequências subordinadas ao que ele faz ou não. Há, pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do ponteiro de um relógio não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o mecanismo. Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre essa anuência (aprovação, permissão) à sua vontade.

7. Desta máxima: "Concedido vos será o que quer que pedirdes pela prece", fora ilógico (sem sentido) deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede (atende, concede) a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem. É como procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. Em geral, o homem apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.

O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem, a paciência, a resignação. Também lhe concederá os meios de se tirar por si mesmo das dificuldades, mediante idéias que fará lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação. Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: "Ajuda-te, que o Céu te ajudará"; não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possui. Entretanto, as mais das vezes, o que o homem quer é ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço. (Cap. XXV, nº 1 e seguintes.)

8. Tomemos um exemplo. Um homem se acha perdido no deserto. A sede o martiriza horrivelmente. Desfalecido, cai por terra. Pede a Deus que o assista, e espera. Nenhum anjo lhe virá dar de beber. Contudo, um bom Espírito lhe sugere a idéia de levantar-se e tomar um dos caminhos que tem diante de si Por um movimento maquinal, reunindo todas as forças que lhe restam, ele se ergue, caminha e descobre ao longe um regato (pequeno rio, riacho). Ao divisá-lo, ganha coragem. Se tem fé, exclamará: "Obrigado, meu Deus, pela idéia que me inspiraste e pela força que me deste." Se lhe falta a fé, exclamará: "Que boa idéia tive! Que sorte a minha de tomar o caminho da direita, em vez do da esquerda; o acaso, às vezes, nos serve admiravelmente! Quanto me felicito pela minha coragem e por não me ter deixado abater!"

Mas, dirão, por que o bom Espírito não lhe disse claramente: "Segue este caminho, que encontrarás o de que necessitas"? Por que não se lhe mostrou para o guiar e sustentar no seu desfalecimento? Dessa maneira tê-lo-ia convencido da intervenção da Providência. Primeiramente, para lhe ensinar que cada um deve ajudar-se a si mesmo e fazer uso das suas forças. Depois, pela incerteza, Deus põe a prova a confiança que nele deposita a criatura e a submissão desta à sua vontade. Aquele homem estava na situação de uma criança que cai e que, dando com alguém, se põe a gritar e fica à espera de que a venham levantar; se não vê pessoa alguma, faz esforços e se ergue sozinha.

Se o anjo que acompanhou a Tobias lhe houvera dito: "Sou enviado por Deus para te guiar na tua viagem e te preservar de todo perigo", nenhum mérito teria tido Tobias. Fiando-se no seu companheiro, nem sequer de pensar teria precisado. Essa a razão por que o anjo só se deu a conhecer ao regressarem.

4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:

5ª parte: Fluidificação da água:

6ª parte: Prece de encerramento:

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Evangelho no lar Nº 185: Capítulo 27 (Pedi e obtereis), itens 1 ao 4 (Qualidades da prece)

Auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 27 (Pedi e obtereis), itens 1 ao 4 (Qualidades da prece)


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1ª parte: Prece de abertura:

2ª parte: Leitura da página de preparo:

Página de preparo: Cap 135 - Desculpa sempre (Livro “Fonte Viva”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

"Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoará." - Jesus (Mateus, 6:14).

Por mais graves te pareçam as faltas do próximo, não te detenhas na reprovação.

Condenar é cristalizar (transparecer) as trevas, opondo barreiras ao serviço da luz.

Procura nas vítimas da maldade algum bem com que possas soerguê-las (levantá-las) , assim como a vida opera o milagre do reverdecimento (renascimento das folhas, em geral, na primavera) nas árvores aparentemente mortas.

Antes de tudo, lembra quão difícil é julgar as decisões de criaturas em experiências que divergem (diferentes, contrárias) da nossa!

Como refletir, apropriando-nos da consciência alheia, e como sentir a realidade, usando um coração que não nos pertence?

Se o mundo, hoje, grita alarmado, em derredor de teus passos, faze silêncio e espera...

A observação justa é impraticável quando a neblina nos cerca.

Amanhã, quando o equilíbrio for restaurado (recuperado), conseguirás suficiente clareza para que a sombra te não altere o entendimento.

Além .disso, nos problemas de crítica, não te suponhas isento (livre) dela.

Através da nociva (que faz mal) complacência para contigo mesmo, não percebes quantas vezes te mostras menos simpático aos semelhantes!

Se há quem nos ame as qualidades louváveis (admiráveis), há quem nos destaque as cicatrizes e os defeitos.

Se há quem ajude; exaltando-nos o porvir (que está para chegar) luminoso, há quem nos perturbe, constrangendo-nos à revisão do passado escuro.

Usa, pois, a bondade, e desculpa incessantemente (sempre, sem parar).

Ensina-nos a Boa Nova que o Amor cobre a multidão dos pecados.

Quem perdoa, esquecendo o mal e avivando (tornando vivo, fortalecendo) o bem, recebe do Pai Celestial, na simpatia e na cooperação do próximo, o alvará (documento de autorização) da libertação de si mesmo habilitando-se a sublimes renovações.

3ª parte: Estudo do Evangelho:

Capítulo 27 (Pedi e obtereis), itens 1 ao 4 (Qualidades da prece)

Qualidades da prece

1. Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas (pessoas que fingem sentir o que não sentem), que, afetadamente, oram de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. - Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. - Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa.

Não cuideis de pedir muito nas vossas preces, como fazem os pagãos (adeptos do politeísmo, ou seja, a crença em vários deuses), os quais imaginam que pela multiplicidade (grande quantidade) das palavras é que serão atendidos. Não vos torneis semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que é que tendes necessidade, antes que lho peçais. (S. MATEUS, cap. VI, vv., 5 a 8.)

2. Quando vos aprestardes (preparar-se) para orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos perdoe os vossos pecados. - Se não perdoardes, vosso Pai, que está nos céus, também não vos perdoará os pecados. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 25 e 26.)

3. Também disse esta parábola (comparações feitas através de estórias curtinhas, em geral do nosso dia a dia) a alguns que punham a sua confiança em si mesmos, como sendo justos, e desprezavam os outros:

Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu, publicano o outro. -O fariseu, conservando-se de pé, orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, rendo-vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo como esse publicano. Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo.

O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava, sequer, erguer os olhos ao céu; mas, batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador.

Declaro-vos que este voltou para a sua casa, justificado, e o outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se humilha será elevado. (S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 9 a 14.)

Fariseus: Membro de um grupo de judeus que obedecia a leis religiosas rígidas. Os fariseus viveram na Judéia, Palestina, no tempo de Jesus. Não mantinham relações com os não-crentes ou com os judeus estranhos ao seu próprio grupo. Os fariseus consideravam-se mais justos e santos do que os outros em geral.

Publicanos: Cobradores de impostos. O nome de publicanos foi estendido mais tarde a todos os que lidavam com o dinheiro público e aos seus agentes subalternos. Hoje, a palavra é tomada em sentido pejorativo, para designar os negocistas e seus agentes pouco escrupulosos; às vezes dizemos: ‘ávido como um publicano’; rico como um publicano’’, referindo-nos a fortunas da má procedência.

4. Jesus definiu claramente as qualidades da prece. Quando orardes, diz ele, não vos ponhais em evidência; antes, orai em secreto. Não afeteis orar muito, pois não é pela multiplicidade das palavras que sereis escutados, mas pela sinceridade delas. Antes de orardes, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, visto que a prece não pode ser agradável a Deus, se não parte de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade. Orai, enfim, com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau. (Cap. X, nº 7 e nº 8.)

4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:

5ª parte: Fluidificação da água:

6ª parte: Prece de encerramento:

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Evangelho no lar Nº 184: Capítulo 26 (Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes), itens 7 ao 10 (Mediunidade gratuita)

Auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 26 (Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes), itens 7 ao 10 (Mediunidade gratuita)




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1ª parte: Prece de abertura:

2ª parte: Leitura da página de preparo:

Página de preparo: Cap 69 - No serviço cristão (Livro “Vinha de luz”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

"Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho." - (I Pedro, 5:3). 

Aos companheiros de Espiritismo cristão cabem tarefas de enormes proporções, junto das almas.

Preocupam-nos profundos problemas da fé, transcendentes (que ultrapassam os limites considerados normais) questões da dor.

Porque dão de graça o que por graça recebem, contam com a animosidade (má vontade, ressentimento) dos que vendem os dons divinos; porque procuram a sabedoria espiritual, recebem a gratuita aversão dos que se cristalizam na pequena ciência; porque se preparam em face da vida eterna, desligando-se do egoísmo destruidor, são categorizados como loucos, pelos que se satisfazem na fantasia transitória.

Quanto maior, porém, a incompreensão do mundo, mais se deverá intensificar naqueles as noções da responsabilidade.

Não falamos aqui dos estudiosos, dos investigadores ou dos observadores simplesmente. Referimo-nos aos que já entenderam a grandeza do auxílio fraternal e a ele se entregaram, de coração voltado para o Cristo. Encontram-se nos círculos de uma experiência nobre demais para ser comentada, mas a responsabilidade que lhes compete é igualmente muito grande para ser definida.

A ti, pois, meu irmão, que guardas contigo os interesses de muitas almas, repito as palavras do grande apóstolo, para que jamais te envaideças (fique vaidoso), nem procedas "como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho"

3ª parte: Estudo do Evangelho:

Capítulo 26 (Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes), itens 7 ao 10 (Mediunidade gratuita)

Mediunidade gratuita

7. Os médiuns atuais - pois que também os apóstolos tinham mediunidade -igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas concepções (opiniões, pontos de vista), nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais. Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado e possa dizer: não tenho fé, porque não a pude pagar; não tive o consolo de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição dos que pranteio (choro, lamento, lastimo), porque sou pobre. Tal a razão por que a mediunidade não constitui privilégio e se encontra por toda parte. Fazê-la paga seria, pois, desviá-la do seu providencial objetivo.

8. Quem conhece as condições em que os bons Espíritos se comunicam, a repulsão que sentem por tudo o que é de interesse egoístico, e sabe quão pouca coisa se faz mister (fundamental) para que eles se afastem, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores estejam à disposição do primeiro que apareça e os convoque a tanto (por uma quantia em dinheiro) por sessão. O simples bom senso repele semelhante idéia. Não seria também uma profanação evocarmos, por dinheiro, os seres que respeitamos, ou que nos são caros? É fora de dúvida que se podem assim obter manifestações; mas, quem lhes poderia garantir a sinceridade? Os Espíritos levianos (irresponsáveis, insensatos), mentirosos, brincalhões e toda a caterva (grupo que se comporta de forma desordeira) dos Espíritos inferiores, nada escrupulosos (cuidadosos), sempre acorrem (aparecem, vem rapidamente), prontos a responder ao que se lhes pergunte, sem se preocuparem com a verdade. Quem, pois, deseje comunicações sérias deve, antes de tudo, pedi-las seriamente e, em seguida, inteirar-se da natureza das simpatias do médium com os seres do mundo espiritual. Ora, a primeira condição para se granjear (conquistar) a benevolência dos bons Espíritos é a humildade, o devotamento, a abnegação (renúncia de forma altruísta), o mais absoluto desinteresse moral e material.

9. A par da questão moral, apresenta-se uma consideração efetiva não menos importante, que entende com a natureza mesma da faculdade. A mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores (leitores, pessoas que fazem leitura) da boa-sorte, como também porque um obstáculo a isso se opõe. É que se trata de uma faculdade essencialmente móvel, fugidia (que pode fugir) e mutável (que pode mudar), com cuja perenidade (eternidade, continuidade), pois, ninguém pode contar. Constituiria, portanto, para o explorador, uma fonte absolutamente incerta de receitas, de natureza a poder faltar-lhe no momento exato em que mais necessária lhe fosse. Coisa diversa é o talento adquirido pelo estudo, pelo trabalho e que, por essa razão mesma, representa uma propriedade da qual naturalmente lícito (permitido) é, ao seu possuidor, tirar partido. A mediunidade, porém, não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade. Pode subsistir a aptidão, mas o seu exercício se anula. Daí vem não haver no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante. Explorar alguém a mediunidade é, conseguintemente, dispor de uma coisa da qual não é realmente dono. Afirmar o contrário é enganar a quem paga. Há mais: não é de si próprio que o explorador dispõe; é do concurso dos Espíritos, das almas dos mortos, que ele põe a preço de moeda. Essa idéia causa instintiva repugnância (aversão, rejeição). Foi esse tráfico, degenerado (corrompido, estragado) em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, pela credulidade e pela superstição que motivou a proibição de Moisés. O moderno Espiritismo, compreendendo o lado sério da questão, pelo descrédito a que lançou essa exploração, elevou a mediunidade à categoria de missão. (Veja-se: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVIII. - O Céu e o Inferno, 1ª Parte, cap. XI.)

10. A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço? O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam.

Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam.

4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:

5ª parte: Fluidificação da água:

6ª parte: Prece de encerramento:


sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Evangelho no lar Nº 183: Capítulo 26 (Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes), itens 5 e 6 (Mercadores expulsos do templo)

Auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 26 (Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes), itens 5 e 6 (Mercadores expulsos do templo)

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1ª parte: Prece de abertura:

2ª parte: Leitura da página de preparo:

Página de preparo: Cap 47 - O povo e o Evangelho (Livro “Vinha de luz”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

"E não achavam meio de lhe fazerem mal, porque todo o povo pendia (dava preferência) para Ele, escutando-o." - (Lucas, 19:48).

A perseguição aos postulados (princípios, lições) do Cristianismo é de todos os tempos.

Nos próprios dias do Mestre Divino, nos círculos carnais, já se exteriorizavam hostilidades de todos os matizes (diferentes formas) contra os movimentos da iluminação cristã.

Em todas as ocasiões, no entanto, tem sido possível observar a gravitação (aproximação) do povo para Jesus. Entre Ele e a multidão, nunca se extinguiu (deixou de existir) o poderoso magnetismo da virtude e do amor.

Debalde (inutilmente) surgem medidas draconianas (rigorosas, extremamente severas) da ignorância e da crueldade, em vão aparecem os prejuízos eclesiásticos (que diz respeito a igreja ou seus sacerdotes) do sacerdócio, quando sem luz na missão sublime de orientar; cientistas presunçosos (que se julgam superiores ou melhores que os demais), demagogos (quem se comporta de maneira interesseira e ambiciosa)  subornados por interesses mesquinhos, clamam (rogam, pedem insistentemente) nas praças pela consagração de fantasias brilhantes.

O povo, porém, inclina-se para o Cristo, com a mesma fascinação do primeiro dia.

Indiscutivelmente, considerados num todo, achamo-nos ainda longe da união com Jesus, em sentido integral.

De quando em quando, a turba (multidão, povo) experimenta pavorosos desastres. Tormentas de sangue e lágrimas varrem-lhe os caminhos.

A claridade do Mestre, contudo, acena-lhe a distância. Velhos e crianças identificam-lhe o brilho santificado.

Os políticos do mundo formulam mil promessas ao espírito das massas; raras pessoas, entretanto, se interessam por semelhantes plataformas.

Os enunciados do Senhor, todavia, em cada século se renovam, sempre mais altos para a mente popular, traduzindo consolações e apelos imortais.

3ª parte: Estudo do Evangelho:

Capítulo 26 (Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes), itens 5 e 6 (Mercadores expulsos do templo)

Mercadores expulsos do templo

5. Eles vieram em seguida a Jerusalém, e Jesus, entrando no templo, começou por expulsar dali os que vendiam e compravam; derribou (derrubou) as mesas dos cambistas e os bancos dos que vendiam pombos: - e não permitiu que alguém transportasse qualquer utensílio pelo templo. - Ao mesmo tempo os instruía, dizendo: Não está escrito: Minha casa será chamada casa de oração por todas as nações? Entretanto, fizestes dela um covil (refúgio de ladrões) de ladrões! - Os príncipes dos sacerdotes, ouvindo isso, procuravam meio de o perderem, pois o temiam, visto que todo o povo era tomado de admiração pela sua doutrina. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 15 a 18; - S. MATEUS, cap. XXI, vv. 12 e 13.)

6. Jesus expulsou do templo os mercadores. Condenou assim o tráfico das coisas santas sob qualquer forma. Deus não vende a sua bênção, nem o seu perdão, nem a entrada no reino dos céus. Não tem, pois, o homem, o direito de lhes estipular preço.

4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:

5ª parte: Fluidificação da água:

6ª parte: Prece de encerramento:

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Evangelho no lar Nº 182: Capítulo 26 (Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes), itens 1 ao 4 (Dom de curar - Preces pagas)

Auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 26 (Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes), itens 1 ao 4 (Dom de curar - Preces pagas)




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1ª parte: Prece de abertura:

2ª parte: Leitura da página de preparo:

Página de preparo: Cap 28 - Escritores (Livro “Caminho verdade e vida”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

“Guardai-vos dos escribas que gostam de andar com vestes compridas.” - Jesus. (Marcos, 12:38)

Escribas: Nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos doutores que ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam para o povo. 

As letras do mundo sempre estiveram cheias de “escribas que gostam de andar com vestes compridas”.

Jesus referia-se não só aos intelectuais ambiciosos, mas também aos escritores excêntricos (que agem de modo estranho ou incomum, fora dos padrões considerados normais) que, a pretexto de novidade, envenenam os espíritos com as suas concepções (modo de entender algo) doentias, oriundas da excessiva preocupação de originalidade.

É preciso fugir aos que matam a vida simples.

O tóxico intelectual costuma arruinar numerosas existências.

Há livros cuja função útil é a de manter aceso o archote (tocha, luz, chama) da vigilância nas almas de caráter solidificado nos ideais mais nobres da vida. Ainda agora, quando atravessamos tempos perturbados e difíceis para o homem, o mercado de idéias apresenta-se repleto de artigos deteriorados (desgastados, danificados, estragados), pedindo a intervenção dos postos de “higiene espiritual”.

Podereis alimentar o corpo com substâncias apodrecidas?

Vossa alma, igualmente, não poderá nutrir-se de ideais inferiores, na base da irreligião (falta de religião, ateísmo), do desrespeito, da desordem, da indisciplina.

Observai os modelos de decadência intelectual e refleti com sinceridade na paz que desejais intimamente, Isso constituirá um auxílio forte, em favor da extinção dos desvios da inteligência. 

3ª parte: Estudo do Evangelho:

Capítulo 26 (Dai gratuitamente o que gratuitamente recebestes) , itens 1 ao 4 (Dom de curar - Preces pagas)

Dom de curar

1. Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido. (S. MATEUS, cap. X, v. 8.)

2. "Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido", diz Jesus a seus discípulos. Com essa recomendação, prescreve (determina) que ninguém se faça pagar daquilo por que nada pagou. Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente era a faculdade (capacidade) de curar os doentes e de expulsar os demônios, isto é, os maus Espíritos. Esse dom Deus lhes dera gratuitamente, para alívio dos que sofrem e como meio de propagação da fé; Jesus, pois, recomendava-lhes que não fizessem dele objeto de comércio, nem de especulação (exploração), nem meio de vida.

Preces pagas

3. Disse em seguida a seus discípulos, diante de todo o povo que o escutava: -Precatai-vos (tenha precaução, previna-se) dos escribas que se exibem a passear com longas túnicas, que gostam de ser saudados nas praças públicas e de ocupar os primeiros assentos (cadeiras, lugares) nas sinagogas (templo dos israelitas, assembléia na religião dos judeus) e os primeiros lugares nos festins - que, a pretexto de extensas preces, devoram as casas das viúvas. Essas pessoas receberão condenação mais rigorosa. (S. LUCAS, cap. XX, vv. 45 a 47; S. MARCOS, cap. XII, vv. 38 a 40; S. MATEUS, cap. XXIII, v. 14.)

4. Disse também Jesus: não façais que vos paguem as vossas preces; não façais como os escribas que, "a pretexto de longas preces, devoram as casas das viúvas", isto é, abocanham as fortunas. A prece é ato de caridade, é um arroubo (êxtase, encanto) do coração. Cobrar alguém que se dirija a Deus por outrem é transformar-se em intermediário assalariado. A prece, então, fica sendo uma fórmula, cujo comprimento se proporciona à soma que custe. Ora, uma de duas: Deus ou mede ou não mede as suas graças pelo número das palavras. Se estas forem necessárias em grande número, por que dizê-las poucas, ou quase nenhumas, por aquele que não pode pagar? É falta de caridade. Se uma só basta, é inútil dizê-las em excesso. Por que então cobrá-las? É prevaricação (corromper-se, agir de má-fé).

Deus não vende os benefícios que concede. Como, pois, um que não é, sequer, o distribuidor deles, que não pode garantir a sua obtenção, cobraria um pedido que talvez nenhum resultado produza? Não é possível que Deus subordine um ato de demência, de bondade ou de justiça, que da sua misericórdia se solicite, a uma soma em dinheiro. Do contrário, se a soma não fosse paga, ou fosse insuficiente, a justiça, a bondade e a demência de Deus ficariam em suspenso. A razão, o bom senso e a lógica dizem ser impossível que Deus, a perfeição absoluta, delegue (confie, escolha) a criaturas imperfeitas o direito de estabelecer preço para a sua justiça. A justiça de Deus é como o Sol: existe para todos, para o pobre como para o rico. Pois que se considera imoral traficar com as graças de um soberano da Terra, poder-se-á ter por lícito (legal, permitido) o comércio com as do soberano do Universo?

Ainda outro inconveniente apresentam as preces pagas: é que aquele que as compra se julga, as mais das vezes, dispensado de orar ele próprio, porquanto se considera quite, desde que deu o seu dinheiro. Sabe-se que os Espíritos se sentem tocados pelo fervor de quem por eles se interessa. Qual pode ser o fervor daquele que comete a terceiro o encargo de por ele orar, mediante paga? Qual o fervor desse terceiro, quando delega o seu mandato a outro, este a outro e assim por diante? Não será isso reduzir a eficácia da prece ao valor de uma moeda em curso?

4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos ou inimigos, encarnados ou desencarnados:

5ª parte: Fluidificação da água:

6ª parte: Prece de encerramento: