Nova temporada do auxílio ao Evangelho no
lar, com estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 18 (Muitos os chamados,
poucos os escolhidos), itens 1 e 2 (Parábola do festim de bodas)
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Nos textos do Evangelho e da página de preparo, colocamos o significado das palavras mais difíceis na cor vermelha, ao lado das mesmas.
Parábola
do festim de bodas
Mas não basta a ninguém ser
convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa para tomar parte no
banquete celestial. É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar
revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo
o espírito. Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da caridade não
há salvação. Entre todos, porém, que ouvem a palavra divina, quão poucos
são os que a guardam e a aplicam proveitosamente! Quão poucos se tornam dignos
de entrar no reino dos céus! Eis por que disse Jesus: Chamados haverá
muitos; poucos, no entanto, serão os escolhidos.
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1ª parte: Prece de
abertura:
2ª parte: Leitura da
página de preparo:
Página de preparo: Cap 39 – Fé inoperante
(Livro “Fonte viva”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
“Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si
mesma.” - (Tiago, 2:17)
A fé
inoperante é problema credor da melhor atenção, em todos os tempos, a fim de
que os discípulos do Evangelho compreendam, com clareza, que o ideal mais
nobre, sem trabalho que o materialize, a benefício de todos, será sempre uma
soberba paisagem improdutiva.
Que
diremos de um motor precioso do qual ninguém se utiliza? De uma fonte que não
se movimente para fertilizar o campo? De uma luz que não se irradie?
Confiaremos
com segurança em determinada semente, todavia, se não a plantamos, em que
redundará (resultará) nossa expectativa, senão
em simples inutilidade? Sustentaremos absoluta esperança nas obras que a tora
de madeira nos fornecerá, mas se não nos dispomos a usar o serrote e a plaina,
certo a matéria-prima repousará, indefinidamente, a caminho da desintegração.
A crença
religiosa é o meio.
O
apostolado é o fim.
A celeste
confiança ilumina a inteligência para que a ação benéfica se estenda,
improvisando, por toda parte, bênçãos de paz e alegria, engrandecimento e
sublimação (purificação, aperfeiçoamento).
Quem puder
receber uma gota de revelação espiritual, no imo (íntimo)
do ser, demonstrando o amadurecimento preciso para a vida superior, procure, de
imediato, o posto de serviço que lhe compete, em favor do progresso comum.
A fé, na
essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno
crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino
Divino, onde a alma do crente passa a viver.
Guardar,
pois, o êxtase religioso no coração sem qualquer atividade nas obras de
desenvolvimento da sabedoria e do amor, consubstanciados (focados) no serviço da caridade e da educação, será
conservar na terra viva do sentimento um ídolo morto, sepultado entre as flores
inúteis das promessas brilhantes.
3ª parte: Estudo do Evangelho:
Capítulo 18 (Muitos os chamados, poucos os
escolhidos), itens 1 e 2 (Parábola do festim de bodas)
Parábola
do festim de bodas
1. Falando
ainda por parábolas, disse-lhes Jesus: O reino dos céus se assemelha a um rei
que, querendo festejar as bodas de seu filho, - despachou seus servos a chamar
para as bodas os que tinham sido convidados; estes, porém, recusaram ir. - O
rei despachou outros servos com ordem de dizer da sua parte aos convidados:
Preparei o meu jantar; mandei matar os meus bois e todos os meus cevados (prontos para o abate); tudo está pronto; vinde às
bodas. - Eles, porém, sem se incomodarem com isso, lá se foram, um para a sua
casa de campo, outro para o seu negócio. - Os outros pegaram dos servos e os
mataram, depois de lhes haverem feito muitos ultrajes (ofensas).
- Sabendo disso, o rei se tomou de cólera (dor,
tristeza) e, mandando contra eles seus exércitos, exterminou os
assassinos e lhes queimou a cidade.
Então,
disse a seus servos: O festim das bodas está inteiramente preparado; mas, os
que para ele foram chamados não eram dignos dele. Ide, pois, às encruzilhadas e
chamai para as bodas todos quantos encontrardes. - Os servos então saíram pelas
ruas e trouxeram todos os que iam encontrando, bons e maus; a sala das bodas se
encheu de pessoas que se puseram à mesa.
Entrou,
em seguida, o rei para ver os que estavam à mesa, e, dando com um homem que não
vestia a túnica nupcial, - disse-lhe: Meu amigo, como entraste aqui sem a
túnica nupcial? O homem guardou silêncio. - Então, disse o rei à sua gente:
Atai-lhe as mãos e os pés e lançai-o nas trevas exteriores: Aí é que haverá
prantos e ranger de dentes; - porquanto, muitos há chamados, mas poucos
escolhidos. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 1 a 14.)
2.
O incrédulo sorri a esta parábola, que lhe parece de pueril ingenuidade, por
não compreender que se possa opor tanta dificuldade para assistir a um festim
e, ainda menos, que convidados levem a resistência a ponto de massacrarem os
enviados do dono da casa. "As parábolas", diz ele, o incrédulo,
"são, sem dúvida, imagens; mas, ainda assim, mister (fundamental) se torna que não ultrapassem os limites
do verossímil (que se possa acreditar, confiável)".
Outro
tanto pode ser dito de todas as alegorias, das mais engenhosas fábulas, se não
lhes forem tirados os respectivos envoltórios, para ser achado o sentido
oculto. Jesus compunha as suas com os hábitos mais vulgares (comuns) da vida e as adaptava aos costumes e ao
caráter do povo a quem falava. A maioria delas tinha por objeto fazer penetrar
nas massas populares a idéia da vida espiritual, parecendo muitas
ininteligíveis (sem sentido, incompreensíveis),
quanto ao sentido, apenas por não se colocarem neste ponto de vista os que as
interpretam.
Na
de que tratamos, Jesus compara o reino dos Céus, onde tudo e alegria e ventura,
a um festim. Falando dos primeiros convidados, alude (se
refere) aos hebreus, que foram os primeiros chamados por Deus ao
conhecimento da sua Lei. Os enviados do rei são os profetas que os vinham
exortar (incentivar, motivar) a seguir a trilha
da verdadeira felicidade; suas palavras, porém, quase não eram escutadas; suas
advertências eram desprezadas; muitos foram mesmo massacrados, como os servos
da parábola. Os convidados que se escusam (recusam),
pretextando terem de ir cuidar de seus campos e de seus negócios, simbolizam as
pessoas mundanas que, absorvidas pelas coisas terrenas, se conservam indiferentes
às coisas celestes.
Era
crença comum aos judeus de então que a nação deles tinha de alcançar supremacia
sobre todas as outras. Deus, com efeito, não prometera a Abraão que a sua
posteridade cobriria toda a Terra? Mas, como sempre, atendo-se à forma, sem
atentarem ao fundo, eles acreditavam tratar-se de uma dominação efetiva e
material.
Antes
da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos os povos eram idólatras (de idolatrar, adorar) e politeístas (que tem vários deuses). Se alguns homens superiores
ao vulgo (comum, popular) conceberam a idéia da
unidade de Deus, essa idéia permaneceu no estado de sistema pessoal, em parte
nenhuma foi aceita como verdade fundamental, a não ser por alguns iniciados que
ocultavam seus conhecimentos sob um véu de mistério, impenetrável para as
massas populares. Os hebreus foram os primeiros a praticar publicamente o
monoteísmo; é a eles que Deus transmite a sua lei, primeiramente por via de
Moisés, depois por intermédio de Jesus. Foi daquele pequenino foco que partiu a
luz destinada a espargir-se (se espalhar) pelo
mundo inteiro, a triunfar do paganismo (aqueles fiéis
as antigas crenças, não aceitando o cristianismo) e a dar a Abraão uma
posteridade espiritual "tão numerosa quanto as estrelas do firmamento”.
Entretanto, abandonando de todo a idolatria, os judeus desprezaram a lei moral,
para se aferrarem ao mais fácil: A prática do culto exterior. O mal chegara ao
cúmulo; a nação, além de escravizada, era esfacelada pelas facções e dividida
pelas seitas; a incredulidade atingira mesmo o santuário. Foi então que
apareceu Jesus, enviado para os chamar à observância da Lei e para lhes rasgar
os horizontes novos da vida futura. Dos primeiros a ser convidados para o
grande banquete da fé universal, eles repeliram a palavra do Messias celeste e
o imolaram (cortaram, mataram). Perderam assim o
fruto que teriam colhido da iniciativa que lhes coubera.
Fora,
contudo, injusto acusar-se o povo inteiro de tal estado de coisas. A
responsabilidade tocava principalmente aos fariseus e saduceus, que
sacrificaram a nação por efeito do orgulho e do fanatismo de uns e pela
incredulidade dos outros. São, pois, eles, sobretudo, que Jesus identifica nos
convidados que recusam comparecer ao festim das bodas. Depois, acrescenta:
"Vendo isso, o Senhor mandou convidar a todos os que fossem encontrados
nas encruzilhadas, bons e maus." Queria dizer desse modo que a palavra ia
ser pregada a todos os outros povos, pagãos e idólatras, e estes, acolhendo-a,
seriam admitidos ao festim, em lugar dos primeiros convidados.
Mas não basta a ninguém ser
convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa para tomar parte no
banquete celestial. É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar
revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo
o espírito. Ora, a lei toda se contém nestas palavras: Fora da caridade não
há salvação. Entre todos, porém, que ouvem a palavra divina, quão poucos
são os que a guardam e a aplicam proveitosamente! Quão poucos se tornam dignos
de entrar no reino dos céus! Eis por que disse Jesus: Chamados haverá
muitos; poucos, no entanto, serão os escolhidos.
5ª parte: Fluidificação da água:
6ª parte: Prece de encerramento: