Nova temporada do auxílio ao Evangelho no lar, com estudo
do Evangelho segundo o espiritismo - Capítulo 10 (Bem aventurados os que são
misericordiosos) , itens 14 e 15 (Instruções dos Espíritos: Perdão das ofensas)
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Nos textos do Evangelho e da página de preparo, colocamos o significado das palavras mais difíceis na cor vermelha, ao lado das mesmas.
1ª parte: Prece de
abertura:
2ª parte: Leitura da página de preparo:
Página de preparo: Cap 11 – O bem é incansável (Livro “Pão
Nosso”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
“E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.” — Paulo. (2ª Epístola aos Tessalonicences, cap. 3, v. 13.)
É muito comum encontrarmos pessoas
que se declaram cansadas de praticar o bem. Estejamos, contudo, convictos de
que semelhantes alegações não procedem de fonte pura.
Somente aqueles que visam
determinadas vantagens aos interesses particularistas, na zona do imediatismo,
adquirem o tédio vizinho da desesperação, quando não podem atender a propósitos
egoísticos.
É indispensável muita prudência
quando essa ou aquela circunstância nos induz a refletir nos males que nos
assaltam, depois do bem que julgamos haver semeado ou nutrido.
O aprendiz sincero não ignora que
Jesus exerce o seu ministério de amor sem exaurir-se (cansar-se),
desde o princípio da organização planetária. Relativamente aos nossos casos
pessoais, muita vez terá o Mestre sentido o espinho de nossa ingratidão,
identificando-nos o recuo aos trabalhos da nossa própria iluminação; todavia,
nem mesmo verificando-nos os desvios voluntários e criminosos, jamais se
esgotou a paciência do Cristo que nos corrige, amando, e tolera, edificando,
abrindo-nos misericordiosos braços para a atividade renovadora.
Se Ele nos tem suportado e
esperado através de tantos séculos, por que não poderemos experimentar de ânimo
firme algumas pequenas decepções durante alguns dias?
A observação de Paulo aos
tessalonicenses (moradores da Tessalônica),
portanto, é muito justa. Se nos entediarmos na prática do bem, semelhante desastre
expressará em verdade que ainda nos não foi possível a emersão do mal de nós
mesmos.
3ª parte: Estudo do Evangelho:
Capítulo 10 (Bem aventurados os que são
misericordiosos) , itens 14 e 15 (Instruções dos Espíritos: Perdão das ofensas)
Perdão das ofensas
14. Quantas vezes
perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete
vezes. Aí tendes um dos ensinos de Jesus que mais vos devem percutir (esbarrar contra) a inteligência e mais alto falar ao
coração. Confrontai essas palavras de misericórdia com a oração tão simples,
tão resumida e tão grande em suas aspirações, que ensinou a seus discípulos, e
o mesmo pensamento se vos deparará sempre. Ele, o justo por excelência,
responde a Pedro: perdoarás, mas ilimitadamente; perdoarás cada ofensa tantas
vezes quantas ela te for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si
mesmo, que torna uma criatura invulnerável ao ataque, aos maus procedimentos e
às injúrias; serás brando e humilde de coração, sem medir a tua mansuetude (mansidão, docilidade); farás, enfim, o que desejas
que o Pai celestial por ti faça. Não está ele a te perdoar freqüentemente?
Conta porventura as vezes que o seu perdão desce a te apagar as faltas?
Prestai, pois,
ouvidos a essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos.
Perdoai, usai de indulgência (bondade pura, sem segunda
intenções), sede caridosos, generosos, pródigos (esbanjador)
até do vosso amor. Dai, que o Senhor vos restituirá; perdoai, que o Senhor vos
perdoará; abaixai-vos, que o Senhor vos elevará; humilhai-vos, que o Senhor
fará vos assenteis à sua direita.
Ide, meus
bem-amados, estudai e comentai estas palavras que vos dirijo da parte dAquele
que, do alto dos esplendores celestes, vos tem sempre sob as suas vistas e
prossegue com amor na tarefa ingrata a que deu começo, faz dezoito séculos.
Perdoai aos vossos irmãos, como precisais que se vos perdoe. Se seus atos
pessoalmente vos prejudicaram, mais um motivo aí tendes para serdes
indulgentes, porquanto o mérito do perdão é proporcionado à gravidade do mal.
Nenhum merecimento teríeis em relevar os agravos dos vossos irmãos, desde que
não passassem de simples arranhões.
Espíritas, jamais
vos esqueçais de que, tanto por palavras, como por atos, o perdão das injúrias (ofensas, insultos) não deve ser um termo vão. Pois
que vos dizeis espíritas, sede-o. Olvidai (esqueçai)
o mal que vos hajam feito e não penseis senão numa coisa: no bem que podeis
fazer. Aquele que enveredou por esse caminho não tem que se afastar daí, ainda
que por pensamento, uma vez que sois responsáveis pelos vossos pensamentos, os
quais todos Deus conhece. Cuidai, portanto, de os expungir (eliminar) de todo sentimento de rancor. Deus sabe o
que demora no fundo do coração de cada um de seus filhos. Feliz, pois,
daquele que pode todas as noites adormecer, dizendo: Nada tenho contra o meu
próximo. Simeão. (Bordéus, 1862.)
15. Perdoar aos
inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma
prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era. Perdoai,
pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros,
exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como
querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de
indulgência? Oh! ai daquele que diz: "Nunca perdoarei", pois
pronuncia a sua própria condenação. Quem sabe, aliás, se, descendo ao fundo de
vós mesmos, não reconhecereis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta
que começa por uma alfinetada e acaba por uma ruptura, não fostes quem atirou o
primeiro golpe, se vos não escapou alguma palavra injuriosa (ofensiva), se não procedestes com toda a moderação
necessária? Sem dúvida, o vosso adversário andou mal em se mostrar
excessivamente suscetível (com melindres, sujeitando-se
a algo); razão de mais para serdes indulgentes e para não vos tomardes
merecedores da invectiva (agressão, ofensa) que
lhe lançastes. Admitamos que, em dada circunstância, fostes realmente ofendido:
quem dirá que não envenenastes as coisas por meio de represálias e que não
fizestes degenerasse em querela grave o que houvera podido cair facilmente no
olvido (esquecimento)? Se de vós dependia
impedir as conseqüências do fato e não as impedistes, sois culpados. Admitamos,
finalmente, que de nenhuma censura vos reconheceis merecedores: mostrai-vos
clementes e com isso só fareis que o vosso mérito cresça.
Mas, há
duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do
coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: "Eu lhe
perdôo", mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém (acontecem), comentando que ele tem o que merece.
Quantos não dizem: "Perdôo" e acrescentam. "mas, não me
reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida." Será
esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão
é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em
conta, visto que Deus não se satisfaz com as aparências. Ele sonda o recesso do
coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs (vazias, sem valor) palavras e de simulacros (ilusões). O esquecimento completo e absoluto das
ofensas é peculiar (típico) às grandes almas; o
rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvideis (esqueças) que o verdadeiro perdão se reconhece muito
mais pelos atos do que pelas palavras. - Paulo, apóstolo. (Lião, 1861.)
4ª parte: Prece pelas pessoas queridas, amigos
ou inimigos, encarnados ou desencarnados:
5ª parte: Fluidificação da água:
6ª parte: Prece de encerramento:
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