Nova
temporada do auxílio ao Evangelho no lar, com estudo do Capitulo 2 do Evangelho
segundo o espiritismo - Meu reino não é deste mundo - Itens 4 ao 7 (A
realeza de Jesus - O ponto de vista)
Tira-dúvidas.
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Nos textos do Evangelho e da página de preparo, colocamos o significado das palavras mais difíceis na cor vermelha, ao lado das mesmas.
1ª parte: Prece de abertura
2ª parte: Leitura da página de preparo:
Página de preparo: Cap. 169 - Busquemos a
eternidade (Livro "Fonte Viva"
- Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier)
“... ainda que o homem exterior se corrompa,
o interior, contudo, se renova dia a dia.” Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios,
4:16.)
Não
te deixes abater, ante as alterações do equipamento físico.
Busquemos
a Eternidade.
Moléstias
não atingem a alma, quando não se filiam aos remorsos da consciência.
A
velhice não alcança o espírito, quando procuramos viver segundo a luz da
imortalidade.
Juventude
não é um estado da carne.
Há
moços que transitam no mundo, trazendo o coração repleto de pavorosas ruínas.
Lembremo-nos
de que o homem interior se renova sempre. A luta enriquece-o de experiência, a
dor aprimora-lhe as emoções e o sacrifício tempera-lhe o caráter.
O
espírito encarnado sofre constantes transformações por fora, a fim de
acrisolar-se (purificar-se, melhorar-se) e engrandecer-se por dentro.
Recorda
que o estágio na Terra é simples jornada espiritual.
Assim
como o viajante usa sandálias, gastando-as pelo caminho, nossa alma apropria-se
das formas, utilizando-as na marcha ascensional (de evolução, para subir)
para a Grande Luz.
Descerra
(descubra),
pois, o receptor de teu coração à onda sublime dos mais nobres ideais e dos
mais belos pensamentos e aprendamos a viver longe do cupim do desânimo, e nosso
espírito, ainda mesmo nas mais avançadas provas da enfermidade ou da senectude (velhice),
será como sol radiante, a exteriorizar-se em cânticos de trabalho e alegria,
expulsando a sombra e a amargura, onde estivermos.
3ª parte: Estudo do Evangelho:
Capítulo 2: Meu reino não é deste mundo -
Itens 4 ao 7 (A realeza de Jesus - O ponto de vista)
A
Realeza de Jesus
4 – O reino de Jesus não é deste mundo.
Isso todos compreendem. Mas sobre a Terra ele não terá também uma realeza? O
título de rei nem sempre exige o exercício do poder temporal. Ele é dado, por
consenso unânime, aos que, por seu gênio, se colocam em primeiro lugar em
alguma atividade, dominando o seu século e influindo sobre o progresso da
humanidade. É nesse sentido que se diz: o rei ou o príncipe dos filósofos, dos
artistas, dos poetas, dos escritores, etc. Essa realeza, que nasce do mérito
pessoal, consagrada pela posterioridade, não tem muitas vezes maior
preponderância (valor, supremacia) que a dos
reis coroados? Ela é imperecível, enquanto a outra depende das circunstâncias;
ela é sempre abençoada pelas gerações futuras, enquanto a outra é, às vezes,
amaldiçoada. A realeza terrena acaba com a vida, mas a realeza moral continua a
imperar, sobretudo, depois da morte. Sob esse aspecto, Jesus não é um rei mais
poderoso que muitos potentados (homens poderosos)? Foi com
razão, portanto, que ele disse a Pilatos: Eu sou rei, mas o meu reino não é
deste mundo.
O Ponto
de Vista
5 – A idéia clara e precisa que se
faça da vida futura dá uma fé inabalável no porvir (futuro),
e essa fé tem conseqüências enormes sobre a moralização dos homens, porque muda
completamente o ponto de vista pelo qual eles encaram a vida terrena. Para
aquele que se coloca, pelo pensamento, na vida espiritual, que é infinita, a
vida corporal não é mais do que rápida passagem, uma breve permanência num país
ingrato. As vicissitudes (dificuldades) e as tribulações (aborrecimentos)
da vida são apenas incidentes que ele enfrenta com paciência, porque sabe que
são de curta duração e devem ser seguidos de uma situação mais feliz. A morte
nada tem de pavoroso, não é mais a porta do nada, mas a da libertação, que abre
para o exilado a morada da felicidade e da paz. Sabendo que se encontra numa
condição temporária e não definitiva, ele encara as dificuldades da vida com
mais indiferença, do que resulta uma calma de espírito que lhe abranda as
amarguras.
Pelas simples dúvida sobre a vida
futura, o homem concentra todos os seus pensamentos na vida terrena. Incerto do
porvir (futuro),
dedica-se inteiramente ao presente. Não entrevendo (percebendo)
bens mais preciosos que os da Terra, ele se porta como a criança que nada vê
além dos seus brinquedos e tudo faz para os obter. A perda do menor dos seus
bens causa-lhe pungente (dolorosa) mágoa. Um desengano, uma
esperança perdida, uma ambição insatisfeita, uma injustiça de que for vítima, o
orgulho ou a vaidade ferida, são tantos outros tormentos, que fazem da sua vida
uma angústia perpétua, pois que se entrega voluntariamente a uma verdadeira
tortura de todos os instantes.
Sob o ponto de vista da vida
terrena, em cujo centro se coloca, tudo se agiganta ao seu redor. O mal o
atinge, como o bem que toca aos outros, tudo adquire aos seus olhos enorme
importância. É como o homem que, dentro de uma cidade, vê tudo grande em seu
redor: os cidadãos eminentes como os monumentos; mas que, subindo a uma
montanha, tudo lhe parece pequeno.
Assim acontece com aquele que
encara a vida terrena do ponto de vista da vida futura: a humanidade, como as
estrelas no céu, se perdem na imensidade; ele então se apercebe de que grandes
e pequenos se confundem como as formigas num monte de terra; que operários e
poderosos são da mesa estatura; e ele lamenta essas criaturas efêmeras (que estão de passagem),
que tanto se esfalfam (cansam, desgastam) para
conquistar uma posição que os eleva tão pouco e por tão pouco tempo. É assim
que importância atribuída aos bens
terrenos está sempre na razão inversa da fé que se tem na vida futura.
6 – Se todos pensarem assim, dir-se-á,
ninguém mais se ocupando das coisas da Terra, tudo perigará. Mas não, porque o
homem procura instintivamente o seu bem estar, e mesmo tendo a certeza de que
ficará por pouco tempo em algum lugar, ainda quererá estar o melhor ou o menos
mal possível. Não há uma só pessoa que, sentindo um espinho sob a mão, não a
retire para não ser picada. Ora, a procura do bem estar força o homem a
melhorar todas as coisas, impulsionado como ele é pelo instinto do progresso e
da conservação, que decorre das próprias leis da natureza. Ele trabalha,
portanto, por necessidade, por gosto e por dever, e com isso cumpre os
desígnios (planos,
intenções) da Providência (Deus), que o colocou na Terra para esse
fim. Só aquele que considera o futuro pode dar ao presente uma importância
relativa, consolando-se facilmente de seus revezes (dificuldades),
ao pensar no destino que os aguarda.
Deus não condena, portanto, os
gozos terrenos, mas o abuso desses gozos, em prejuízo dos interesses da alma. É
contra esse abuso que se previnem os que compreendem estas palavras de Jesus: O
meu reino não é deste mundo.
Aquele que se identifica com a
vida futura é semelhante a um homem rico, que perde uma pequena soma sem se
perturbar; e aquele que concentra os seus pensamentos na vida terrestre é como
o pobre que ao perder tudo o que possui, cai em desespero.
7 – O Espiritismo dá amplitude ao
pensamento e abre-lhe novo horizonte. Em vez dessa visão estreita e mesquinha,
que o concentra na vida presente, fazendo do instante que passa sobre a terra o
único e frágil esteio (suporte, apoio, auxílio)
do futuro eterno, ele nos mostra que esta vida é um simples elo do conjunto
harmonioso e grandioso da obra do Criador, e revela a solidariedade que liga
todas as existências de um mesmo ser, todos os seres de um mesmo mundo e os
seres de todos o mundos. Oferece, assim, uma base e uma razão de ser à
fraternidade universal, enquanto a doutrina da criação da alma, no momento do
nascimento de cada corpo, faz que todos os seres sejam estranhos uns aos
outros. Essa solidariedade das partes de um mesmo todo explica o que é
inexplicável, quando apenas consideramos uma parte. Essa visão de conjuntos, os
homens do tempo de Cristo não podiam compreender, e por isso o seu conhecimento
foi reservado para mais tarde.
5ª parte: Fluidificação
da água:
6ª parte: Prece de
encerramento:
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