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Página de preparo:
Cap
41 – A regra áurea (Livro “Caminho verdade e vida”, de Emmanuel, psicografado
por Chico Xavier)
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” — Jesus.
(Mateus, capítulo 22, versículo 39.)
Incontestavelmente, muitos séculos
antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a Regra Áurea, trazida por
embaixadores de sua sabedoria e misericórdia.
Importa esclarecer, todavia, que
semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de seus
expositores.
Diziam os gregos: “Não façais ao
próximo o que não desejais receber dele.”
Afirmavam os persas: “Fazei como
quereis que se vos faça.”
Declaravam os chineses: “O que não
desejais para vós, não façais a outrem.”
Recomendavam os egípcios: “Deixai
passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”
Doutrinavam os hebreus: “O que não
quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”
Insistiam os romanos: “A lei
gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”
Na antiguidade, todos os povos
receberam a lei de ouro da magnanimidade (grandeza,
bondade, generosidade) do Cristo.
Profetas, administradores, juízes
e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos identificados
com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras apagaram-se no
recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do tempo em vista de
seus testemunhos fragmentários.
Com o
Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e
exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho,
abnegação (renúncia sem interesses ou segundas
intenções) e amor, à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos
da Humanidade inteira.
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Capítulo 28 (Coletânea de preces espíritas) , IV - Preces pelos
que já não são da Terra - Pelas pessoas a quem tivemos afeição (afeto, amor) (itens 62 e 63)
IV - PRECES PELOS QUE JÁ NÃO SÃO DA TERRA
Pelas pessoas a quem tivemos afeição
62. PREFÁCIO.
Que horrenda é a idéia do Nada! Quão (quanto) de
lastimar (lamentar) são os que acreditam que no
vácuo (vazio) se perde, sem encontrar eco que
lhe responda, a voz do amigo que chora o seu amigo! Jamais conheceram as puras
e santas afeiçoes os que pensam que todo morre com o corpo; que o gênio, que
com a sua vasta inteligência iluminou o mundo; é uma combinação de matéria,
que, qual sopro, se extingue (acaba) para
sempre; que do mais querido ente, de um pai, de uma mãe, ou de um filho adorado
não restará senão um pouco de pó que o vento irremediavelmente dispersará.
Como pode um homem
de coração conservar-se frio a essa idéia? Como não o gela de terror a idéia de
um aniquilamento (destruição) absoluto e não lhe
faz, ao menos, desejar que não seja assim? Se até hoje não lhe foi suficiente a
razão para afastar de seu espírito quaisquer dúvidas, aí está o Espiritismo a
dissipar (acabar) toda incerteza com relação ao
futuro, por meio das provas materiais que dá da sobrevivência da alma e da
existência dos seres de além-túmulo. Tanto assim é que por toda a parte essas
provas são acolhidas com júbilo (alegria); a
confiança renasce, pois que o homem doravante sabe que a vida terrestre é
apenas uma breve passagem conducente (que conduz)
a melhor vida; que seus trabalhos neste mundo não lhe ficam perdidos e que as
mais santas afeições não se despedaçam sem mais esperanças. (Cap. IV, n° 18;
Cap. V, n° 21.)
63. Prece. -
Digna-te, ó meu Deus, de acolher, benévolo (com
bondade), a prece que te dirijo pelo Espírito N... Faze-lhe entrever as
claridades divinas e torna-lhe fácil o caminho da felicidade eterna. Permite
que os bons Espíritos lhe levem as minhas palavras e o meu pensamento.
Tu, que tão caro me
eras neste mundo, escuta a minha voz, que te chama para te oferecer novo penhor
(testemunho) da minha afeição. Permitiu Deus que
te libertasses antes de mim e eu disso me não poderia queixar sem egoísmo,
porquanto fora querer-te sujeito ainda às penas e sofrimentos da vida. Espero,
pois, resignado, o momento de nos reunirmos de novo no mundo mais venturoso (feliz) no qual me precedeste.
Sei que é apenas
temporária a nossa separação e que, por mais longa que me possa parecer, a sua
duração nada é em face da ditosa (feliz)
eternidade que Deus promete aos seus escolhidos. Que a sua bondade me preserve
de fazer o que quer que retarde esse desejado instante e me poupe assim à dor
de te não encontrar, ao sair do meu cativeiro (prisão)
terreno.
Oh! quão doce e
consoladora é a certeza de que não há entre nós mais do que um véu material que
te oculta às minhas vistas! de que podes estar aqui, ao meu lado, a me ver e
ouvir como outrora, senão ainda melhor do que outrora; de que não me esqueces,
do mesmo modo que eu te não esqueço; de que os nossos pensamentos
constantemente se entreluzam (deixem ver, torne
visível) e que o teu sempre me acompanha e ampara.
Que a paz do Senhor
seja contigo.
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