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Página de preparo:
Cap
40 - Fé (Livro “Vinha de luz”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
"Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e
as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, que fica
infrutífera." - Jesus (Marcos, 4:19).
A árvore
da fé viva não cresce no coração, miraculosamente (por
milagre).
Qual
acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde (não abre mão, não dispensa) do esforço da criatura.
Qualquer
planta útil reclama especial atenção no desenvolvimento.
Indispensável
cogitar-se do trabalho de proteção, auxílio e defesa. Estacadas (pau que se finca no solo para servir de suporte),
adubos, vigilância, todos os fatores de preservação devem ser postos em
movimento, a fim de que o vegetal precioso atinja os fins a que se destina.
A
conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço.
A maioria
das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola (aquele anel dourado que fica sobre a cabeça dos anjos. Aqui neste
contexto entendemos como prestígio, privilégio) doada a alguns espíritos
privilegiados pelo favor divino.
Isso,
contudo, é um equívoco de lamentáveis conseqüências.
A sublime
virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz
funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
Não se faz
possível a realização, quando excessivas ansiedades terrestres, de parceria com
enganos e ambições inferiores, torturam o campo íntimo, à maneira de vermes e
malfeitores, atacando a obra.
A lição do
Evangelho é semente viva.
O coração
humano é receptivo, tanto quanto a terra.
É
imprescindível tratar a planta divina com desvelada (atenciosa,
carinhosa, cuidadosa) ternura e instinto enérgico de defesa.
Há muitos
perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões
ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do auto
exame.
Ninguém
pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a vibração da fé
ao espírito alheio (dos outros), porque,
realmente, isso é tarefa que compete a cada um.
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Capítulo 19 (A fé transporta montanhas) , itens 11 e 12 (INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS - A fé: mãe da esperança e da
caridade / A fé humana e a divina)
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
A fé: mãe da esperança e da caridade
11. Para ser
proveitosa, a fé tem de ser ativa; não deve entorpecer-se (perder o vigor, perder a energia). Mãe de todas as
virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar (vigiar,
cuidar) atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.
A esperança e a
caridade são corolários (consequências, efeitos)
da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta (permite) a esperança na realização das promessas do
Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não
tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?
Inspiração divina, a
fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a
base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável,
porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar que será do edifício que sobre ela
construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces
inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas (artimanhas, armadilhas, artifícios) e as zombarias
dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé
verdadeira.
A fé sincera é
empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não
desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas (convincentes)
que vão à alma. ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam
frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a
incutirdes (inspirar) nos homens. Pregai pelo
exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai
pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e
põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes (contratempos, dificuldades) da vida.
Tende, pois, a fé,
com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua
racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. Amai
a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo
porque acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do um que
vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai
sem desfalecimento (desânimo): os milagres são
obras da fé. - José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)
A fé humana e a divina
12. No homem, a fé é
o sentimento inato (natural) de seus destinos
futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em
gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente (adormecido),
e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
Até ao presente, a
fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, porque o Cristo a exalçou (mostrou, demonstrou, ensinou, celebrou) como poderosa
alavanca e porque o têm considerado apenas como chefe de uma religião.
Entretanto, o Cristo, que operou milagres materiais, mostrou, por esses
milagres mesmos, o que pode o homem, quando tem fé, isto é, a vontade de
querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação. Também os
apóstolos não operaram milagres, seguindo-lhe o exemplo? Ora, que eram esses
milagres, senão efeitos naturais, cujas causas os homens de então desconheciam,
mas que, hoje, em grande parte se explicam e que pelo estudo do Espiritismo e
do Magnetismo se tornarão completamente compreensíveis?
A fé é humana ou divina,
conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas,
ou das suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à
realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em
si que pode e há de chegar ao fim colimado (desejado),
certeza que lhe faculta imensa força. O homem de bem que, crente em seu futuro
celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua existência, haure (consome, põe pra fora) na sua fé, na certeza da
felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de
caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há maus pendures
que se não chegue a vencer.
O Magnetismo é uma
das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e
produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de milagres.
Repito: a fé é humana
e divina. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos (convencidos, convictos) da força que em si trazem, e
se quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o
a que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um
desenvolvimento das faculdades humanas. Um Espírito Protetor. (Paris, 1863.)
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Muita paz a todos e bom estudo!
muitobom,intruitivo,aprendi muito.grato.
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