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Página de preparo:
Cap
41 – Credores diferentes (Livro “Vinha de luz”, de Emmanuel, psicografado por
Chico Xavier)
"Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos." - Jesus
(Mateus, 5:44)
O problema
do inimigo sempre merece estudos mais acurados (caprichados,
dedicados).
Certo,
ninguém poderá aderir, de pronto, à completa união com o adversário do dia de
hoje, como Jesus não pôde rir-se com os perseguidores, no martírio (sofrimento) do Calvário.
Entretanto,
a advertência do Senhor, conclamando-nos a amar os inimigos, reveste-se de
profunda significação em todas as facetas pelas quais a examinemos, mobilizando
os instrumentos da análise comum.
Geralmente,
somos devedores de altos benefícios a quantos nos perseguem e caluniam;
constituem os instrumentos que nos trabalham a individualidade, compelindo-nos (obrigando-nos, forçando-nos) a renovações de elevado
alcance que raramente compreendemos nos instantes mais graves da experiência.
São eles que nos indicam as fraquezas, as deficiências e as necessidades a
serem atendidas na tarefa que estamos executando.
Os amigos,
em muitas ocasiões, são imprevidentes companheiros, porquanto contemporizam com
o mal; os adversários, porém, situam-no com vigor.
Pela
rudeza (aspereza, grosseria) do inimigo, o homem
comumente se faz rubro (vermelho, irado, irritado)
e indignado uma só vez, mas, pela complacência dos afeiçoados, torna-se pálido
e acabrunhado (tímido, sem muita ação), vezes
sem conta.
Não
queremos dizer com isto que a criatura deva cultivar inimizades; no entanto,
somos daqueles que reconhecem por beneméritos credores quantos nos proclamam as
faltas.
São
médicos corajosos que nos facultam corretivo.
É difícil
para muita gente, na Terra, a aceitação de semelhante verdade; todavia, chega
sempre um instante em que entendemos o apelo do Cristo, em sua magna (magnífica) extensão.
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Capítulo 17 (Sede perfeitos) , itens 1 e 2
(Caracteres da perfeição)
Caracteres da perfeição
1. Amai os vossos
inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e
caluniam. - Porque, se somente amardes os que vos amam que recompensa tereis
disso? Não fazem assim também os publicanos? - Se unicamente saudardes os
vossos irmãos, que fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o mesmo os
pagãos? -Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai
celestial. (S. MATEUS, cap. V, vv. 44, 46 a 48.)
Publicanos (observar introdução deste evangelho,
ítem III – Notícias históricas): Cobradores de impostos. O nome de publicanos
foi estendido mais tarde a todos os que lidavam com o dinheiro público e aos
seus agentes subalternos. Hoje, a palavra é tomada em sentido pejorativo, para
designar os negocistas e seus agentes pouco escrupulosos; às vezes dizemos:
‘’ávido como um publicano; rico como um publicano’’, referindo-nos a fortunas
da má procedência.
2. Pois que Deus
possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: "Sede
perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial", tomada ao pé da letra,
pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura
fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o
que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa
nuança (sutileza), pelo que ele se limitou a
lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.
Aquelas palavras,
portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a
Humanidade é suscetível (capaz) e que mais a
aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: "Em
amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos
pelos que nos perseguem." Mostra ele desse modo que a essência da
perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de
todas as outras virtudes.
Com
efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples
defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o
sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho,
que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da
personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira
caridade, que são: a benevolência (compreensão, boa
vontade com o próximo), a indulgência (facilidade
em perdoar), a abnegação (renúncia, desapego,
altruísmo) e o devotamento (dedicação).
Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a
nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de
maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está
na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a
seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse:
"Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial."
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Toda sexta-feira colocamos um novo estudo afim de auxiliar os amigos na prática do Evangelho no lar!
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