Auxílio para o
evangelho no lar com o estudo do Capítulo 14 (Honrai vosso pai e vossa mãe) ,
item 9 (A ingratidão dos filhos e os laços de família)
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Página de preparo:
Cap 51 – Meninos
espirituais (Livro “Caminho, verdade e vida”, de Emmanuel, psicografado por
Chico Xavier)
“Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, pois é menino.” - Paulo (Hebreus, 5:13)
Na apreciação dos companheiros de
luta, que nos integram o quadro de trabalho diário, é útil não haja choques, quando,
inesperadamente, surgirem falhas e fraquezas. Antes da emissão de qualquer
juízo, é conveniente conhecer o quilate (qualidade)
dos valores espirituais em exame.
Jamais prescindamos (desprezamos, esqueçamos) da compreensão ante os que
se desviam do caminho reto. A estrada percorrida pelo homem experiente está
cheia de crianças dessa natureza. Deus cerca os passos do sábio, com as
expressões da ignorância, a fim de que a sombra receba luz e para que essa mesma
luz seja glorificada. Nesse intercâmbio substancialmente divino, o ignorante
aprende e o sábio cresce.
Os discípulos de boa-vontade
necessitam da sincera atitude de observação e tolerância. É natural que se
regozijem (alegrem) com o alimento rico e substancioso
com que lhes é dado nutrir a alma; no entanto, não desprezem outros irmãos,
cujo organismo espiritual ainda não tolera senão o leite simples dos primeiros
conhecimentos.
Toda criança é frágil e ninguém deve
condená-la por isso.
Se tua mente pode librar (sustentar-se, equilibrar-se) no vôo mais alto, não te
esqueças dos que ficaram no ninho onde nasceste e onde estiveste longo tempo,
completando a plumagem. Diante dos teus olhos deslumbrados, alonga-se o
infinito. Eles estarão contigo, um dia, e, porque a união integral esteja
tardando, não os abandones ao acaso, nem lhes recuses o leite que amam e de que
ainda necessitam.
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Capítulo 14 (Honrai vosso pai e vossa mãe) , item 9 (A ingratidão dos filhos e os laços de família)
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
A ingratidão dos filhos e os laços de família
9. A ingratidão é um
dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. Mas, a
dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso. E, em
particular, desse ponto de vista que a vamos considerar, para lhe analisar as
causas e os efeitos. Também nesse caso, como em todos os outros, o Espiritismo
projeta luz sobre um dos grandes problemas do coração humano.
Quando deixa a
Terra, o Espírito leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua
natureza e se aperfeiçoa no espaço, ou permanece estacionário, até que deseje
receber a luz. Muitos, portanto, se vão cheios de ódios violentos e de
insaciados (insatisfeitos) desejos de vingança;
a alguns dentre eles, porém, mais adiantados do que os outros, é dado
entrevejam uma partícula da verdade; apreciam então as funestas (desgraçadas, tristes) conseqüências de suas paixões e
são induzidos a tomar resoluções boas. Compreendem que, para chegarem a Deus, uma
só é a senha: caridade. Ora, não há caridade sem esquecimento dos
ultrajes e das injúrias; não há caridade sem perdão, nem com o coração tomado
de ódio.
Então, mediante
inaudito (extraordinário, enorme) esforço,
conseguem tais Espíritos observar os a quem eles odiaram na Terra. Ao vê-los,
porém, a animosidade se lhes desperta no íntimo; revoltam-se à idéia de
perdoar, e, ainda mais, à de abdicarem de si mesmos, sobretudo à de amarem os
que lhes destruíram, quiçá (quem sabe), os
haveres, a honra, a família. Entretanto, abalado fica o coração desses
infelizes. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários. Se
predomina a boa resolução, oram a Deus, imploram aos bons Espíritos que lhes
dêem forças, no momento mais decisivo da prova.
Por fim, após anos
de meditações e preces, o Espírito se aproveita de um corpo em preparo na
família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos incumbidos (encarregados) de transmitir as ordens superiores
permissão para ir preencher na Terra os destinos daquele corpo que acaba de
formar-se. Qual será o seu procedimento na família escolhida? Dependerá da sua
maior ou menor persistência nas boas resoluções que tomou. O incessante
contacto com seres a quem odiou constitui prova terrível, sob a qual não raro
sucumbe (desiste), se não tem ainda bastante
forte a vontade. Assim, conforme prevaleça ou não a resolução boa, ele será o
amigo ou inimigo daqueles entre os quais foi chamado a Viver. E como se
explicam esses ódios, essas repulsões instintivas que se notam da parte de
certas crianças e que parecem injustificáveis. Nada, com efeito, naquela
existência há podido provocar semelhante antipatia; para se lhe apreender a
causa, necessário se torna volver (voltar) o
olhar ao passado.
Ó espíritas!
compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando
produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir;
inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus
essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se
fielmente a comprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis
auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a
cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa
guarda? Se por culpa Vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo
entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso (feliz). Então, vós mesmos, assediados de remorsos,
pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e
para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele,
cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor.
Não escorraceis (rejeite, exclua), pois, a criancinha que repele sua
mãe, nem a que vos paga com a ingratidão; não foi o acaso que a fez assim e que
vo-la deu. Imperfeita intuição do passado se revela, do qual podeis deduzir que
um ou outro já odiou muito, ou foi muito ofendido; que um ou outro veio para
perdoar ou para expiar. Mães! abraçai o filho que vos dá desgostos e dizei convosco
mesmas: Um de nós dois é culpado. Fazei-vos merecedoras dos gozos divinos que
Deus conjugou à maternidade, ensinando aos vossos filhos que eles estão na
Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer. Mas oh! muitas dentre vós, em vez
de eliminar por meio da educação os maus princípios inatos de existências
anteriores, entretêm e desenvolvem esses princípios, por uma culposa fraqueza,
ou por descuido, e, mais tarde, o vosso coração, ulcerado (adoecido) pela ingratidão dos vossos filhos, será
para vós, já nesta vida, um começo de expiação (prova,
resgate).
A
tarefa não é tão difícil quanto vos possa parecer. Não exige o saber do mundo.
Podem desempenhá-la assim o ignorante como o sábio, e o Espiritismo lhe
facilita o desempenho, dando a conhecer a causa das imperfeições da alma
humana.
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Muita paz a todos e bom estudo!
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