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dicionário das palavras contidas no estudo de hoje:
Atendendo
a pedidos, colocaremos o significado logo após as palavras no próprio texto,
sempre na cor vermelha.
Página de preparo:
Cap 158 - Governo
interno (Livro “Pão Nosso”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
“Antes
subjugo (sujeitar-se, condicionar-se) o meu
corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha
de algum modo a ficar reprovado.” - Paulo (I Coríntios, 9:27).
Efetivamente,
o corpo é miniatura do Universo.
É
imprescindível, portanto, saber governá-lo.
Representação
em material terrestre da personalidade espiritual, é razoável esteja cada um
atento às suas disposições. Não é que a substância passiva haja adquirido poder
superior ao da vontade humana, todavia, é imperioso (imprescindível)
reconhecer que as tendências inferiores procuram subtrair-nos o poder de
domínio.
É
indispensável esteja cada homem em dia com o governo de si mesmo.
A vida
interior, de alguma sorte, assemelha-se à vida de um Estado. O espírito assume
a auto-chefia, auxiliado por vários ministérios, quais os da reflexão, do
conhecimento, da compreensão, do respeito e da ordem. As idéias diversas e
simultâneas constituem apelos bons ou maus do parlamento íntimo. Existem, no
fundo de cada mente, extensas potencialidades de progresso e sublimação, reclamando
trabalho.
O
governador supremo que é o espírito, no cosmo celular, redige leis benfeitoras,
mas nem sempre mobiliza os órgãos fiscalizadores da própria vontade. E as zonas
inferiores continuam em antigas desordens, não lhes importando os decretos
renovadores que não hostilizam, nem executam. Em se verificando semelhante
anomalia, passa o homem a ser um enigma vivo, quando se não converte num cego
ou num celerado (malvado, perverso).
Quem
espera vida sã, sem autodisciplina, não se distancia muito do desequilíbrio
ruinoso ou total.
É
necessário instalar o governo de nós mesmos em qualquer posição da vida. O
problema fundamental é de vontade forte para conosco, e de boa vontade para com
os nossos irmãos.
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Capítulo 12 (Amai os vossos inimigos) , itens 15 e 16 (O duelo)
O duelo
15. O homem do
mundo, o homem venturoso (feliz), que por uma
palavra chocante, uma coisa ligeira, joga a vida que lhe veio de Deus, joga a
vida do seu semelhante, que só a Deus pertence, esse é cem vezes mais culpado
do que o miserável que, impelido (empurrado, motivado)
pela cupidez (ambição, cobiça), algumas vezes
pela necessidade, se introduz numa habitação para roubar e matar os que se lhe
opõem aos desígnios (intenções). Trata-se quase
sempre de uma criatura sem educação, com imperfeitas noções do bem e do mal, ao
passo que o duelista pertence, em regra, à classe mais culta. Um mata
brutalmente, enquanto que o outro o faz com método e polidez (delicadeza), pelo que a sociedade o desculpa.
Acrescentarei mesmo que o duelista é infinitamente mais culpado do que o
desgraçado que, cedendo a um sentimento de vingança, mata num momento de
exasperação (irritação). O duelista não tem por
escusa (desculpa) o arrebatamento da paixão,
pois que, entre o insulto e a reparação, dispõe ele sempre de tempo para
refletir. Age, portanto, friamente e com premeditado desígnio; estuda e calcula
tu do, para com mais segurança matar o seu adversário. E certo que também expõe
a vida e é isso o que reabilita o duelo aos olhos do mundo, que nele então só
vê um ato de coragem e pouco caso da vida. Mas, haverá coragem da parte daquele
que está seguro de si? O duelo, remanescente dos tempos de barbárie, em os
quais o direito do mais forte constituía a lei, desaparecerá por efeito de uma
melhor apreciação do verdadeiro ponto de honra e à medida que o homem for
depositando fé mais viva na vida futura. -Agostinho. (Bordéus, 1861.)
16. NOTA. Os duelos
se vão tornando cada vez mais raros e, se de tempos a tempos alguns de tão
dolorosos exemplos se dão, o número deles não se pode comparar com o dos que
ocorriam outrora. Antigamente, um homem não saía de casa sem prever um
encontro, pelo que tomava sempre as necessárias precauções. Um sinal
característico dos costumes do tempo e dos povos se nos depara no porte
habitual, ostensivo ou oculto, de armas ofensivas ou defensivas. A abolição de
semelhante uso demonstra o abrandamento dos costumes e é curioso
acompanhar-lhes a gradação, desde a época em que os cavaleiros só cavalgavam
bardados de ferro e armados de lança, até a em que uma simples espada à cinta
constituía mais um adorno (enfeite) e um
acessório do brasão, do que uma arma de agressão. Outro indício da modificação
dos costumes está em que, outrora, os combates singulares se empenhavam em
plena rua, diante da turba (multidão), que se
afastava para deixar livre o campo aos combatentes, ao passo que estes hoje se
ocultam. Presentemente, a morte de um homem é acontecimento que causa emoção,
enquanto que, noutros tempos, ninguém dava atenção a isso.
O Espiritismo
apagará esses últimos vestígios da barbárie, incutindo nos homens o espírito de
caridade e de fraternidade.
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