Auxílio para o evangelho no lar com o
estudo do Capítulo 12 (Amai os vossos inimigos) , itens 11 e 12 (O duelo)
Tira-dúvidas.
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dicionário das palavras contidas no estudo de hoje:
Atendendo
a pedidos, colocaremos o significado logo após as palavras no próprio texto,
sempre na cor vermelha.
Cap 137 - Inimigos (Livro
“Pão Nosso”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
“Amai,
pois, os vossos inimigos.”– Jesus. (Lucas, 6:35)
A
afirmativa do Mestre Divino merece meditação em toda parte. Naturalmente que a
recomendação, quanto ao amor aos inimigos, pede análise especial.
A
multidão, em geral, não traduz o verbo amar senão pelas atividades cariciosas (de carícias, carinho). Para que um homem demonstre
capacidade afetiva, ante os olhos vulgares (comuns),
precisará movimentar imenso cabedal (preparo, recursos,
argumentos) de palavras e atitudes ternas (suaves,
brandas), quando sabemos que o amor pode resplandecer (expressar-se com brilho) no coração das criaturas sem
qualquer exteriorização superficial. Porque o Pai nos confira experiências
laboriosas (trabalhosas, árduas) e rudes, na
terra ou noutros mundos, não lhe podemos atribuir qualquer negação de amor.
No terreno
a que se reporta o Amigo Divino, é justo nos detenhamos em legítimas
ponderações.
Onde há
luta há antagonismo (oposição), revelando a
existência de circunstâncias com as quais não seria lícito (admissível) concordar em se tratando de bem comum.
Quando o Senhor nos aconselhou amar os inimigos, não exigiu aplausos ao que
rouba ou destrói, deliberadamente, nem mandou multiplicarmos as asas da
perversidade ou da má fé. Recomendou, realmente, auxiliarmos os mais cruéis; no
entanto, não com aprovação indébita (livre de débitos)
e sim com a disposição sincera e fraterna de ajudá-los a se reerguerem para a
senda (caminho) divina, através da paciência, do
recurso construtivo ou do trabalho restaurador. O Mestre, acima de tudo,
preocupou-se em preservar-nos contra o veneno do ódio, evitando-nos a queda em
disputas inferiores, inúteis ou desastrosas.
Ama, pois,
os que se mostram contrários ao teu coração, amparando-os fraternalmente com
todas as possibilidades de socorro ao teu alcance, convicto de que semelhante
medida te livrará do calamitoso duelo do mal contra o mal.
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Capítulo 12 (Amai os vossos inimigos) , itens 11 e 12 (O duelo)
O duelo
11. Só é
verdadeiramente grande aquele que, considerando a vida uma viagem que o há de
conduzir a determinado ponto, pouco caso faz das asperezas (dificuldades) da jornada e não deixa que seus passos
se desviem do caminho reto (certo, objetivo).
Com o olhar constantemente dirigido para o termo a alcançar, nada lhe importa
que as urzes (Plantas comuns em terrenos pobres de cal)
e os espinhos ameacem produzir-lhe arranhaduras; umas e outros lhe roçam a
epiderme (pele), sem o ferirem, nem impedirem de
prosseguir na caminhada. Expor seus dias para se vingar de uma injúria (ofensa) é recuar diante das provações da vida, é
sempre um crime aos olhos de Deus; e, se não fôsseis, como sois, iludidos pelos
vossos prejuízos, tal coisa seria ridícula e uma suprema loucura aos olhos dos
homens.
Há crime no
homicídio em duelo; a vossa própria legislação o reconhece. Ninguém tem o
direito, em caso algum, de atentar contra a vida de seu semelhante: é um crime
aos olhos de Deus, que vos traçou a linha de conduta que tendes de seguir.
Nisso, mais do que em qualquer outra circunstância, sois juízes em causa
própria. Lembrai-vos de que somente vos será perdoado, conforme perdoardes;
pelo perdão vos acercais da Divindade, pois a clemência (bondade, perdão) e irmã do poder. Enquanto na Terra correr uma
gota de sangue humano, vertida pela mão dos homens, o verdadeiro reino de Deus
ainda se não terá implantado aí, reino de paz e de amor, que há de banir (acabar, eliminar) para sempre do vosso planeta a
animosidade, a discórdia, a guerra. Então, a palavra duelo somente existirá na
vossa linguagem como longínqua e vaga recordação de um passado que se foi.
Nenhum outro antagonismo existirá entre os homens, afora a nobre rivalidade do
bem. - Adolfo, bispo de Argel. (Marmande, 1861.)
12. Em certos casos,
sem dúvida, pode o duelo constituir uma prova de coragem física, de desprezo
pela vida, mas também é, incontestavelmente, uma prova de covardia moral, como
o suicídio. O suicida não tem coragem de enfrentar as vicissitudes (dificuldades, revéses, adversidades, contratempos) da
vida; o duelista não tem a de suportar as ofensas, Não vos disse o Cristo que
há mais honra e valor em apresentar a face esquerda aquele que bateu na
direita, do que em vingar uma injúria? Não disse ele a Pedro, no jardim das
Oliveiras: "Mete a tua espada na bainha, porquanto aquele que matar com a
espada perecerá pela espada?" Assim falando, não condenou, para sempre, o
duelo? Efetivamente, meus filhos, que é essa coragem oriunda de um gênio
violento, de um temperamento sangüíneo e colérico (nocivo),
que ruge à primeira ofensa? Onde a grandeza dalma (da
alma) daquele que, à menor injúria, entende que só com sangue a poderá
lavar? Ah! que ele trema! No fundo da sua consciência, uma voz lhe bradará
sempre: Caim! Caim! que fizeste de teu irmão? Foi-me necessário derramar sangue
para salvar a minha honra, responderá ele a essa voz, Ela, porem, retrucará:
Procuraste salvá-la perante os homens, por alguns instantes que te restavam de
vida na Terra, e não pensaste em salvá-la perante Deus! Pobre louco! Quanto
sangue exigiria de vós o Cristo, por todos os ultrajes (ofensas,
calúnias) que recebeu! Não só o feristes com os espinhos e a lança, não
só o pregastes num madeiro infamante, como também o fizestes ouvir, em meio de
sua agonia atroz, as zombarias que lhe prodigalizastes, Que reparação a tantos
insultos vos pediu ele? O último brado do cordeiro foi unia súplica em favor
dos seus algozes! Oh! como ele, perdoai e orai pelos que vos ofendem.
Amigos, lembrai-vos
deste preceito: "Amai-vos uns aos outros" e, então, a um golpe
desferido pelo ódio respondereis com um Sorriso, e ao ultraje com o perdão. O
mundo, sem dúvida, se levantará furioso e vos tratará de covardes; erguei bem
alto a fronte e mostrai que também ela se não temeria de cingir-se (envolver-se) de espinhos, a exemplo do Cristo, mas,
que a vossa mão não quer ser cúmplice de um assassínio autorizado por falsos
ares de honra, que, entretanto, não passa de orgulho e amor-próprio. Dar-se-á
que, ao criar-vos, Deus vos outorgou (concedeu)
o direito de vida e de morte, uns sobre os outros? Não, só à Natureza conferiu
ele esse direito, para se reformar e reconstruir; quanto a vós, não permite,
sequer, que disponhais de vós mesmos. Como o suicida, o duelista se achará
marcado com sangue, quando comparecer perante Deus, e a um e outro o Soberano
Juiz reserva rudes e longos castigos. Se ele ameaçou com a sua justiça aquele
que disser raca (termo de ofensa) a seu irmão, quão mais severa
não será a pena que comine ao que chegar à sua presença com as mãos tintas do
sangue de seu irmão! -Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
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Muita paz a todos e bom estudo!
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