Auxílio para o evangelho no lar com o estudo do Capítulo 14 (Honrai
vosso pai e vossa mãe) , itens 1 ao 4 (Piedade filial)
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Página de preparo:
Cap 136 – Filhos
(Livro “Vinha de luz”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
"Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais, no Senhor, porque isto é justo." - Paulo (Efésios, 6:1).
Se o direito é campo de elevação,
aberto a todos os espíritos, o dever é zona de serviço peculiar a todos os
seres da Criação.
Não
somente os pais humanos estão cercados de obrigações, mas igualmente os filhos,
que necessitam vigiar a si mesmos, com singular (especial)
atenção.
Quase
sempre a mocidade sofre de estranhável esquecimento. Estima (deseja) criar rumos caprichosos, desdenhando (desprezando, ignorando) sagradas experiências de quem
a precedeu, no desdobramento das realizações terrestres, para voltar, mais
tarde, em desânimo, ao ponto de partida, quando o sofrimento ou a madureza dos
anos lhe restauram a compreensão.
Os
filhos estão marcados por divinos deveres, junto daqueles aos quais foram
confiados pelo Supremo Senhor, na senda humana.
É
indispensável prestar obediência aos progenitores (pais),
dentro do espírito do Cristo, porque semelhante atitude é justa.
Se
muitas vezes os pais se furtam (fogem) à
claridade do progresso espiritual, escolhendo o estacionamento em zonas
inferiores, nem mesmo nas circunstâncias dessa ordem seria razoável relegá-los
ao próprio infortúnio (desgraça). Claro está que
os filhos não devem descer ao sorvedouro (abismo, ruína)
da insensatez ou do crime por atender-lhes aos venenosos caprichos, mas
encontrarão sempre o recurso adequado para retribuírem aos benfeitores os
inestimáveis dons que lhes devem.
Não
nos esqueçamos de que o filho descuidado, ocioso ou perverso é o pai inconsciente
de amanhã e o homem inferior que não fruirá (desfrutará)
a felicidade doméstica.
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Capítulo 14 (Honrai vosso pai e vossa mãe) , itens 1 ao 4 (Piedade filial (amor aos pais))
1. Sabeis os
mandamentos: não cometereis adultério; não matareis; não roubareis; não
prestareis falso-testemunho; não fareis agravo a ninguém; honrai a vosso pai e
a vossa mãe. (S. MARCOS, capítulo X, v. 19; S. LUCAS, cap. XVIII, v. 20; S. MATEUS,
cap. XIX, vv. 18 e 19.)
2. Honrai a vosso
pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso
Deus vos dará. (Decálogo: "Êxodo", cap. XX, v. 12.)
Piedade filial (amor aos pais)
3. O mandamento:
"Honrai a vosso pai e a vossa mãe" é um corolário (consequência necessária) da lei geral de caridade e
de amor ao próximo, visto que não pode amar o seu próximo aquele que não ama a
seu pai e a sua mãe; mas, o termo honrai encerra um dever a mais para
com eles: o da piedade filial. Quis Deus mostrar por essa forma que ao amor se
devem juntar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência (tolerância), o que envolve a obrigação de cumprir-se
para com eles, de modo ainda mais rigoroso, tudo o que a caridade ordena
relativamente ao próximo em gera!. Esse dever se estende naturalmente às
pessoas que fazem as vezes de pai e de mãe, as quais tanto maior mérito têm,
quanto menos obrigatório é para elas o devotamento (dedicação).
Deus pune sempre com rigor toda violação desse mandamento.
Honrar a seu pai e a
sua mãe, não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na
necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados
como eles fizeram conosco, na infância.
Sobretudo para com
os pais sem recursos é que se demonstra a verdadeira piedade filial. Obedecem a
esse mandamento os que julgam fazer grande coisa porque dão a seus pais o
estritamente necessário para não morrerem de fome, enquanto eles de nada se
privam, atirando-os para os cômodos mais ínfimos da casa, apenas por não os
deixarem na rua, reservando para si o que há de melhor, de mais confortável?
Ainda bem quando não o fazem de má-vontade e não os obrigam a comprar caro o
que lhes resta a viver, descarregando sobre eles o peso do governo da casa!
Será então aos pais velhos e fracos que cabe servir a filhos jovens e fortes?
Ter-lhes-á a mãe vendido o leite, quando os amamentava? Contou porventura suas
vigílias, quando eles estavam doentes, os passos que deram para lhes obter o de
que necessitavam? Não, os filhos não devem a seus pais pobres só o estritamente
necessário, devem-lhes também, na medida do que puderem, os pequenos nadas
supérfluos, as solicitudes (atenções), os
cuidados amáveis, que são apenas o juro do que receberam, o pagamento de uma
dívida sagrada. Unicamente essa é a piedade filial grata a Deus.
Ai, pois, daquele
que olvida (esquece) o que deve aos que o
ampararam em sua fraqueza, que com a vida material lhe deram a vida moral, que
muitas vezes se impuseram duras privações para lhe garantir o bem-estar. Ai do
ingrato: será punido com a ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais
caras afeições, algumas vezes já na existência atual, mas com certeza
noutra, em que sofrerá o que houver feito aos outros.
Alguns pais, é
certo, descuram de seus deveres e não são para os filhos o que deviam ser; mas,
a Deus é que compete puni-los e não a seus filhos. Não compete a estes
censurá-los, porque talvez hajam merecido que aqueles fossem quais se mostram.
Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem, se seja indulgente para as
imperfeições de outrem, se não diga mal do próximo, se lhe esqueçam e perdoem
os agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não hão de ser essas
obrigações, em se tratando de filhos para com os pais! Devem, pois, os filhos
tomar corno regra de conduta para com seus pais todos os preceitos de Jesus
concernentes ao próximo e ter presente que todo procedimento censurável, com
relação aos estranhos, ainda mais censurável se torna relativamente aos pais; e
que o que talvez não passe de simples falta, no primeiro caso, pode ser
considerado um crime, no segundo, porque, aqui, à falta de caridade se junta a
ingratidão.
4. Deus disse:
"Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra
que o Senhor vosso Deus vos dará." Por que promete ele como recompensa a
vida na Terra e não a vida celeste? A explicação se encontra nestas palavras:
"que Deus vos dará" , as quais, suprimidas na moderna fórmula do
Decálogo, lhe alteram o sentido. Para compreendermos aqueles dizeres, temos de
nos reportar à situação e às idéias dos hebreus naquela época. Eles ainda nada
sabiam da vida futura, não lhes indo a visão além da vida corpórea. Tinham,
pois, de ser impressionados mais pelo que viam, do que pelo que não viam.
Fala-lhes Deus então numa linguagem que lhes estava mais ao alcance e, como se
se dirigisse a crianças, põe-lhes em perspectiva o que os pode satisfazer.
Achavam-se eles ainda no deserto; a terra que Deus lhes dará e a Terra
da Promissão, objetivo das suas aspirações. Nada mais desejavam do que isso;
Deus lhes diz que viverão nela longo tempo, isto é, que a possuirão por longo
tempo, se observarem seus mandamentos.
Mas, ao verificar-se
o advento de Jesus, já eles tinham mais desenvolvidas suas idéias. Chegada a
ocasião de receberem alimentação menos grosseira, o mesmo Jesus os inicia na
vida espiritual, dizendo: "Meu reino não é deste mundo; lá, e não na
Terra, é que recebereis a recompensa das vossas boas obras." A estas
palavras, a Terra Prometida deixa de ser material, transformando-se numa pátria
celeste. Por isso, quando os chama à observância daquele mandamento:
"Honrai a vosso pai e a vossa mãe", já não é a Terra que lhes promete
e sim o céu. (Caps. II e III.)
Toda sexta-feira colocamos um novo estudo afim de auxiliar os amigos na prática do Evangelho no lar!
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Muita paz a todos e bom estudo!
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