Auxílio para o evangelho no lar com o
estudo do Capítulo 13 (Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão
direita) , itens 13 e 14 (INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS - A beneficência)
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Página de preparo:
Cap 58 - Contribuir
(Livro “Pão Nosso”, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)
“Cada
um contribua, segundo propôs em seu coração; não com tristeza ou por
necessidade, porque Deus ama o que dá com alegria.” - Paulo. (II Coríntios,
9:7)
Quando se
divulgou a afirmativa de Paulo de que Deus ama o que dá com alegria, muita
gente apenas lembrou a esmola material.
O louvor,
todavia, não se circunscreve (limita) às mãos
generosas que espalham óbolos (doações, esmolas)
de bondade entre os necessitados e sofredores.
Naturalmente,
todos os gestos de amor entram em linha de conta no reconhecimento divino, mas
devemos considerar que o verbo contribuir, na presente lição, aparece em toda a
sua grandiosa excelsitude (excelência).
A
cooperação no bem é questão palpitante ( de interesse,
excitante) de todo lugar e de
todo dia.
Qualquer
homem é suscetível (capaz, tem a possibilidade)
de fornecê-la. Não é somente o mendigo que a espera, mas também o berço de onde
se renova a experiência, a família em que acrisolamos (aperfeiçoamos)
as conquistas de virtude, o vizinho, nosso irmão em humanidade, e a oficina de
trabalho, que nos assinala o aproveitamento individual, no esforço de cada dia.
Sobrevindo
o momento de repouso diuturno, cada coração pode interrogar a si próprio,
quanto à qualidade de sua colaboração no serviço, nas palestras, nas relações
afetivas, nessa ou naquela preocupação da vida comum.
Tenhamos
cuidado contra as tristezas e sombras esterilizadoras (improdutivas).
Má vontade, queixas, insatisfação, leviandades (imprudências,
agir sem pensar) não integram o quadro dos trabalhos que o Senhor espera
de nossas atividades no mundo. Mobilizemos nossos recursos com otimismo e não
nos esqueçamos de que o Pai ama o filho que contribui com alegria.
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Capítulo 13 (Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão
direita) , itens 13 e 14 (INSTRUÇÕES
DOS ESPÍRITOS - A beneficência (prática da caridade))
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
A beneficência
13. Chamo-me
Caridade; sigo o caminho principal que conduz a Deus. Acompanhai-me, pois
conheço a meta a que deveis todos visar.
Dei esta manhã o meu
giro habitual e, com o coração amargurado, venho dizer-vos: Oh! meus amigos,
que de misérias, que de lágrimas, quanto tendes de fazer para secá-las todas!
Em vão, procurei consolar algumas pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: Coragem!
há corações bons que velam (vigiam, protegem, oram)
por vós; não sereis abandonadas; paciência! Deus lá está; sois dele amadas,
sois suas eleitas. Elas pareciam ouvir-me e volviam (voltavam)
para o meu lado os olhos arregalados de espanto; eu lhes lia no semblante (rosto) que seus corpos, tiranos do Espírito, tinham
fome e que, se é certo que minhas palavras lhes serenavam (tranquilizavam) um pouco os corações, não lhes
reconfortavam os estômagos. Repetia-lhes: Coragem! Coragem! Então, uma pobre
mãe, ainda muito moça, que amamentava uma criancinha, tomou-a nos braços e a
estendeu no espaço vazio, como a pedir-me que protegesse aquele entezinho que
só encontrava, num seio estéril, insuficiente alimentação.
Alhures (em outro lugar) vi, meus amigos, pobres velhos sem
trabalho e, em conseqüência, sem abrigo, presas de todos os sofrimentos da
penúria (pobreza, miséria) e, envergonhados de
sua miséria, sem ousarem, eles que nunca mendigaram, implorar a piedade dos
transeuntes (pedestres). Com o coração túmido (cheio) de compaixão, eu, que nada tenho, me fiz
mendiga para eles e vou, por toda a parte, estimular a beneficência, inspirar
bons pensamentos aos corações generosos e compassivos. Por isso é que aqui
venho, meus amigos, e vos digo: Há por aí desgraçados, em cujas choupanas (moradias) falta o pão, os fogões se acham sem lume (fogo) e os leitos sem cobertas. Não vos digo o que
deveis fazer; deixo aos vossos bons corações a iniciativa. Se eu vos ditasse o
proceder, nenhum mérito vos traria a vossa boa ação. Digo-vos apenas: Sou a
caridade e vos estendo as mãos pelos vossos irmãos que sofrem.
Mas, se peço, também
dou e dou muito. Convido-vos para um grande banquete e forneço a árvore onde
todos vos saciareis! Vede quanto é bela, como está carregada de flores e de
frutos! Ide, ide, colhei, apanhai todos os frutos dessa magnificente árvore que
se chama a beneficência. No lugar dos ramos que lhe tirardes, atarei (juntarei) todas as boas ações que praticardes e
levarei a árvore a Deus, que a carregará de novo, porquanto a beneficência é
inexaurível (inesgotável). Acompanhai-me, pois,
meus amigos, a fim de que eu vos conte entre os que se arrolam (abraçam) sob a minha bandeira. Nada temais; eu vos
conduzirei pelo caminho da salvação, porque sou - a Caridade. - Cárita, martirizada
em Roma. (Lião, 1861.)
14. Várias maneiras
há de fazer-se a caridade, que muitos dentre vós confundem com a esmola.
Diferença grande vai, no entanto, de uma para outra. A esmola, meus amigos, é
algumas vezes útil, porque dá alívio aos pobres; mas é quase sempre humilhante,
tanto para o que a dá, como para o que a recebe. A caridade, ao contrário, liga
o benfeitor ao beneficiado e se disfarça de tantos modos! Pode-se ser caridoso,
mesmo com os parentes e com os amigos, sendo uns indulgentes (dispostos a perdoar) para com os outros, perdoando-se
mutuamente as fraquezas, cuidando não ferir o amor-próprio de ninguém. Vós, espíritas,
podeis sê-lo na vossa maneira de proceder para com os que não pensam como vós,
induzindo os menos esclarecidos a crer, mas sem os chocar, sem investir contra
as suas convicções e, sim, atraindo-os amavelmente às nossas reuniões, onde
poderão ouvir-nos e onde saberemos descobrir nos seus corações a brecha para
neles penetrarmos. Eis aí um dos aspectos da caridade.
Escutai agora o que
é a caridade para com os pobres, os deserdados (excluídos)
deste mundo, mas recompensados de Deus, se aceitam sem queixumes (lamentações) as suas misérias, o que de vós depende.
Far-me-ei compreender por um exemplo.
Vejo, várias vezes,
cada semana, uma reunião de senhoras, havendo-as de todas as idades. Para nós,
como sabeis, são todas irmãs. Que fazem? Trabalham depressa, muito depressa;
têm ágeis os dedos. Vede como trazem alegres os semblantes (rostos) e como lhes batem em uníssono os corações.
Mas, com que fim trabalham? É que vêem aproximar-se o inverno que será rude (duro) para os lares pobres. As formigas não puderam
juntar durante o estio (verão), as provisões necessárias e a maior parte de
suas utilidades está empenhada (comprometida).
As pobres mães se inquietam e choram, pensando nos filhinhos que, durante a
estação invernosa, sentirão frio e fome! Tende paciência, infortunadas
mulheres. Deus inspirou a outras mais aquinhoadas (favorecidas,
ricas) do que vós; elas se reuniram e estão confeccionando roupinhas;
depois, um destes dias, quando a terra se achar coberta de neve e vós vos
lamentardes, dizendo: "Deus não é justo'', que é o que vos sai dos lábios
sempre que sofreis, vereis surgir a filha de uma dessas boas trabalhadoras que
se constituíram obreiras dos pobres, pois que é para vós que elas trabalham
assim, e os vossos lamentos se mudarão em bênçãos, dado que no coração dos
infelizes o a amor acompanha de bem perto o ódio.
Como
essas trabalhadoras precisam de encorajamento, vejo chegarem-lhes de todos os
lados as comunicações dos bons espíritos. Os homens que fazem parte dessa
sociedade lhes trazem também seu concurso, fazendo-lhes uma dessas leituras que
agradam tanto. E nós, para recompensarmos o zelo de todos e de cada um em
particular, prometemos às laboriosas (esforçadas)
obreiras boa clientela, que lhes pagará à vista, em bênçãos, única moeda que
tem curso no Céu, garantindo-lhes, além disso, sem receio de errar, que essa
moeda não lhes faltará. -Cárita. (Lião, 1861.)
Toda sexta-feira colocamos um novo estudo afim de auxiliar os amigos na prática do Evangelho no lar!
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