Auxílio para o evangelho no lar com o
estudo do Capítulo 10 (Bem aventurados os que são misericordiosos) , itens 5 e 6
(Reconciliação com os adversários )
Tira-dúvidas desta semana: Não tivemos dúvidas enviadas nesta semana.
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Pequeno dicionário das palavras contidas
no estudo de hoje:
Atendendo
a pedidos, colocaremos o significado logo após as palavras no próprio texto,
sempre na cor vermelha. Página de preparo:
Cap
120 – Conciliação (Livro “Pão Nosso”, de Emmanuel, psicografado por Chico
Xavier)
“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás
no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz
e o juiz te entregue ao oficial de justiça, e te encerrem na prisão.” — JESUS
(Mateus, 5.25)
Muitas almas enobrecidas, após
receberem a exortação (advertência, conselho,
orientação) desta passagem, sofrem intimamente por esbarrarem com a
dureza do adversário de ontem, inacessível a qualquer conciliação.
A advertência do Mestre, no
entanto, é fundamentalmente consoladora para a consciência individual.
Assevera (afirma)
a palavra do Senhor — “concilia-te”, o que equivale a dizer “faze de tua
parte”.
Corrige quanto for possível,
relativamente aos erros do passado, movimenta-te no sentido de revelar a
boa-vontade perseverante. Insiste na bondade e na compreensão.
Se o adversário é ignorante,
medita na época em que também desconhecias as obrigações primordiais e observa
se não agiste com piores características; se é perverso, categoriza-o à conta
de doente e dementado (demente, sem razão) em
vias de cura.
Faze o bem que puderes, enquanto
palmilhas (percorres) os mesmos caminhos, porque
se for o inimigo tão implacável que te busque entregar ao juiz, de qualquer
modo, terás então igualmente provas e testemunhos a apresentar. Um julgamento
legítimo inclui todas as peças e somente os espíritos francamente impenetráveis
ao bem, sofrerão o rigor da extrema justiça.
Trabalha, pois, quanto seja
possível no capítulo da harmonização, mas se o adversário te desdenha os bons
desejos, concilia-te com a própria consciência e espera confiante.
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Capítulo 10 (Bem
aventurados os que são misericordiosos) , itens 5 e 6 (Reconciliação com os
adversários)
Reconciliação com os adversários
5. Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário,
enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o
juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. -
Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último
ceitil (centavo). (S. MATEUS, cap. V, vv. 25 e
26.)
6. Na prática do perdão, como, em geral, na do bem, não há somente um efeito
moral: há também um efeito material. A morte, como sabemos, não nos livra dos
nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio,
no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a
falsidade do provérbio que diz: "Morto o animal, morto o veneno",
quando aplicado ao homem. O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer
mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o
atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse
fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que
apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão. O obsidiado e o
possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se
encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu
proceder. Deus o permite, para os punir do mal que a seu turno praticaram, ou,
se tal não ocorreu, por haverem faltado com a indulgência (perdão, bondade) e a caridade, não perdoando.
Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranqüilidade futura, que cada
um repare, quanto antes, os agravos (males) que
haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes
que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão (desavença, divergência), toda causa fundada de
ulterior (futura) animosidade. Por essa forma,
de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo
menos, o que assim procede põe de seu lado o bom direito e Deus não consente
que aquele que perdoou sofra qualquer vingança. Quando Jesus recomenda que nos
reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não é somente
objetivando apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência; é,
principalmente, para que elas se não perpetuem nas existências futuras. Não
saireis de lá, da prisão, enquanto não houverdes pago até o último centavo,
isto é, enquanto não houverdes satisfeito completamente a justiça de Deus.
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