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Página de preparo:
Cap
68 – Sementeira e construção (Livro “Fonte viva”, de Emmanuel, psicografado por
Chico Xavier)
"Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois
lavoura de Deus e edifício de Deus." - Paulo (I Coríntios, 3:9).
Asseverando
(confirmando) Paulo a sua condição de cooperador
de Deus e designando a lavoura e o edifício do Senhor nos seguidores e
beneficiários do Evangelho que o cercavam, traçou o quadro espiritual que
sempre existirá na Terra em aperfeiçoamento, entre os que conhecem e os que
ignoram a verdade divina.
Se já
recebemos da Boa Nova a lâmpada acesa para a nossa jornada, somos
compulsoriamente (obrigatoriamente) considerados
colaboradores do ministério de Jesus, competindo-nos (cabendo
a nós) a sementeira e a construção dele em todas as criaturas que nos
partilham a estrada.
Conhecemos,
pois, na essência, qual o serviço que a Revelação nos indica, logo nos
aproximemos da luz cristã.
Se já guardamos
a bênção do Mestre, cabe-nos restaurar o equilíbrio das correntes da vida, onde
permanecemos, ajudando aos que se desajudam, enxergando algo para os que jazem
cegos e ouvindo alguma coisa em proveito dos que permanecem surdos, a fim de
que a obra do Reino Divino cresça, progrida e santifique toda a Terra.
O serviço
é de plantação e edificação (construção),
reclamando esforço pessoal e boa-vontade para com todos, porquanto, de
conformidade com a própria simbologia do apóstolo, o vegetal pede tempo e carinho
para desenvolver-se e a casa sólida não se ergue num dia.
Em toda
parte, porém, vemos pedreiros que clamam (reclamam)
contra o peso do tijolo e da areia e cultivadores que detestam as exigências de
adubo e proteção à planta frágil.
O
ensinamento do Evangelho, contudo, não deixa margem a qualquer duvida.
Se já
conheces os benefícios de Jesus, és colaborador dele, na vinha do mundo e na
edificação do espírito humano para a Eternidade.
Avança na
tarefa que te foi confiada e não temas. Se a fé representa a nossa coroa de
luz, o trabalho em favor de todos é a nossa bênção de cada dia.
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Capítulo 17 (Sede perfeitos) , item 4 (Os
bons espíritas)
Os bons espíritas
4. Bem compreendido,
mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo leva aos resultados acima expostos,
que caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que um
o mesmo é que outro. O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita
aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e
esclarecida aos que duvidam ou vacilam.
Muitos, entretanto,
dos que acreditam nos fatos das manifestações não lhes apreendem as
conseqüências, nem o alcance moral, ou, se os apreendem, não os aplicam a si
mesmos. A que atribuir isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, pois
que ela não contém alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas
interpretações. A clareza e da sua essência mesma e é donde lhe vem toda a
força, porque a faz ir direito à inteligência. Nada tem de misteriosa e seus
iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao vulgo (povo).
Será então
necessária, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, tanto que
há homens de notória capacidade que não a compreendem, ao passo que
inteligências vulgares (simples), moços mesmo,
apenas saídos da adolescência, lhes apreendem, com admirável precisão, os mais
delicados matizes (detalhes). Provém isso de que
a parte por assim dizer material da ciência somente requer olhos que observem,
enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, a que se pode
chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau
de instrução, porque é peculiar (próprio) ao
desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encamado.
Nalguns, ainda muito
tenazes (insistentes) são os laços da matéria
para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra; a névoa que os
envolve tira-lhes a visão do infinito, donde resulta não romperem facilmente
com os seus pendores nem com seus hábitos, não percebendo haja qualquer coisa
melhor do que aquilo de que são dotados. Têm a crença nos Espíritos como um
simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as tendências instintivas.
Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz, insuficiente a guiá-los e
a lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes sobrepujar (superar) as inclinações. Atêm-se mais aos fenômenos
do que a moral, que se lhes afigura cediça (clara, sem
dúvidas) e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem
em novos mistérios, sem procurar saber se já se tornaram dignos de penetrar Os
arcanos (mistérios) do Criador. Esses são os
espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam a meio caminho ou se afastam de
seus irmãos em crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou
então guardam as suas simpatias para os que lhes compartilham das fraquezas ou
das prevenções. Contudo, a aceitação do princípio da doutrina é um primeiro passo
que lhes tornará mais fácil o segundo, noutra existência.
Aquele
que pode ser, com razão, qualificado de espírita verdadeiro e sincero, se acha
em grau superior de adiantamento moral. O Espírito, que nele domina de modo
mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção mais clara do futuro; os
princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras que nos outros se conservam
inertes. Em suma (resumindo): é tocado no
coração, pelo que inabalável se lhe torna a fé. Um é qual músico que alguns
acordes bastam para comover, ao passo que outro apenas ouve sons. Reconhece-se
o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega
para domar suas inclinações más. Enquanto um se contenta com o seu
horizonte limitado, outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por
desligar-se dele e sempre o consegue, se tem firme a vontade. **************************************************************************
Toda sexta-feira colocamos um novo estudo afim de auxiliar os amigos na prática do Evangelho no lar!
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